Colunas
|
12 de novembro de 2012
|
07:33

Corsan pública e de qualidade

Por
Sul 21
[email protected]

Junto com a educação, o saneamento e o abastecimento são as políticas públicas com maior caráter de transformação social que existem. Investir nestes setores é, de uma só vez, investir em saúde, infraestrutura e desenvolvimento. Não canso de repetir que historicamente o Estado Brasileiro contraiu uma enorme dívida com seu povo pelo fato de, durante décadas, relegar o seu povo a investimentos raquíticos nestas áreas fundamentais para qualquer cidade, estado ou país – ainda mais um país-continente como o nosso. Isso ocorria porque, nesse tempo, infelizmente, era comum se medir a importância de uma ação pública pelo número de votos na urna que ela poderia render. Como as obras de esgoto não são observadas a olho nu, já que são subterrâneas, o saneamento virou o “patinho feio” dos orçamentos públicos.

Mas se não podemos retroceder no tempo para corrigir equívocos de décadas, é possível fazer um presente e planejar um futuro bem diferentes.  Pois é justamente o que está promovendo a Companhia Riograndense de Saneamento, a popular Corsan. Tão criticada no passado – e as críticas eram justas – por pouco fazer e muito lucrar, hoje a Corsan mostra à sociedade gaúcha que, se bem geridas, as empresa públicas têm condições de dar retornos extremamente satisfatórios à população. No início deste ano, a Companhia divulgou a meta de dobrar, em quatro anos, o volume de esgoto tratado do Estado. E pelo que vem fazendo dia a dia, em parceria com o governo federal, devemos levar a sério a previsão. A cada semana, a Corsan anuncia investimentos de impacto nas diferentes regiões do Estado e – superando o assédio de poderosos conglomerados privados interessados na privatização da água – renova contratos de prestação de serviços com o aval dos prefeitos, que se mostram satisfeitos com a nova realidade e seriedade que a empresa, seus diretores e servidores demonstram para seus municípios.

Só na região Central do Estado, a Corsan, nos 20 meses da gestão do governador Tarso Genro, provocou uma metamorfose. Em Santa Maria, dentre uma série de ações, promoveu a abertura da licitação para as obras de esgotamento sanitário do bairro Camobi, reivindicação de décadas da comunidade local. Nessa semana, a Corsan deu mais um passo ousado e certeiro: lançou edital para ampliar a Estação de Tratamento de Água (ETA) do município de Santiago, uma das cidades gaúchas mais castigadas pela estiagem registrada em 2012 no Rio Grande. Mais que isso, anunciou no mesmo município, a criação de uma Coordenadoria Operacional, que vai qualificar o atendimento à população. E no primeiro trimestre de 2013, o presidente Arnaldo Dutra, que veio pessoalmente a Santiago chancelar os investimentos, voltará à Terra dos Poetas para assinar o edital de licitação para a ampliação da rede de esgoto da cidade, cujo estágio atual está longe da ideal. Reproduzo aqui a frase pronunciada pelo presidente Dutra, na Prefeitura de Santiago, ao anunciar as ações que totalizam R$ 20 milhões para a cidade: “Saneamento e abastecimento de água não são mercadorias. São direitos da população”. Por honrar este compromisso ao pé da letra, a renovada Corsan – pública e de qualidade – está resgatando sua imagem e voltando a ter aquilo que para o povo gaúcho é sagrado: credibilidade.

Valdeci Oliveira, deputado estadual (PT) e líder do governo na Assembleia Legislativa


Leia também
Compartilhe:  
Assine o sul21
Democracia, diversidade e direitos: invista na produção de reportagens especiais, fotos, vídeos e podcast.
Assine agora