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26 de junho de 2015
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16:51

Sul21 recomenda Jauja, Ospa, OCTSP e A Bela e Fiel Ariadne

Por
Sul 21
[email protected]

Milton Ribeiro e Débora Fogliatto

O multinacional Jauja é o destaque entre os lançamentos nos cinemas. Ele vem se unir a um bom lote de filmes em cartaz. 

No mais, os destaques vão para a música erudita. Ospa, OCTSP terão bons programas sábado, domingo e segunda-feira. Além do mais…

O Departamento de Artes da UFRGS apresenta sua montagem, em parceria com a Universidade Federal do Paraná, de A Bela e Fiel Ariadne, de Conradi. A ópera,  cuja versão original estreou no Teatro de Ópera de Hamburgo em 1691, foi adaptada para um conceito moderno e será apresentada em alemão com legendas em português. As apresentações ocorrem nesta sexta, sábado e domingo, com entrada franca. 

Todas as semanas, o Sul21 traz indicações de filmes, peças de teatro, exposições e música para seus leitores. Não se trata de uma programação completa, mas de recomendações dos melhores espetáculos que assistimos. O critério é a qualidade. Se você tiver sugestões sobre o formato e conteúdo de nosso guia, por favor, comente. Boa semana!

Cinema – Estreias

Jauja (****)
(Jauja), de Lisandro Alonso, Argentina / EUA / França / Holanda, 2014, 110 min

jauja review viggo
Jauja é um lugar mítico onde, diz a lenda, as pessoas não precisam trabalhar e há abundância e felicidade. Lisandro Alonso invade o mito transportando seus elementos para uma Argentina de paisagens improváveis no século 19. Em sua Jauja, o protagonista, encarnado pelo norte-americano Viggo Mortensen, é um dinamarquês enviado para o novo mundo com sua filha. Tanto ele quanto ela parecem perdidos numa terra estranha até que ela se deixa encantar por um morador local e foge. É então que o cineasta transforma Jauja, o filme, num road movie em que tempo e espaço se confundem, uma jornada existencial que dura uma eternidade e onde o presente pode visitar o futuro e os personagens podem se perder na imensidão. Essa jornada do protagonista, vivido por um dedicado Mortensen, essa busca em si, parece importar mais a Alonso do que a personagem ou a amarração da trama. Depois de algum tempo de procura, a exaustão do caminho inóspito leva Gunnar Dinesen para um estado de transe onde a realidade é o que menos interessa. Talvez tenhamos finalmente chegado em Jauja. (Do blog Filmes do Chico)

Na Sala Paulo Amorim, às 15h e 19h

Cinema – Em Cartaz

Almas Silenciosas (****)
(Ovsyanki), de Aleksei Fedorchenko, Rússia, 2010, 78 min

almas silenciosas
Almas Silenciosas é um belíssimo filme russo de 2010 baseado em uma novela de Denis Osokin. Muitos críticos o compararam às melhores obras de Tarkovsky, pela poderosa evocação das raízes pré-cristãs da Rússia rural. A história aponta para um mundo perdido — e provavelmente mítico — que foi esmagado pela industrialização. Aist é um solteirão de meia idade que leva uma vida solitária na cidade de Neya. Como muitos de seus vizinhos, ele se esforça para manter vivas as antigas tradições de seu povo. Um dia, a esposa de seu cfe morre. Os dois lavam o corpo da mulher, adornando seus pelos pubianos, e a levam para os ritos de cremação às margens do rio Oka. E, a fim de não estragarmos o filme para os leitores do Sul21, não devemos contar mais. O crítico do The Guardian escreveu: “Um filme lacônico, de belas imagens, que procura o arcaico no cotidiano das pessoas. Com ecos de conto folclórico, é uma ode à despedida. Em sua aceitação tranquila da passagem do tempo, este filme incomum lembra-nos que morrer nem sempre é o mesmo que desaparecer”.
https://youtu.be/SPztHP3S6S8
Na Cinemateca Capitólio, às 18h

