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8 de julho de 2016
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14:26

Sul21 recomenda um quarteto de bons filmes e muito mais

Por
Sul 21
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Milton Ribeiro

Talvez seja esta a primeira vez que recomendamos 4 lançamentos. Foi inevitável. O documentário Janis Joplin: Little Girl Blue, é estupendo. Julieta é uma manifestação da maturidade de Pedro Almodóvar, liberto de equívocos como o lamentável Amantes Passageiros. Ralé vem precedido de grandes elogios e Florence: quem é essa mulher? é o segundo filme de 2016 baseado na sugestiva história da cantora Florence Foster Jenkins.

Temos também boa música e dança. Vizinhos, a Biblioteca Pública e o Theatro São Pedro apresentam, respectivamente, o Projeto Canto, Alaúde e Guitarra Barroca na Biblioteca PúblicaCasa de Carií da Companhia de Ballet da Cidade de Niterói.

Mas  há muito mais neste Recomenda.

De segunda a sexta, atualizamos nosso Guia21, com a programação do que acontece em POA.

Todas as semanas, o Sul21 traz indicações de filmes, peças de teatro, exposições e música para seus leitores. Não se trata de uma programação completa, mas de recomendações dos melhores espetáculos que assistimos. O critério é a qualidade. Se você tiver sugestões sobre o formato e conteúdo de nosso guia, por favor, comente. Boa semana!

Cinema – Estreias

Janis: Little Girl Blue (*****)
(Janis: Little Girl Blue), de Amy Berg, EUA, 2015, 103 min

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Um tremendo documentário para quem se interessa por aquela época extremamente criativa do rock e do blues. Falamos da virada dos anos 60 para os 70. Recusando o clichê hippie e o simplismo do “sexo, drogas e rock’n’roll”, a diretora Amy Berg junta a correspondência que Joplin trocou com a família a materiais de arquivo nunca antes disponibilizados, captados em concertos e bastidores, e que revelam não apenas a artista, mas o ser humano. A narração é da cantora Cat Power. Janis: Little Girl Blue é um documentário que contextualiza a vida de alguém que cresceu inadaptado. Depois de uma curta — foram apenas 4 álbuns e muito shows — e espetacular trajetória, Janis sucumbiu às drogas e ao alcoolismo.

No Espaço Itaú 3, às 21h30
No Espaço Itaú 5, às 17h40
Na Sala Paulo Amorim, às 19h30

Julieta (****)
(Julieta), de Pedro Almodóvar, Espanha, 2016, 99 min

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Julieta é dirigido e escrito por Pedro Almodóvar e baseado em três contos do livro “Fugas”, de Alice Munro. Almodóvar volta ao universo feminino colocando o espectador no centro das emoções e lembranças de uma mulher de meia idade prestes a recomeçar sua vida com um novo namorado em Portugal, até que encontra com uma antiga amiga da filha, o que a joga a protagonista (Julieta) num espiral de lembranças. Essa obsessão é marcada pela forma como os flashbacks vão tomando conta até dominarem completamente a linha narrativa do longa. Um Almodóvar maduro, com mais compostura, mas excelente.

No Guion Center 1, às 14h30, 16h30, 18h30 e 20h30
No Espaço Itaú 4, às 13h20, 15h30, 17h40 19h50 e 22h
No GNC Moinhos 2, às 13h20, 15h30, 17h40 19h50 e 22h

Ralé (****)
(Ralé), de Helena Ignez, Brasil, 2015, 73 min

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O cinema de Helena Ignez é transgressivo. São características da gênese de seu trabalho como atriz no cinema marginal e de sua relação com cineastas como Rogério Sganzerla e Glauber Rocha, com os quais foi casada. Em seu mais recente longa, Ralé, Ignez apresenta uma proposta que busca, como já esperado, fugir do óbvio e dos padrões em uma adaptação bem livre, moderna e descontruída do texto de mesmo nome do escritor russo Máximo Gorki (A Mãe, 1906). Anárquica por excelência, a diretora conta a história de um barão (Ney Matogrosso) que, após se aposentar dos seus dias de libertinagem e drogas, funda uma seita religiosa baseada no chá alucinógeno de Santo Daime. Sem dar diretrizes e longe de uma linguagem didática ao espectador, Ignez trilha o caminho pelas diversas pessoas que foram influenciadas pelo tal barão. Na narrativa fragmentada, a realizadora fala sobre velhice, liberdade e aceitação sexual. É um filme libertário e, como é dito durante a projeção, “polêmico e amoral”. (Adaptado do Papo de Cinema).

