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27 de maio de 2016
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14:49

Sul21 recomenda O Tesouro, Ponto Zero e o Réquiem de Mozart

Por
Sul 21
[email protected]

Milton Ribeiro

Feriadão com a invasão de X-Men e Alice nos cinemas. Mas, com bons lançamentos e continuações, sobrou espaço para a boa cinefilia nos espaços alternativos. Destacamos o romeno O Tesouro e o brasileiro Ponto Zero em nosso Recomenda de hoje além de várias continuações.

A música estará movimentada. Haverá o Réquiem de Mozart na próxima terça-feira e o Trio de Palhetas que estará  no Margs, próximo domingo. Confiram abaixo.

De segunda a sexta, atualizamos nosso Guia21, com programação completa do que acontece em POA.

Todas as semanas, o Sul21 traz indicações de filmes, peças de teatro, exposições e música para seus leitores. Não se trata de uma programação completa, mas de recomendações dos melhores espetáculos que assistimos. O critério é a qualidade. Se você tiver sugestões sobre o formato e conteúdo de nosso guia, por favor, comente. Boa semana!

Cinema – Estreias

O Tesouro (****)
(Comoara), de Corneliu Porumboiu, França / Romênia, 2015, 89 min

O tesouro
Caixas enterradas com dinheiro, ouro e objetos valiosos são um mito que mexe com o imaginário das pessoas. No filme romeno O tesouro, dois homens resolvem fazer uma escavação no quintal de uma casa para tentar encontrar pertences dos antepassados de um deles. O personagem principal leva uma vida pacata com a esposa e o filho em Bucareste. Ele enfrenta dificuldades financeiras, pois o país vive uma crise constante (como mostra um debate na TV), mas consegue manter-se razoavelmente. Um vizinho o procura com a proposta de desenterrar o tesouro que estaria escondido na antiga casa dos avós, desapropriados na época da dominação comunista. O sentimento de esperança os faz levar adiante o plano, que ainda terá a participação de um operador de detector de metais. Há algo de irônico e surreal no ar.

Na Sala Norberto Lubisco, às 17h15 e 19h

Ponto Zero (****)
de José Pedro Goulart, Brasil, 2015, 94 min

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Um pai de caráter nada inspirador, uma mãe perturbada pela confusão mental e quase nenhum aliado isolam o protagonista adolescente de Ponto zero. Alvo de agressões físicas e de zombaria na escola, ele também é asfixiado pelo complicado ambiente familiar. Vivido por Sandro Aliprandini, Ênio está ansioso e sozinho, em permanente silêncio por quase toda a trama do longa. Num contexto de cruel discriminação e quase nula vivência social — vivendo praticamente na companhia do celular — surge o desejo sexual. E Goulart o persegue nessa noite de aventura em busca do amadurecimento. É um rito de iniciação que demonstrará se ele tem fôlego para crescer.
No Guion Center 2, às 14h e 21h10
No Cinespaço Wallig 6, às 14h50, 17h, 19h10 e 21h20
No Espaço Itaú 2, às 13h40, 15h40, 17h40, 19h40 e 21h40
No GNC Iguatemi 1, às 15h30, 17h30 e 19h30

Cinema – Em cartaz

Os Anarquistas (****)
(Les Anarchistes), de Élie Wajeman, França, 2014, 101 min

os anarquistas
Não se engane com o título. A história tem pouco a ver com anarquismo, mas o tema é excelente. Nos últimos anos do século XIX, um sargento (Tahar Rahim) é encarregado de se infiltrar um grupo de anarquistas em Paris, podendo ganhar uma promoção caso a tarefa seja bem-sucedida. Para ele, é a ocasião de subir na vida. Enquanto fornece relatórios aos seus superiores, ele começa a questionar a operação e desenvolve sentimentos pessoais por membros do grupo. A bela ideia do filme é misturar a violência do sentimento amoroso e da forte amizade ao ideal político. O cineaste Élie Wajeman é jovem e talentoso. Olho nele!

No Guion Center 2, às 15h40, 17h30, 19h20

Maravilhoso Boccaccio (***)
(Maraviglioso Boccaccio), de Vittorio e Paolo Taviani, Itália, 2014, 115 min

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O Decameron de Boccaccio já havia servido de inspiração a várias adaptações cinematográficas, sendo a mais famosa a de Pasolini. A nova versão dos irmãos Taviani (cada um com mais de 80 anos), Maravilhoso Boccaccio trata da velha arte de contar histórias. Para tanto, selecionaram cinco dos cem contos do original. que tem como fio condutor um conjunto de jovens que, para escapar (e sobreviver) à Peste Negra em Florença no século XIV, se isolam num mosteiro, tendo como única forma de consolo o de narrar pequenas ficções. A representação dos atores-narradores peca por um excesso de teatralidade, mas quando aquelas personagens abrem a infinidade de portas narrativas o filme se torna interessante, oscilando entre a comédia e o melodrama, a fantasia e a realidade, abordando temas tão diferentes como a hipocrisia na religião ou o ciúme disfarçado de paternalismo. (Do c7nema).