Minha Querida Dama (***)
(My Old Lady), de Israel Horovitz, EUA / França, 2014, 107 min

my old lady
Alcoolista em recuperação, Mathias Gold (Kevin Kline) recebeu como herança do pai um grande apartamento em Paris. Quando chega à cidade e vai tomar posse do imóvel, tem uma surpresa. É que lá vive a nonagenária madame Mathilde Girard (Maggie Smith), proprietária do local numa condição especial, a que os franceses chamam de “viager”. O apartamento foi comprado por um preço mais baixo e só poderá ser retomado quando a proprietária morrer. Para piorar, até lá Mathias deverá pagar uma taxa de 2.400 euros. Só que Mathias está falido e não tem como pagar esse “aluguel”> Na verdade, quer é vender o apê. É claro que Mathilde se recusa a abrir mão de seus direitos, mas, ainda assim, deixa que ele se hospede lá, onde também mora sua filha solteira, Chloé (Kristin Scott Thomas). Baseado numa peça de teatro de Israel Horovitz, que escreveu o roteiro e dirige o filme. O filme pode ser catalogado como comédia romântica, mas, creiam, está muito acima da média.

No GNC Moinhos 2, às 19h e 21h10
No Espaço Itaú 8, às 13h20
No Cinemark Barra 8, às 22h

Bem Perto de Buenos Aires (***)
(Historia del Miedo), de Benjamin Naishtat, Argentina / França, 2014, 80 min

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Bem Perto de Buenos Aires é a mais perfeita tradução para Historia del Miedo… Bem, ao menos o filme é bom. Um helicóptero da polícia circula sobre um condomínio fechado na periferia de Buenos Aires. A aparição de um buraco na cerca que protege a propriedade deixa seus moradores em pânico. Cada vez mais isolada, a população vai ficando gradualmente mais e mais paranoica. Para completar, ainda ocorre um blackout. Tais fatos marcam o início da certeza de que criaturas duvidosas e imprevisíveis estão prestes a atacá-las, alimentando sentimentos de ansiedade e medo primitivos. O lugar sempre foi muito tranquilo e pacato, com casas espalhadas em uma área muito extensa e verde. Mas, de repente… Sabe-se lá, né?

Na Sala Eduardo Hirtz, às 15h30 e 19h30

A Estrada 47 (****)
(A Estrada 47), de Vicente Ferraz, Brasil / Itália / Portugal, 2013, 107 min

a estrada 47
Um filme de guerra brasileiro! Por si só, tal fato jé mereceria destaque, mas o filme ainda é bom. Durante a 2ª Guerra Mundial, no sopé de uma montanha na Itália, uma esquadra de caçadores de minas da Forca Expedicionária Brasileira sofre um ataque de pânico e acaba se perdendo. Desesperados, com frio, fome e sede, os despreparados Pracinhas têm de optar por enfrentar a Corte Marcial ou encarar novamente o inimigo. É então que os remanescentes do grupo decidem rumar para outro ousado objetivo militar: desarmar o campo minado mais temido da Itália. No caminho, acabam encontrando outros desertores: um fascista arrependido e um oficial alemão cansado da guerra. Com a inesperada ajuda dos inimigos, os Pracinhas conseguem realizar um a das mais impossíveis façanhas já imaginadas em todo o conflito.
https://youtu.be/3OCo0jqStWo
No Guion Center 1, às 20h30

Últimas Conversas (****)
(Últimas Conversas), de Eduardo Coutinho, Brasil, 2015, 85 min

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Realizado a partir de entrevistas feitas com jovens estudantes brasileiros pelo cineasta Eduardo Coutinho antes de sua morte (em fevereiro de 2014), o filme busca entender como pensam, como sonham e como vivem os adolescentes de hoje. O documentário foi editado por sua parceira de longa data, a montadora Jordana Berg, e concluído por João Moreira Salles. “Como é que ele consegue isso?” Esta é uma questão que vem à mente, como um mistério indecifrável, sempre que estamos vendo pela primeira vez um novo filme de Eduardo Coutinho (1933-2014). Coutinho foi um magnífico entrevistador. Como explicar que ele era um hipnotizador que extrai os sentimentos mais caros e extremos dessas pessoas – o choro e a alegria – num tempo contato impressionantemente curto e com uma intimidadora câmera sob a mira de todos eles? (Com a Folha de Pernambuco).
https://youtu.be/DUi11oD4sPc
Na Sala P.F. Gastal, às 15h

