Da Redação
Dezenas de professores da rede municipal de educação participaram na manhã desta sexta-feira (24) de um “Grito de Carnaval” em protesto contra as mudanças na rede propostas pela Prefeitura de Porto Alegre nesta semana. A ação faz parte do calendário de mobilização contra a reorganização das escolas municipais, que, segundo os educadores, irá diminuir o tempo de contato de professores e alunos. Já a Prefeitura defende que a reformar irá aumentar o tempo em sala de aula, diminuindo períodos de folga de professores titulares.
Entenda o caso:
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A ação desta sexta, em que os professores tentaram bloquear o acesso à Secretaria Municipal de Educação (Smed), foi convocada durante plenária realizada na tarde de ontem na sede do Cpers. Os professores protestaram no local a partir das 8h e, posteriormente, também no início da tarde.
Segundo Janas Tarcísio Reis, professor e diretor-geral do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa), os educadores também querem negociar com o secretário Adriano Naves de Brito as mudanças, que preveem a redução dos períodos letivos de 50 para 45 minutos e a modificação dos horários de turnos de aulas.
“Esse decreto que o governo coloca exclui excluir tudo o que fizemos ano passado, que foi organizar o calendário para receber os alunos agora no dia 6. Ele quer mudar agora tudo a toque em caixa”, afirma Reis. “É a destruição da rede que está começando por desejo desse governo”, complementa.
Segundo Reis, muitos pais estão aderindo aos protestos dos educadores especialmente pela decisão de que, pela nova organização, todos os estudantes da rede terão acesso simultâneo ao refeitório, sem supervisão de professores, nos horários do café da manhã e do almoço – hoje ocorrer separação por turnos -, o que gera o temor pela segurança das crianças menores. “Os pais ficam muito preocupados com as crianças de 4 a 8 anos pegando fila do almoço com adolescentes. Isso bota em risco a integridade física dessas crianças, por consequência de brincadeiras e das tensões que vão ser geradas por filas enormes e pelo tempo de espera”, afirma.
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