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19 de fevereiro de 2021
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16:44

Associação propõe reformar Mercado Público e assumir gestão por 25 anos

Por
Sul 21
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Associação propõe reformar Mercado Público e assumir gestão por 25 anos
Associação propõe reformar Mercado Público e assumir gestão por 25 anos
Proposta prevê investimento de R$ 35 milhões e que os próprios mercadeiros passem a administrar o Mercado Público. Foto: Joana Berwanger/Sul21

Da Redação

A Associação do Comércio do Mercado Público Central (Ascomepc) apresentou, nesta quinta-feira (19), o estudo de reforma do histórico prédio localizado no centro de Porto Alegre. O investimento previsto é de R$ 35 milhões. A proposta da Associação à Prefeitura é realizar a obra e melhorias em troca da gestão do Mercado Público por 25 anos. 

A presidente da Ascomepc, Adriana Kauer, diz que o planejamento do projeto está sendo feito para que sua execução ocorra “sem sobressaltos”. “A estimativa é que tenhamos três anos de obras, sendo que a reabertura do segundo andar é a nossa prioridade e pode sair do papel, desde que o projeto seja aprovado pela Prefeitura, em 120 dias”, explica.

A Associação tem mantido conversas com o prefeito Sebastião Melo (MDB) e anunciou que agora aguardará seu aval e posterior aprovação na Câmara Municipal de Vereadores, para então dar encaminhamento ao projeto de revitalização do Mercado.

Segundo a Associação dos permissionários, o estudo de reforma do Mercado Público foi realizado tendo como base sua estrutura espacial, logística, econômica e de gestão. O Mercado tem 6.073 m² de área bruta locável (ABL), sendo que 33,5% desse total é de áreas vagas, principalmente no 2º andar do prédio. Atualmente, são 19 lojas disponíveis no 2º andar e três no 1º andar. 

Mercado Público. Foto: Maia Rubim/Sul21

O projeto apresentado pretende desenvolver o Mercado Público como um destino de usos múltiplos aliado à história do prédio. De acordo com a Ascomepc, a proposta de reforma e gestão do Mercado tem como diretrizes estratégias de  sustentabilidade energética e gestão de resíduos; o fortalecimento da atratividade turística; a valorização da cultura e memória local, incluindo iniciativas educacionais voltadas às escolas; e a criação de espaços de uso múltiplo e interação do público com as atividades do mercado, como festivais gastronômicos. 

Se a proposta dos permissionários for aceita pela Prefeitura, a previsão é de que os maiores investimentos sejam feitos nos três primeiros anos da nova gestão. O estudo de pré-viabilidade do projeto foram apresentados ao prefeito Melo no último dia 9 de fevereiro. 

“Fizemos esse estudo de maneira séria, cercados pelos melhores profissionais, para que a Prefeitura não tivesse nenhum problema. Nesse projeto, mostramos que o Mercado não é só um equipamento. Ele tem vida, tem histórias”, disse, na ocasião, Adriana Kauer, presidente da associação. “As melhorias compreendem a ampliação do mix de usos, consolidação de uma programação e agenda de eventos, festividades e feiras, desenvolvimento de programas educacionais, visita guiada e aumento da conectividade digital. Com toda a certeza, podemos garantir que vamos fazer mais por menos, comparando com o que estava previsto no edital lançado pelo governo anterior”, explicou, garantindo que a proposta não aumentará os preços dos produtos comercializados no Mercado. 

No dia em que recebeu o estudo de pré-viabilidade do projeto, Melo disse que quer o segundo andar do Mercado aberto o quanto antes. “A partir dessa proposta dos permissionários, levaremos o assunto para ser analisado em outras instâncias, como o Tribunal de Contas e o Ministério Público, para chegar à Câmara de Vereadores bem amarrado e tudo com muita transparência. Não queremos um centavo do Mercado, mas queremos que ele funcione”, afirmou.


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