No Guion Center 3, às 17h15

Um Pombo Pousou num Galho Refletindo sobre a Existência (*****)
(En duva satt på en gren och funderade på tillvaron), de Roy Andersson, Suécia / Noruega / França / Alemanha, 2014, 100 min

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Este título longo resume bem o universo de Roy Andersson. Quanto ao argumento do filme, é muito difícil, quase impossível, resumi-lo, mas podemos começar por um importante fato externo: o filme venceu o Leão de Ouro da 71ª edição do Festival de Veneza, em 2014. A partir de uma série de planos gerais filmados com uma câmara fixa, o realizador sueco desenvolve, calmamente, uma reflexão introspetiva e absurda sobre a morte e a vida. O trabalho dos atores é particularmente interessante. De forma teatral e por vezes burlesca, as personagens encarnam uma série de cenas que nos fazem lembrar os universos de Bergman, Tati, Monty Python e Beckett. Isso mesmo. O registo é, ao mesmo tempo, divertido, sinistro, macabro, anacrônico e excêntrico. Esta forma de ‘desespero escandinavo’ acaba por seduzir-nos, tal como seduziu o júri da Mostra de Veneza. O filme faz parte de uma trilogia iniciada pelo autor há 15 anos.

Na Sala Eduardo Hirtz, às 19h

De Amor e Trevas (***)
(A Tale of Love and Darkness), de Natalie Portman, Israel / EUA, 2015, 98 min

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Filme inspirado no excelente livro homônimo de Amos Oz, marca a estreia de Natalie Portman na realização de longas-metragens, com a atriz a assumindo ainda o cargo de argumentista e protagonista desta ambiciosa obra. A palavra ambição não significa competência e Natalie Portman não parece ter unhas para, ao menos nesta sua fase da carreira, conseguir tocar esta guitarra. O maior elogio que podemos fazer a “A Tale of Love and Darkness” surge com algum veneno: é semelhante à carreira de Natalie Portman como atriz, ou seja, alterna entre o bom, o razoável e o medíocre. “A Tale of Love and Darkness” perde-se em alguns tropeços de iniciante, aliados a uma devoção excessiva de Natalie Portman em relação ao material que tem entre mãos. Só a história e a lembrança do livro fazem com que gostemos do filme. (Com Rick’s Cinema)

No Guion Center 1, às 15h50

Nise — O Coração da Loucura (****)
de Roberto Berliner. Brasil, 2015, 108 min

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Aconteceu um milagre, na década de 1950, no Brasil. Os mais importantes museus de arte moderna abriam seus salões para artistas de que nunca se ouvira falar. Muitos críticos assinalaram que essas exposições revelavam pintores que, apesar de desconhecidos, deveriam desde já ser considerados entre os maiores artistas brasileiros. Falou-se que essa explosão inédita de arte e beleza indicava que algo, comparável com a Renascença, poderia estar acontecendo no Rio de Janeiro. Por trás deste milagre não havia nenhuma academia de artes, nenhum mecenas ou marchand. Apenas uma psiquiatra, ridicularizada por seus colegas, e um ateliê de pintura, criado por ela em um hospital psiquiátrico nos subúrbios da cidade. Os artistas eram esquizofrênicos e pobres, internados, alguns há várias décadas, abandonados por suas famílias e desenganados pelos médicos. Este filme conta a história deste “milagre” e da vida dessa psiquiatra rebelde, franzina e cativante: a Dra. Nise da Silveira.

No Espaço Itaú 8, às 15h40 e 19h30

Truman (****)
de Cesc Gay, Espanha / Argentina, 2015, 106 min

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Em Truman, Ricardo Darín interpreta Julián, um doente terminal de câncer que decide interromper o tratamento diante do agravamento de seu estado de saúde. E, acompanhado pelo melhor amigo, tenta encontrar um novo lar para Truman, seu cachorro. Quando Julián (Ricardo Darín) recebe uma visita inesperada do seu amigo de infância Tomás (Javier Cámara) que vive no Canadá, o encontro é ao mesmo tempo doce e amargo. Este reencontro, depois de vários anos, será também o último. Depois de lhe ser diagnosticado um câncer terminal, Julián decide pôr fim ao tratamento continuado que recebe, para poder concentrar-se em deixar todos os seus assuntos em ordem: a distribuição dos seus bens, as coisas para seu funeral, e acima de tudo, encontrar um lar para o seu mais fiel amigo -– o cão Truman. Entre diálogos repletos de humor e passeios pelas ruas de Madrid visitando livrarias, restaurantes, médicos e veterinários, a relação dos dois amigos vê-se fortalecida, sendo cada vez mais difícil a separação.