Na Sala P.F. Gastal, às 19h30

Florence: quem é essa mulher? (***)
(Florence Foster Jenkins), de Stephen Frears, Grã-Bretanha / França, 2016, 110 min

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Florence Foster Jenkins (Meryl Streep) é uma rica herdeira que persegue obsessivamente uma carreira de cantora de ópera. Aos seus ouvidos, sua voz é linda e afinada, mas só para ela. Para o mundo é absurdamente horrível. A história é real, Florence existiu e suas gravações podem nos apavorar até hoje. O ator St. Clair Bayfield (Hugh Grant), seu companheiro, tenta protegê-la de todas as formas da dura verdade, mas um concerto público coloca toda a farsa em risco. A história é a mesma do extraordinário Marguerite, também em cartaz. É fascinante como uma mesma história deu origem a dois filmes completamente diferentes. O filme francês via na personagem a possibilidade de discutir a hipocrisia nas relações sociais e os limites do julgamento artístico. Já a produção americana enxerga acima de tudo o potencial cômico desta diva desafinada. O primeiro filme desconstrói a noção de talento, enquanto o segundo constrói uma heroína.

No Guion Center 2, às 14h, 17h40 e 21h20
No Cinemark Barra 6, às 16h30 e 19h
No Espaço Itaú 5, às 13h20, 15h30, 19h40 e 21h50
No GNC Iguatemi 2, às 14h20 e 21h30
No GNC Moinhos 4, às 14h, 16h20, 19h e 21h15

Cinema – Em cartaz

Incompreendida (****)
(Incompresa), de Asia Argento, França/Itália, 2014, 103 min

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Protagonizado por Giulia Salerno, Incompreendida segue a pequena Aria, uma menina perdida entre uma guerra de adultos que se comportam como adolescentes. Aria parece invisível para os que a rodeiam, sejam os membros da sua família, seja o rapaz por quem está enamorada: “É a história da descoberta do mundo por parte de uma menina que vive a separação dos pais (…) que são egoístas mas engraçados”, afirmou Asia Argento. A atriz e realizadora acredita que o título é “a definição perfeita da infância”, pois evoca aquele sentimento de injustiça, de mal-entendido, de não ser ouvido. “O adulto não vê os filhos”, diz, recusando atribuir à dupla parental do filme o estatuto do monstros: “Eles não são monstros! São de extremos, mas continuamente mudam as suas ideias e o seu comportamento.” (excerto do C7nema).

No Guion Center 3, às 14h15

Porta dos Fundos: Contrato Vitalício (***)
de Ian SBF, Brasil, 2016, 100 min

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Miguel (Gregório Duvivier) e Rodrigo (Fábio Porchat) são dois amigos que costumam realizar filmes juntos. Certa ocasião, um de seus filmes ganha um prêmio importante em um festival internacional. Animados com a premiação, os dois saem para comemorar e Rodrigo assina, em um guardanapo de bar, um contrato vitalício que garante que ele estaria em todos os filmes de Miguel dali para frente. No entanto, Miguel desaparece e só retorna dez anos depois. Quando reaparece, ele leva para Rodrigo, agora um ator consagrado, a proposta de um filme insano que pode destruir sua carreira. (Do AdoroCinema)

No Cinespaço Wallig 7, às 17h10, 19h20 e 21h30
No Cineflix Total 3, ás 19h40
No Cinemark Barra 1, às 14h e 19h40
No Cinemark Barra 6, às 21h30
No Cinemark Ipiranga 7, às 14h
No Espaço Itaú 8, às 13h40, 15h50, 19h40 e 21h50
No GNC Iguatemi 1, às 17h40, 19h45 e 21h50
No GNC Moinhos 1, às 19h30 e 21h45
No GNC Praia de Belas 4, às 17h40, 19h45 e 21h50