Ida (*****)
(Ida), de Pawel Pawlikowski, Polônia, 2013, 82min

ida
Anna (Agata Trzebuchowska) cresceu num convento na Polônia dos anos 1950 e 60. Quando está prestes a se tornar freira, visita sua única parente viva, uma tia que revela um segredo que irá mudar sua maneira de enxergar a si própria: Anna, na verdade, é de uma família judia que foi morta pelos nazistas. A partir daí, descobre que seu nome verdadeiro é Ida e parte em uma jornada de auto-conhecimento com sua tia Wanda ao ir em busca do túmulo de seus pais. Logo, a jovem precisa escolher entre a realidade que a acolheu e permitiu que ela sobrevivesse ao Holocausto e sua identidade biológica, além de tentar reprimir os sentimentos que começa a nutrir por um jovem saxofonista. Todo em preto e branco, o que aproxima ainda mais o espectador da época em que se passa, o filme resgata a história da Polônia ao abordar a invasão nazista e o extermínio de judeus, os anos sob o stalinismo e o poder da igreja católica no país.

Na Sala Norberto Lubisco, às 15h

Nostalgia da Luz (*****)
(Nostalgia de la Luz), de Patricio Guzmán, França / Chile / Alemanha / Espanha / EUA, 2010, 90 min

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O deserto do Atacama, no Chile, tem uma atmosfera é tão limpa e pura que permite aos astrônomos estudarem as galáxias mais distantes através com seus instrumentos. O clima é tão seco que conserva restos mortais por longo tempo. O deserto é basicamente uma memória. Um depósito de restos que traz resquícios da história do universo de um muito mais próximo, o dos crimes cometidos pela ditadura militar chilena. O contraponto é formado por astrônomos de todo o mundo que se reúnem para observar as estrelas ao mesmo tempo que mulheres procuram seus parentes na terra do deserto. Um belíssimo documentário de Patricio Gusmán.

Na Sala Norberto Lubisco, às 19h

Relatos Selvagens (*****)
(Relatos Salvajes), de Damián Szifron, Argentina / Espanha, 2014, 122 minutos

ricardo darin
A distância entre o cinema e a arte em geral brasileira e argentina talvez nunca tenha sido tão grande. Basta comparar qualquer comédia nacional com o humor sofisticado e inteligente deste que é o filme de maior sucesso comercial argentino dos últimos anos. Nada de flatulências ou eructações, apenas bom roteiro, direção, atores, etc. São histórias simples sobre fatos rotineiros que por isso provocam identificação quase imediata. Com ironia, Szifron faz um comentário tão inteligente quanto engraçado sobre a falta de civilidade e a selvageria urbana. São personagens unidas pelo fato de estarem fora de controle, dispostas a fazer justiça pelas próprias mãos: um músico reúne todos os seus inimigos em um só lugar, uma garçonete que tem a chance de se vingar do homem que arruinou sua família, uma briga de trânsito, um engenheiro indignado com uma multa indevida e a burocracia sem limites, um milionário que tenta livrar o filho da cadeia, uma noiva que descobre a traição do marido. Um dos melhores filmes de 2014.

‎No Guion Center 1, às 18h15

Até que a Sbórnia nos separe (****)
(Até que a Sbórnia nos separe), de Otto Guerra e Ennio Torresan, Brasil, 2013, 85 min

sbornia
Melancólica estreia de uma excelente animação. A precoce morte de Nico Nicolaiewsky nos deixa tristes, mas o projeto de animação de Otto Guerra deu muito certo ao narrar mais uma saga sborniana. A Sbórnia é um pequeno país que sempre viveu isolado do resto do mundo, cercado por um grande muro que não permite o contato com os vizinhos. Um dia, no entanto, um acidente leva à queda do muro, e logo os sbornianos começam a descobrir os costumes modernos. Dois músicos locais, Kraunus (Hique Gomez) e Pletskaya (Nico Nicolaiewsky), observam as reações de seus conterrâneos: enquanto alguns adotam rapidamente a cultura estrangeira, outros preferem reafirmar as tradições sbornianas e resistir ao imperialismo. Os criadores de Tangos e Tragédias — por que nçao dizê-lo? — do país, Nico Nicolaiewsky e Hique Gomez, são fazem a voz de alguns personagens do filme e a trilha sonora.
http://youtu.be/G-9oiIU_fWY
Na Cinemateca Capitólio, às 16h

Exposições e Artes Plásticas

Alessandro del Pero — 1ª mostra individual na América do Sul
No Margs, Praça da Alfândega, s/n
De terças a domingos, das 10h às 19h, até 26/7

