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21 de outubro de 2015
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21:13

Por falta de quórum, projeto de Ruas de Convivência na Capital tem votação adiada na Câmara

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Por falta de quórum, projeto de Ruas de Convivência na Capital tem votação adiada na Câmara
Por falta de quórum, projeto de Ruas de Convivência na Capital tem votação adiada na Câmara
Projeto de autoria do vereador Marcelo Sagarbossa chegou a começar discutido na sessão desta quarta-feira|Foto: Matheus Piccini/CMPA
Projeto de autoria do vereador Marcelo Sagarbossa chegou a começar a ser discutido na sessão desta quarta|Foto: Matheus Piccini/CMPA

Jaqueline Silveira

Por falta de quórum, foi adiada, na tarde desta quarta-feira (21), a votação do projeto que estabelece a instalação de Ruas de Convivência na Capital com o fim de incentivar a realização de atividades de lazer, cultura e esporte nessas vias. Pela proposta, as ruas incluídas no programa seriam fechadas aos domingos e feriados, das 6h às 21h. No horário de verão, o fechamento seria estendido até as 22h. O projeto deve ser votado na próxima segunda-feira (26).

A matéria chegou a começar a ser discutida na sessão desta quarta. Autor da proposta, o vereador Marcelo Sgarbossa (PT) ressaltou que o projeto é uma oportunidade de a população ocupar as ruas aos domingos e aos feriados. Ele explicou que as grandes avenidas e as vias com movimento intenso não estarão incluídas no programa Ruas de Convivência. “São ruas internas dos bairros, aquelas que têm pouco movimento”, esclareceu o petista. “Não há nenhum impedimento à mobilidade de veículo automotor”, ressaltou ele, sobre as principais vias de Porto Alegre não fazerem parte da iniciativa. Ao concluir, Sgarbossa destacou, ainda, que “é uma ideia simples” e sem custos à prefeitura.

Autor de uma emenda que assegura a inclusão no programa de apenas ruas secundárias dos bairros, Cláudio Janta (Solidariedade) frisou que a iniciativa “pode ajudar a população de Porto Alegre”. Também, acrescentou o parlamentar, os moradores poderão buscar parcerias para instalar tendas e deques nas quadras que serão fechadas, e que a comunidade deverá ser responsável pela limpeza após a realização das atividades.

Da base aliada do governo, Idenir Cecchim (PMDB) destacou que ruas já são fechadas para feiras ou atividades de lazer, como é o caso da Avenida Beira-Rio. “Onde há o clamor tem de ajudar a população, mas não precisa de lei”, argumentou ele, sobre as demandas da comunidade em relação ao fechamento de vias públicas. O peemedebista afirmou, ainda, que o projeto “tem vício de origem” já que esse tipo de iniciativa teria de partir do Executivo. Também da bancada governista, Nereu D’ Ávila observou que para fechar ruas é preciso consultar a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) e, portanto, o projeto teria de ser de competência da prefeitura.

Colega de partido de Sgarbossa, Alberto Kopittke (PT) defendeu que o projeto é uma oportunidade para a Capital, ressaltando o fechamento da Avenida Paulista, em São Paulo, no último domingo (18), para priorizar os pedestres e ciclistas, iniciativa do prefeito Fernando Haddad (PT). “São Paulo está ousando. A cidade tem de fazer experimentações, não aventuras. Porto Alegre está precisando se renovar”, avaliou Kopptike. A vereadora Sofia Cavedon (PT) foi outra que manifestou apoio ao projeto do companheiro de partido. A iniciativa, na opinião dela, irá oportunizar o diálogo entre os moradores e “uma ideia humanizadora”.

Último a falar antes de faltar quórum, João Carlos Nedel (PP), integrante da base governista, posicionou-se contrário à proposta, sustentando que Sagarbossa “está legislando em matéria específica da EPTC.”


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