Marguerite (*****)
(Marguerite), de Xavier Giannoli, França/Bélgica/República Checa, 2015, 129 min

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Nos anos 1920, em Paris, Marguerite Dumont é uma mulher rica, apaixonada por música e ópera. Há anos canta regularmente para seu círculo de conhecidos. Marguerite é muito desafinada, mas isso nunca ninguém lhe disse. Seu marido e seus amigos mais próximos sempre mantiveram suas ilusões. Tudo se complica no dia em que Marguerite põe na cabeça que vai cantar diante de um público de verdade na Ópera Nacional de Paris. O filme é baseado na biografia real da vida da cantora estadunidense Florence Foster Jenkins. Marguerite podia ser surda para os tons musicais, mas o filme de Giannoli acerta em todas as notas.
https://youtu.be/-CYWf2RgBvA
No GNC Moinhos 3, às 21h30
No Guion Center 3, às 16h15 e 20h40

A Academia das Musas (*****)
(La academia de las musas), de José Luis Guerín, Espanha, 2015, 92 min

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Ao voltar de sua aula, um professor de filologia é questionado por sua mulher a respeito de seu novo projeto pedagógico. Ela está desconfiada da abordagem pedagógica que o marido pretende aplicar em sua “Academia das Musas”, um projeto em referências clássicas que promete contribuir para a regeneração do mundo através da poesia. Ele fala de musas, essas figuras capazes de inspirar poetas a criar algo que não existia antes. O polêmico projeto desencadeia uma série de situações dominadas pela palavra e pelo desejo. Um filme sobre a teoria e a prática do amor.
https://youtu.be/aMkMvnXhW3A
No Guion Center 2, às 16h05 e 19h30

Paulina (*****)
(La Patota), de Santiago Mitre, Argentina, 2015, 103 min

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Paulina tem sua estreia no Brasil em uma hora extremamente necessária. Com um caso de estupro coletivo tendo acontecido recentemente em nosso país, o longa traz discussões importantíssimas sobre a violência contra a mulher, o machismo e a reação da vítima após o crime. A trama, que é um remake do La Patota dos anos 60, conta a história de Paulina, protagonizada pela talentosa Dolores Fonzi, uma advogada quase doutora que desiste de terminar seus estudos temporariamente para dar aula em uma região carente da Argentina. Alguns dias após sua chegada, ela é abusada por uma gangue local e, a partir daí, começa a tomar decisões absurdas para o gosto de seu pai, um juiz veterano renomado. Dirigido por Santiago Mitre (O Estudante) e coproduzido pelo brasileiro Walter Salles (Central do Brasil), o longa deixa uma nuvem de dúvidas no final dele. Mas não que isso seja ruim. Paulina é um daqueles filmes que a gente sai do cinema e já quer comentar sobre. E temos tantas coisas para discutir… (Excerto retirado do Quadro por Quadro).

No GNC Moinhos 3, às 14h15
Na Sala Paulo Amorim, às 15h15

Trago Comigo (****)
(Trago comigo), de Tata Amaral, Brasil, 2013, 84 min

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Quando propôs uma série de TV, em 2009, sobre um diretor teatral que monta uma peça sobre sua experiência da luta armada contra a ditadura, a cineasta Tata Amaral ouviu coisas do tipo: “Por que tratar disso?”, “Ninguém mais quer saber desse assunto”. A estreia do longa-metragem “Trago Comigo”, montado a partir da série, em pleno 2016, quando um golpe institucional destituiu a presidenta eleita e o discurso da ditadura é retomado sem pudor, mostra a absoluta pertinência do tema. O filme é forte, sensível e profundamente humanista, com excelentes atuações de Carlos Alberto Ricelli e seus jovens acompanhantes. E traz depoimentos reais de vítimas de torturas. A pauta de Tata Amaral, já tratada no excelente “Hoje”, vai na contramão do esquecimento imposto pelo arranjo da Anistia de 79, urdido pelos representantes da ditadura agonizante e de um Congresso dócil, que enfiou as mazelas do período autoritário – torturas, mortes, perseguições, censura, vidas destroçadas, gerações perdidas, o país tutelado – para baixo do tapete, com a cumplicidade da mídia. Quantos editoriais foram escritos saudando aquele arremedo de Anistia como “conciliação nacional”, quando justamente o papel dos jornais seria o de informar? (Por Rafael Guimaraens, no Sul21. Aqui, o texto completo.).