Está em exibição no Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli, MARGS, a mostra individual “Alessandro Del Pero – O ateliê como autorretrato”, exibida juntamente com a exposição “Caro, Cara – Retratos correspondentes no acervo MARGS e artistas convidados”. Estão em exibição no MARGS, 41 pinturas em acrílico sobre tela, produzidas recentemente por Alessandro Del Pero, entre os anos 2013 e 2015, de dimensões diversas, alcançando o tamanho de 4,20m x 2,0m. As obras do artista pertencem a colecionadores particulares da China, Europa e Américas. De acordo com o curador da mostra, André Venzon, a ideia de apresentar ao público duas exposições, surgiu a partir do trabalho de curadoria da exposição do pintor italiano Alessandro Del Pero – “O ateliê como autorretrato” -, na qual se destacam retratos e autorretratos. (Do Catraca Livre)
Alessandro_Del_Pero

Croquis de la cárcel, de Julio Mancebo
No Margs, na Praça da Alfândega, s/n, de terças a domingos, das 10h às 19h
Com entrada franca, até 26/07

Aos nove anos de idade, Mancebo já começava a estudar pintura, e dois anos mais tarde ingressou no célebre atelier do Mestre Joaquín Torres-García. É hoje o último pintor vivo remanescente daquela experiência, denominada Escuela del Sur, movimento de grande influência na América Latina. Pintor, escultor e muralista, Julio Mancebo é representante da arte construtivista uruguaia e sua obra já percorreu diversos países, incluindo Estados Unidos, Alemanha, Suécia, Espanha e Cuba. Esta exposição apresenta 54 desenhos, realizados entre 1975 e 1977, período em que foi preso político compartilhando alojamentos e experiências com José Luis Baumgartner, autor do prólogo do livro “Croquis de la Cárcel”.
Croquis de la cárcel Julio Mancebo

Quase Paisagem – Taim – Exposição de Cristiano Sant’Anna
Na Fluxo – Escola de Fotografia Expandida
Rua João Telles, 291, Bom Fim, Entrada franca
Até 18/07, de segunda a sexta das 10h às 18h30 e sábado das 10h às 17h

Abre nesta sexta-feira (12), exposição Quase Paisagem – Taim, do fotógrafo Cristiano Sant’Anna, na galeria da Fluxo – Escola de Fotografia Expandida, em Porto Alegre/RS. Formada por fotografias em tamanhos variados, videoinstalações, instalação em backlights e um catálogo – que também é considerado uma obra -, a exposição apresenta imagens fluidas, em que destacam-se a luz e a cor, mais que os elementos que as compõem. Dessa forma, Cristiano busca transpor os limites estéticos e técnicos estabelecidos à fotografia de paisagem, propondo uma interação com o ambiente a partir de sensações.
taim

Mulheres Invisíveis
ESPM-Sul (Rua Guilherme Schell, 350)
Até 18/07

A reportagem Mulheres Invisíveis conta as histórias de Michele, Elaci, Mercedes e Valquíria. O duro dia a dia e a liberdade instável de quem vive na rua marcam o caminho dessas quatro personagens. São histórias que, de alguma forma, todos já ouvimos falar, mas, ao mesmo tempo, ignoramos ou pouco lembramos que existe. O olhar dedicado que as três jovens repórteres lançaram sobre essas mulheres permite ao leitor reconhecer uma realidade que, ao mesmo tempo, emociona e coloca em xeque a estrutura social da grande cidade. Trabalho desenvolvido por Desirée Ferreira, Renata de Medeiros e Tatiana Reckziegel na disciplina de Projeto de Graduação em Jornalismo II (PGJ II) ao longo do segundo semestre de 2014.

mulheres

Future Perfect – Arte Contemporânea da Alemanha
No Memorial do Rio Grande do Sul, Praça da Alfândega, s/n
De terça a sexta-feira, das 10h às 19h, e sábado, das 10h às 17h
Até 18/07

A exposição gratuita reúne filmes, fotografias, esculturas, objetos, pinturas e colagens de 16 artistas que trabalham com a imaginação do futuro e com especulações sobre o curso da História. O título da exposição refere-se ao tempo verbal que expressa a conclusão de uma ação no futuro: uma coisa terá sido. A partir dessa perspectiva, a exposição questiona: se o futuro já pode ser percebido como passado concluído, como podemos, então, ainda elaborar cenários de futuro, especular e abandonar padrões tradicionais de pensamento? A exposição suscita uma reflexão sobre as promessas de futuro. Podemos ainda chegar a um consenso com base na hipótese de um futuro perfeito? Como os artistas, através de sua relação com material, forma, narração e imaginação, se posicionam frente a isso? Como eles refletem o passado de maneira nova? Onde veem possibilidades de ação?
future perfect

