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24 de fevereiro de 2021
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14:59

Com rede de saúde em colapso, prioridade da Prefeitura é transferir pacientes que superlotam as UPAs

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Sul 21
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Com rede de saúde em colapso, prioridade da Prefeitura é transferir pacientes que superlotam as UPAs
Com rede de saúde em colapso, prioridade da Prefeitura é transferir pacientes que superlotam as UPAs
UPA Moacyr Scliar atingiu mais de 300% de superlotação nesta terça-feira. Foto: Reprodução vídeo Ocimar Pereira/Imprensa GHC

Luciano Velleda

Com o sistema de saúde em colapso, a Prefeitura de Porto Alegre tem como prioridade, nesta quarta-feira (24), transferir para os hospitais aqueles pacientes com covid-19 em estado grave que estão nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA). Depois da UPA Moacyr Scliar suspender novos atendimentos, na terça-feira (24), devido à superlotação, agora a situação mais crítica acontece nas UPAs da Lomba do Pinheiro e da Bom Jesus, conforme destaca o secretário municipal da Saúde, Mauro Sparta.

Por ser a porta de entrada na rede de saúde, a Prefeitura tenta correr para evitar o colapso das unidades que são justamente o primeiro atendimento da população. “Aquele local precisa estar livre pra atender outros pacientes”, explica Sparta.

O secretário afirma estar em contato com os hospitais da cidade para ver qual, ou quais, conseguem receber os pacientes que hoje estão lotando as UPAs. “A situação continua bastante delicada”, define.

Na manhã desta quarta-feira, Porto Alegre tem 393 pessoas com covid-19 internadas nas UTIs, mais 60 na emergência dos hospitais aguardando leito de UTI e outras 43 pessoas suspeitas de covid-19 já nas UTIs. É a situação mais dramática na Capital desde o início da crise sanitária, iniciada há quase um ano.

O plano de contingência elaborado pela Prefeitura em junho de 2020, usou a experiência internacional no enfrentamento da crise e a média estipulada de 2,4 leitos de UTI para cada 10 mil habitantes. Uma projeção de segurança do sistema de saúde. No caso de Porto Alegre, a média aplicada estipulou 360 leitos de UTI, número que, se ultrapassado, começa a comprometer a rede de atendimento. Hoje, a Capital já tem 393 pacientes com covid-19 nas UTIs e mais 60 confirmados aguardando leitos de UTI. 


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