No CineBancários, às 15h

Ponto Zero (****)
de José Pedro Goulart, Brasil, 2015, 94 min

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Um pai de caráter nada inspirador, uma mãe perturbada pela confusão mental e quase nenhum aliado isolam o protagonista adolescente de Ponto zero. Alvo de agressões físicas e de zombaria na escola, ele também é asfixiado pelo complicado ambiente familiar. Vivido por Sandro Aliprandini, Ênio está ansioso e sozinho, em permanente silêncio por quase toda a trama do longa. Num contexto de cruel discriminação e quase nula vivência social — vivendo praticamente na companhia do celular — surge o desejo sexual. E Goulart o persegue nessa noite de aventura em busca do amadurecimento. É um rito de iniciação que demonstrará se ele tem fôlego para crescer.
No Espaço Itaú 2, às 18h
Na Sala Eduardo Hirtz, às 17h

Exposições e Artes Plásticas

Coleção da Fundação Edson Queiroz
Na Fundação Iberê Camargo, Av. Padre Cacique, 2.000
Até 17 de outubro

A exposição reúne um conjunto de 76 obras da Fundação Edson Queiroz, uma das mais amplas e sólidas coleções da arte brasileira do País. A mostra tem como foco a produção de artistas atuantes no Brasil entre as décadas de 1920 e 1960, abrangendo do modernismo à arte abstrata. Trata-se de uma oportunidade única para o público de Porto Alegre entrar em contato com esse período tão singular da arte nacional.

Abertura: 23 de junho, das 19h às 21h
Exposição: de 24 de junho a 17 de outubro
De terça a domingo, das 12h às 19h (último acesso às 18h30)
Na Fundação Iberê Camargo (Av. Padre Cacique, 2.000 – Porto Alegre)

Reprodução
Reprodução

“Francisco Brennand – O Senhor da Várzea, da Argila e do Fogo”
Até 4 de setembro de 2016
Santander Cultural – Rua Sete de Setembro, 1028 – Centro Histórico

Esta deve ser a maior e melhor exposição deste ano no Santander Cultural. Francisco de Paula Coimbra de Almeida Brennand (Recife PE 1927). Ceramista, escultor, desenhista, pintor, tapeceiro, ilustrador, gravador. Inicia sua formação em 1942, aprendendo a modelar com Abelardo da Hora (1924). Posteriormente, recebe orientação em pintura de Álvaro Amorim (19-?) e Murilo Lagreca (1899 – 1985). No fim dos anos 1940, pinta principalmente naturezas-mortas, realizadas com grande simplificação formal. Em 1949, viaja para a França, incentivado por Cicero Dias (1907 – 2003). Freqüenta cursos com André Lhote (1885 – 1962) e Fernand Léger (1881 – 1955) em Paris, em 1951. Conhece obras de Pablo Picasso (1881 – 1973) e Joán Miró (1893 – 1983) e descobre na cerâmica seu principal meio de expressão. Entre 1958 a 1999, realiza diversos painéis e murais cerâmicos em várias cidades do Brasil e dos Estados Unidos. Em 1971, inicia a restauração de uma velha olaria de propriedade paterna, próxima a Recife, transformando-a em ateliê, onde expõe permanentemente objetos cerâmicos, painéis e esculturas. Em 1993, é realizada grande retrospectiva de sua produção na Staatliche Kunsthalle, em Berlim. É publicado o livro Brennand, pela editora Métron, com texto de Olívio Tavares de Araújo, em 1997. Em 1998, é realizada a retrospectiva Brennand: Esculturas 1974-1998, na Pinacoteca do Estado – Pesp, em São Paulo. Desde os anos 1990, são lançados vários vídeos sobre sua obra, entre eles, Francisco Brennand: Oficina de Mitos, pela Rede Sesc/Senac de Televisão, em 2000.