José Damasceno: Plano de Observação
No Santander Cultural (Praça da Alfândega, s/n)
Até 26/7, de terças a sábado, das 10h às 19h, e domingos, das 13h às 19h

O artista carioca, contemplado com diversos prêmios, começou a se dedicar às artes plásticas no início dos anos 90. Sua habilidade caracteriza-se pela capacidade de dialogar com o ambiente onde está inserido, e busca despertar nos espectadores a sensação de transitoriedade entre a “fantasia e a lógica”. Seus trabalhos seguem um desenvolvimento investigativo das relações entre espaço e pensamento, onde situações intrigantes convidam a observar e pensar a respeito daquilo que se vê. O escultor já participou das bienais de São Paulo, Veneza, Sydney e do Mercosul, além de ter coleções expostas em diversos museus tais como o Museum of Modern Art – MoMA, em NY. A entrada é franca.

Cinemagma | Foto: Wilton Montenegro
Cinemagma | Foto: Wilton Montenegro

Iberê e Seu Ateliê: as coisas, as pessoas e os lugares
Fundação Iberê Camargo, Av. Padre Cacique, 2000
Das 12h às 19h (de 3ª a domingo) e das 12h às 21h (5ª feiras)
Até 02/04/2016

A Fundação Iberê Camargo (Padre Cacique, 2000) recebe, por um ano, a exposição “Iberê e seu ateliê: as coisas, as pessoas e os lugares”, que traz uma visão mais abrangente sobre o artista. Com entrada gratuita, a visitação acontece das 12h às 21h, nas quintas-feiras, e das 12h às 19h de terça a domingo. A mostra tem como tema a poética de Iberê Camargo, o universo mental e material que concretiza a sua obra. As 146 obras em exposição apresentam os três gêneros trabalhados ao longo de sua carreira – a paisagem, a natureza-morta e a figura humana -, demonstrados em um recorte cronológico, que vai do início, ainda nos anos 40, à consolidação nos anos 60 e à culminação dos anos 70 em diante. O objetivo é possibilitar ao público da Fundação Iberê Camargo uma visão abrangente da obra do artista, por meio de uma mostra linear buscando uma visão do todo de sua carreira. A base para a organização da exposição está fundada em três eixos: a poética, isto é, o universo mental e material de concretização da obra, o temperamento do artista, não o do homem, pois prescindiremos da biografia e, finalmente, a execução, isto é, os caminhos trilhados em busca dos resultados.
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Música

OCTSP — Orquestra de Câmara Theatro São Pedro
No Theatro São Pedro, Praça da Matriz, s/n
Sábado (20h) e Domingo (18h)

O Concerto Oficial faz parte das comemorações de 30 anos da orquestra e será realizado no dia do aniversário do Theatro, que completa 157 anos em 27 de junho. Já a segunda apresentação, realizada no domingo, dia 28, marca os 31 anos da reinauguração do TSP.

Programa:
Wolfgang Amadeus Mozart:
Sinfonia Concertante, K. 364
Ludwig van Beethoven:
Concerto Triplo para Violino, Violoncelo e Piano

Solistas: Dennis Parker (violoncelo – EUA), Moisés Bonella Cunha (violino – Brasil/EUA) e
Ney Fialkow (piano)

Regência: Antônio Borges-Cunha
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Ospa — Orquestra Sinfônica de Porto Alegre
No Salão de Atos da UFRGS, Avenida Paulo Gama, 110
Terça-feira, às 20h30

Para o segundo concerto da Série UFRGS, a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre traz à cidade o maestro Henrik Schaefer, diretor musical da Ópera de Gothenburg (Suécia) – uma das principais do norte da Europa. O repertório destaca obras de Hugo Alfvén (1872-1960), Edvard Grieg (1843-1907) e Jean Sibelius (1865-1957), compositores de países escandinavos que buscaram inspiração no folclore nórdico para seus trabalhos. O solista convidado é o pianista gaúcho radicado nos Estados Unidos Alexandre Dossin. O evento acontece no Salão de Atos da Universidade no dia 30 de junho, terça-feira, às 20h30. Os ingressos custam entre R$ 10 e 20, e serão vendidos a partir do dia 29 de junho na bilheteria do local.