No Espaço Itaú 1, às 19h30
No GNC Moinhos 3, às 14h10
No GNC Moinhos 4, às 22h
Na Sala Paulo Amorim, às 17h30 e 19h30

A Juventude (*****)
(La Giovinezza), de Paolo Sorrentino, Itália/França/Suíça/Grã-Bretanha, 2015, 124 min

A Juventude
Fred (Michael Caine) e Mick (Harvey Keitel) são dois velhos amigos com quase oitenta anos que se encontram a desfrutar de um período de férias num hotel encantador, no sopé dos Alpes. Fred é um maestro e compositor aposentado, sem intenção de voltar à sua carreira musical que abandonou há muito tempo, enquanto Mick é um realizador, que ainda trabalha, empenhado em terminar o roteiro do seu mais recente filme. Ambos sabem que os seus dias estão contados e decidem enfrentar o seu futuro juntos. No entanto, ninguém além deles parece preocupado com o passar do tempo. O filme foi considerado pela crítica o melhor filme europeu de 2015. E Michael Caine, pelo mesmo filme, o melhor ator.

Na Sala Paulo Amorim, às 15h15

Exposições e Artes Plásticas

Exposição comemora os 57 anos de Barra do Ribeiro
No Instituto Renato Borghetti de Cultura e Música — Rua Júlio de Castilhos, 1120, Centro
Até 30 de junho
De quartas a sextas-feiras, das 9h às 12h e das 14h às 19h, sábados, domingos e feriados, das 10h às 13h e das 14h às 21h

A exposição Barra do Ribeiro em Fotos abre na sexta-feira, dia 27 de maio, às 19h, na Fábrica de Gaiteiros – Instituto Renato Borghetti de Cultura e Música (Rua Júlio de Castilhos, 1120, Centro), em comemoração aos 57 anos do município. Organizada pelos fotógrafos Beatriz Donelli e Willian Corrêa, tem o apoio da Câmera Viajante – escola de fotografia e cinema digital -, de Porto Alegre, e apresenta 63 trabalhos. As imagens foram produzidas por 32 fotógrafos de Barra do Ribeiro, profissionais e amadores, e por alunos e professores da Câmera Viajante, retratando as belezas naturais e aspectos geográficos, culturais e urbanísticos da cidade situada às margens do lago Guaíba. A mostra, que em fevereiro de 2016 esteve em cartaz na sede da AABB de Barra do Ribeiro, poderá ser visitada agora na Fábrica de Gaiteiros de Borghettinho.

Foto: Divulgação
Foto: RAR

Quatro décadas de arte com Ivan Pinheiro Machado
No Margs, até o dia 19 de junho

A mostra traz mais de 90 obras que representam um passeio em quatro décadas de produção artística, desde os anos 1970 até os dias atuais. São trabalhos que tratam, em sua maioria da temática urbana, extremamente realistas, que procuram captar aspectos inusitados do cotidiano das grandes cidades. “O que no primeiro momento lembra a fotografia documental de uma cena urbana tem a capacidade de nos capturar para uma nova intuição, o peso subjetivo, o olhar do artista e a poética desta construção inteiramente ficcional”, diz o crítico Jacob Klintowitz sobre a pintura de Ivan Pinheiro Machado. Desde uma mesa de bar, até um sinal de trânsito, o artista transita em torno do cotidiano, transformando em arte a banalidade das ruas, da cidade grande com ruas semidesertas, onde a figura humana é uma “presença ausente” conforme definição do crítico Paulo Perdigão.
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Exposição Aguapé
No Espaço de Artes da UFCSPA, R. Sarmento Leite, 245
Até 16 de junho

O Espaço de Artes da UFCSPA inaugura a exposição Aguapé com entrada franca e aberta ao público externo. O trabalho do artista visual Emanuel Monteiro poderá ser visitado até o dia 16 de junho. Monteiro desenvolve trabalhos em desenho, pintura e livros de artista. Explora a partir dessas linguagens os desdobramentos do conceito de paisagem. “A imagem da ruína perpassa os desenhos que compõem a exposição Aguapé, tanto pela observação da imagem da casa em estado contínuo de deterioração, quanto pela ação da matéria efêmera que constitui os próprios trabalhos. A casa em ruínas é um espaço que se apresenta confuso e híbrido, já não pode demarcar claramente os limites entre o espaço da cultura e da natureza. A ruína reintegra a cultura à natureza”. Impregnações, manchas, marcas, sobreposições, suspensão da matéria (água, aquarela, macerado de flores de Espatódea e seus resíduos, terra, folhas) são modos de investir sobre o desenho. A matéria orgânica transborda as estruturas lineares, como o espaço interno escoa para fora da casa, ou como a noite invadindo o seu interior. Quantas imagens e memórias podem ser evocadas e salvas no trabalho contínuo de descascar as paredes de um lugar?”, descreve o artista sobre seu trabalho.
exposição aguapé