Horários de Visitação
De terças a sábados, das 10hs às 19hs
Domingos, das 13hs às 19hs.
Não abre às segundas feiras e feriados.
Brennand

Futurama 2
Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul (MACRS)
Galerias Xico Stockinger e Sotero Cosme- 6º andar da CCMQ (Andradas, 736)
Até 24 de julho

A exposição apresenta jovens produções artísticas com uma pluralidade de linguagens, suportes e mídias, dando continuidade da exposição Futurama, realizada em 2014. Tem o objetivo de mapear esta produção recente e dar continuidade à pesquisa da curadora Ana Zavadil, autora do livro Entre: curadoria A-Z (2013), que registrou a produção artística gaúcha dos anos 2000 a 2010.
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A arte recicla o vidro
No Centro Cultural CEEE Erico Verissimo, Rua dos Andradas, 1223
Até 9 de julho, de terça a sexta das 10h às 19hs, sábados das 11h às 18h

A Arte Recicla o Vidro é a exposição que inaugura visitação no dia 06 de junho no Centro Cultural CEEE Erico Verissimo (CCCEV). Berna Miotti, Carmem Seibert, Eliane Salvi e Teka Kaufmann trabalham há anos com a reciclagem de garrafas vítreas transformando-as, através da técnica milenar, a fusão em vidro (Fusing) a 800 graus.
O desenvolvimento da técnica sustentável originou A Arte Recicla o Vidro, exposição que, de forma criativa, demonstra como reaproveitar um abundante material considerado lixo com técnica e design, tornando-as peças escultóricas e/ou utilitários. A exposição fica no mezanino e na Sala O Tempo e a Energia, 2º andar do CCCEV – Rua dos Andradas, 1223, Centro Histórico em Porto Alegre – até o dia 09 de julho de 2016.
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Música

Ospa — Concerto da Série Theatro São Pedro
Na Praça da Matriz, S/N
Dia 12 de julho, terça-feira, às 20h30

O programa tem início com a Abertura da aclamada ópera “Der Freischütz”, de Weber (1786-1826). Precursora do nacionalismo alemão na música, a produção é inspirada em uma canção folclórica germânica que, por sua vez, baseia-se em uma lenda ambientada nas florestas da região. “Sinfonia Concertante”, do alemão Danzi (1758-1826), e “Navarra para dois violinos e orquestra”, do espanhol Sarasate (1844-1908), são as obras que dão sequência à apresentação, levando ao palco do teatro outras sonoridades da Alemanha e música espanhola. Para executá-las, a orquestra conta com solos do Dúo de Violinos de Muních. O casal de violinistas vem se apresentando ao lado de importantes orquestras do mundo, e já participou da gravação de mais de 90 títulos com a Rádio de Baviera. A noite encerra com a “Sinfonia nº2″ de Tchaikovsky (1840-1893), obra inspirada pela cultura popular do leste europeu. Também chamada “Pequena Rússia”, ela se baseia em canções ucranianas – a Ucrância, na sua época, era conhecida como “Pequena Rússia”.

Regente: Christopher Dragon (Austrália)
Solistas: Luis Michal e Martha Carfi (Alemanha | violinos)

PROGRAMA
Weber, C. M. v.: Freischütz Overture
Danzi, F.: Sinfonia Concertante em Si bemol
Sarasate, P.: “Navarra” para 2 violinos e orquestra – Opus 3
Tchaikovsky, P.: Sinfonia nº 2

Foto: Ana Carolina Eidam
Foto: Ana Carolina Eidam

Projeto Canto, Alaúde e Guitarra Barroca na Biblioteca Pública
Dia: 10 de julho de 2016 (domingo), às 16h
No Salão Mourisco da Biblioteca Pública do Estado (Riachuelo, 1190)

O Salão Mourisco da Biblioteca Pública do Estado (BPE) sedia neste domingo, 10 de julho, às 16h, Recital de Canto, Alaúde e Guitarra Barroca, com a soprano Andiara Mumbach e o instrumentista Anderson de Lima. O concerto fornecerá ao público um panorama da música vocal e dos dois instrumentos de maior difusão dos séculos XVI, XVII e XVIII, com obras de seus mais destacados compositores: C. Monteverdi, J. Dowland e G. Caccini, entre outros. O repertório será executado com base em anos de pesquisas sobre a estética musical dos períodos renascentista e barroco, tocado em réplicas dos instrumentos usados nesse período. O ingresso se dá mediante doação de agasalhos, para a Campanha do Agasalho.