Programa:
Hugo Alfvém: Midsommarvaka, op.19
Edvard Grieg: Concerto para piano, op.16, lá menor
Jean Sibelius: Sinfonia nº 2, op.43, ré maior

Regente: Henrik Schaefer
Solista: Alexandre Dossin (piano)

A Bela e Fiel Ariadne
26, 27, às 20h; 28 de junho, às 11h
Instituto de Artes da UFRGS (Rua Senhor dos Passos, 248, térreo)

Ópera em três atos, A Bela e Fiel Ariadne, de Johann Conradi, narra a triste história de Ariadne, filha de Minos, o rei da ilha de Creta. Por amor, Ariadne ajuda o herói ateniense Teseu a enfrentar o Minotauro, monstro devorador de homens que vive em um labirinto do qual ninguém saiu com vida. Com a espada e o fio de linha que recebeu de Ariadne, Teseu mata o Minotauro e encontra a saída do labirinto. Vitorioso, Teseu esquece de suas promessas de amor a Ariadne e a troca pela irmã, Fedra. O libreto de “A Bela e Fiel Ariadne” é de autoria de Christian Heinrich Postel. A montagem é produzida pelo Instituto de Artes da UFRGS em parceria com o Departamento de Artes da Universidade Federal do Paraná. A peça traz um conceito moderno, que aproxima a história grega do público, ressaltando a exuberância barroca e a complexidade humana. A apresentação será em alemão, com legendas em português. Entrada franca, com senhas uma hora antes do espetáculo.

Ariadne 10. Foto de Thais Andrade

Teatro

Sedimentos
Estúdio III do prédio do DAD-IA/UFRGS (Rua General Vitorino, 255)
01 de junho, quarta, às 10h30; 02 de julho, quinta, às 12h30 e 19h30

Somos conscientes enquanto dormimos, ou sonâmbulos enquanto acordados? A partir do universo da série de Graphic Novel Sandman, de Neil Gaiman, um universo onírico é proposto, no qual vários assuntos são abordados, dentre eles questões existenciais, amor, desejo, medo, sonhos lúcidos, realidade, liberdade e livre-arbítrio. Oscilando entre o cômico e o dramático, através de um inusitado show, com estética de apresentações de cabaré dos anos 1920, apresentado por dois personagens que aparentemente não possuem nada em comum, as possibilidades desse universo devaneante e dessa insólita relação são exploradas, e nas circunstâncias mais inesperadas, descobrem uma incrível ligação entre si. Estágio de Atuação I da aluna Fernanda Viale. Entrada franca.

Primeiro Amor
A partir de terça-feira (23), até domingo (28), às 20h
Mezanino da Usina do Gasômetro

O Grupo Neelic (Núcleo de Estudos e Experimentação da Linguagem Cênica) convida o público para celebrar seus 12 anos através da temporada de estreia da remontagem do espetáculo ‘Primeiro Amor’, livremente inspirado no conto homônimo de Samuel Beckett. Em ‘Primeiro Amor’, o Grupo Neelic não faz a tentativa de trabalhar sobre o universo de Samuel Beckett de forma purista. A encenação é autoral e por isso a fonte inspiradora não é um texto dramatúrgico e sim um conto. Samuel Beckett é apenas a inspiração inicial, um gênio a ser homenageado, jamais um norte a fixar. Ingressos: R$ 30 com 50% de desconto para estudantes, classe artística e idosos.

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A Cadeia Alimentar
Quartas-feiras de junho, às 12h30 e 19h30
Sala Alziro Azevedo (Av. Salgado Filho, 340)

Escrita pelo polêmico dramaturgo norte-americano Nicky Silver, A Cadeia Alimentar apresenta uma visão cruel e sarcástica das relações humanas. Lançando mão dos estereótipos sem deixar de observar o lado sensível dos personagens, o espetáculo explora a corporeidade dos atores, destacando gestos comportamentais expandidos e estilizados que têm efeito cômico e desnudam a faceta excludente de alguns padrões sociais. Uma peça de humor ácido e texto verborrágico que propõe uma reflexão sobre questões que atravessam a sociedade contemporânea, como a solidão, o vazio do sexo e a importância de ser magro. Entrada franca.
CadeiaAlimentar


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