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11 de novembro de 2015
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09:40

É preciso orar pela paz mundial

Por
Sul 21
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Por Paulo Paim

A principal lição das religiões é a paz entre os homens. Mesmo assim, podemos encontrar, na história da humanidade, muitos episódios repugnantes de guerras promovidas com pretextos religiosos.

Temos de nos conscientizar da necessidade do respeito ao outro e do seu direito à vida e à integridade como pessoa, tanto no aspecto material quanto no que diz respeito aos seus direitos de bem viver: direito à saúde, à educação, à segurança, às oportunidades de aprender e de ascender socialmente.

Certamente o mundo caminha para uma convivência cada vez mais tolerante, em que cada um pode praticar o culto da religião em que acredita e se sente melhor. Porém, ainda há exemplos de intolerância radical, mas sabemos que esta vem diminuindo, o que é um avanço no caminho da paz entre os seres humanos.

As celebrações ecumênicas têm se multiplicado, demonstrando que cada um pode seguir as orientações mais condizentes com a sua crença nos assuntos de espiritualidade. Hoje temos uma tendência mundial da aceitação da diversidade de crença.

Não existem desculpas para guerras, atentados terroristas, fanatismo, violência e falta de segurança nas cidades e nos campos, morte por fome e falta de atendimento médico. Enquanto isso tudo continuar acontecendo o mundo não estará em paz.

É preciso que os homens das mais diversas crenças se conscientizem de que a paz é o verdadeiro caminho para o desenvolvimento do Planeta, eliminação das desigualdades, sustentabilidade ambiental e garantia dos direitos sociais com cidadania.

Os conflitos que assolam diversas regiões do mundo na atualidade deram origem a uma onda de migração para a Europa, com muitas pessoas arriscando e perdendo, em muitos casos, a vida, na busca de locais em que possam dar uma sobrevivência digna e tranquila a suas famílias. Podem-se destacar cinco territórios que dão origem a levas e mais levas de refugiados em direção à Europa: Síria, Afeganistão, Eritreia, Somália, Nigéria.

Também se observam muitos desentendimentos entre indivíduos, que acabam na violência a que assistimos nos noticiários.   Fica evidente o individualismo.  São brigas de trânsito que resultam em mortes; a irresponsabilidade da embriaguez ao volante, sem pensar no perigo imposto aos outros; escaramuças entre torcidas de clubes de futebol.

O Estudo Global sobre o Homicídio 2013, divulgado pelo Escritório sobre Drogas e Crime da ONU mostra que duas em cada três pessoas assassinadas nos países das Américas são vítimas de armas de fogo. No Brasil, o índice é ainda maior, abrangendo 70% das mortes.

E ainda enfrentamos a discriminação e a violência contra homossexuais, mulheres, crianças, idosos, pessoas com deficiência, negros, índios, pobres… Essa é a realidade de todo o Planeta Terra. Como pode um cidadão encontrar paz num mundo como esse? Como poderá se sentir seguro?

Os nossos comportamentos e atitudes aos nossos semelhantes são fundamentais para inspirar os governantes na busca de soluções pacíficas para todas as demandas sociais que a mãe Terra exige.

A principal responsabilidade dos governantes mundiais é proporcionar bem-estar à população, e a paz é um ingrediente indispensável a esse objetivo.

É preciso elevar o espírito, esperançar e orar pela paz mundial.

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Paulo Paim é Senador pelo PT/RS.


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