Repertório:
– Thomas Robinson (1560 – 1610) – “Merry Melancholie” e “Go from my window”
– John Dowland (1563 – 1626) – “Lachrimae”, “Awake sweet love”, “Flow my tears” e “Come again”.
– Francesco da Milano (1497 – 1543) – “Ricercar” e “Fantesia”
– G. Caccini (1551-1618) – “Dolcissimo Sospiro” e “Amarilli Mia Bella”
– Santiago de Murcia (1673 – 1739) – “Jacaras de La Costa” e “Fandango”
– Gaspar Sanz ( 1640 – 1710) – “Canários”
– C. Monteverdi (1567-1643) – “Si dolce è’l tormento”, ” Come farò cuor mio” e ” Quel sguardo sdegnosetto”.
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Teatro

Casa de Carií da Companhia de Ballet da Cidade de Niterói
No Theatro São Pedro, nos dias 09, às 20h, e 10 de julho, às 18h

A consagrada Companhia de Ballet da Cidade de Niterói traz a Porto Alegre “Casa de Carii”, um espetáculo de dança que associa dança contemporânea e ritmos que exploram a brasilidade. As apresentações acontecem nos dias 09 e 10 de julho, sábado e domingo, no Theatro São Pedro. Com direção artística de Pedro Pires e coreografia de Gleidson Vigne, “Casa de Carií” utiliza a riqueza e diversidade dos ritmos brasileiros como trilha sonora, especialmente o samba, associados à experimentação de diferentes formas de ver e entender a contemporaneidade. Resultantes de pesquisa musical e coreográfica, a obra explora ritmos cariocas, que motivam movimentos vigorosos dos bailarinos em cena. A montagem também conta com um jogo de sombras que revelam as silhuetas da cidade do Rio de Janeiro, numa fusão entre sons mecânicos que exploram a tecnologia junto às possibilidades estéticas de dança contemporânea. De acordo com estudos, há indicação da existência de uma tribo indígena denominada “Carii”, que habitava a região da atual cidade de Niterói. Segundo esta versão, “carioca” poderia significar “Casa de Carii” (carii+oka). Ao escolher ritmos cariocas como fonte de inspiração para o seu novo trabalho, a Companhia de Ballet da Cidade de Niterói mantém o seu desafio de propor a experimentação de diferentes formas de ver e entender a contemporaneidade sem rejeitar sua brasilidade.

Foto: Karla Kalife
Foto: Karla Kalife

O Casal Palavrakis
Na Sala Álvaro Moreyra, Av. Erico Verissimo, 307 – Menino Deus
De 10/06 a 10/07, de sexta a domingo, às 20h.

Dirigido por Maurício Casiraghi, O Casal Palavrakis fará a primeira temporada em Porto Alegre a partir do dia 10 de junho na Sala Álvaro Moreyra. A estreia também marca as comemorações de cinco anos de atividades da Ato Cia. Cênica – um dos mais jovens e premiados grupos de teatro do Rio Grande do Sul. Primeira montagem gaúcha para o texto da dramaturga espanhola Angélica Liddell, a peça leva à cena o cotidiano do casal Elsa e Mateo Palavrakis. Apresentado de forma fragmentada, o roteiro avança e recua no tempo. Aos poucos, o público é inserido em uma atmosfera de violência e pesadelo. O espetáculo tem a narrativa multiplicada por imagens geradas ao vivo por câmeras posicionadas e operadas pelos próprios atores, buscando novas relações de tempo, espaço e memória. A dramaturgia serve como plataforma de experimentação e pesquisa. Os atores utilizam diversos elementos orgânicos – como ovo, farinha e leite – na busca de quadros que expressem a relação dos personagens por meio da performance.

Foto Diego Bregolin
Foto Diego Bregolin

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