Xadalu ”Elementos Urbanos”
Até 11/06/2016
Centro Cultural Erico Veríssimo CEEE

Conhecido pelas colagens e intervenções urbanas que estampam a figura do indiozinho Xadalu pelo mundo, Dione Martins apresenta uma série de novos trabalhos, realizados especialmente para esta exposição. “Elementos Urbanos” parte de sua imersão pelo espaço das grandes cidades. Como artista visual vinculado à arte urbana (a chamada street art), Dione não só se expressa nas ruas, como também retira delas os elementos que compõem sua produção. No ambiente de Porto Alegre, onde costuma fazer andanças noturnas para realizar seus trabalhos, o artista topa com toda sorte de pessoas e situações. Vêm do contato com a dinâmica desse meio social mais à margem e de seus códigos específicos os motivos do que se apresenta nesta mostra. São obras em linguagem de arte urbana que se valem de técnicas e procedimentos diversos, partindo sempre da observação e das experiências de Dione em seus percursos pela cidade. Nessas rotas de passagem, o artista depara com o cotidiano de marginalização social, ao mesmo tempo em que o olhar se sensibiliza pela dura desigualdade que pauta a vida nos grandes centros. Assim, em “Elementos Urbanos”, Dione dá sequência a uma produção visual que reflete o lado comprometido de seu trabalho, agora ampliando as questões indígenas para outros grupos marginalizados pela sociedade.

Foto: Carol Essan
Foto: Carol Essan

Avalanche, na Galeria Ecarta (Av. João Pessoa, 943)
De terça a sexta, das 10h às 19h; sábado, das 10h às 20h; e domingo, das 10h às 18h
Até 19 de junho

Formada pelos artistas Matheus Walter e Virginia Simone, a Avalanche inaugura a exposição Compacto Simples em 5 de maio, às 19h, na Galeria Ecarta (Av. João Pessoa, 943), em Porto Alegre. O título, extraído do universo da música pop, faz referência à maneira que a exposição será montada. Trabalhos realizados em técnicas e suportes distintos serão exibidos em cada uma das salas (ou lados) da galeria. As obras, no entanto, têm na questão da memória um assunto comum. No Lado A, Vídeo da Casa reúne imagens captadas em formato digital, entre 2010 e 2014, que mostram a destruição de um velho sobrado da Rua Santo Antônio, em Porto Alegre. Entre os anos de 2005 e 2012, a casa, também chamada de Avalanche, foi lugar de morada, criação e convívio, além de abrigo para um acervo de roupas e objetos reunidos em anos de pesquisas. “Os anos de ocupação da casa, tingidos de alegria e entusiasmo, contrastam com o aspecto cru da demolição de um imóvel urbano. Vídeo da Casa possui, inevitavelmente, um apelo político passível de discussão em tempos de crise: o debate sobre a especulação imobiliária e suas conseqüências”, considera Matheus. No Lado B, a série Álbuns traz uma coleção de impressos, fotos, desenhos, etiquetas, adesivos, panfletos e recortes, todos materiais de diferentes tempos e espaços reunidos em antigos álbuns de fotografias. O trabalho propõe uma forma de organização e apresentação do que a dupla chama de achados arqueológicos. Os temas são variados e organizados por conteúdo, forma, período histórico ou livre associação: o Álbum da Indústria Fonográfica evoca a produção gráfica de capas de discos e publicações do gênero; o Álbum da Mulher reúne desenhos e imagens femininas de revistas e livros de diversas épocas; o Álbum de Botticelli insere folhas de uma planta medicinal em um livro sobre o pintor renascentista. “Em um típico caso ‘A influencia B’, todo o conceito dos álbuns vem da necessidade de criar obras menores. O motivo é o simples fato de a casa, estrutura gigantesca e misteriosa – pode-se dizer um grande álbum que guardava toda a sorte de objetos -, ter sido destruída e o tamanho do ‘atelier’ drasticamente reduzido”, explica Virginia. Compacto Simples tem visitação até 19 de junho. No dia anterior ao encerramento, sábado, 18, haverá um evento com diversas atividades. Às 17h, os artistas Matheus Walter e Virginia Simone conversarão com o público e com o curador da exposição, Leo Felipe, sobre o processo “arqueológico” de pesquisa. Logo depois, a dupla promove uma performance envolvendo moda e música. Uma publicação referente à exposição será lançada na ocasião. Todas as atividades têm entrada franca.

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Sergio Camargo: Luz e Matéria
Fundação Iberê Camargo
De terça a domingo (inclusive feriados), das 12h às 19h (último acesso às 18h30)
Até 12 de junho

A Fundação Iberê Camargo e o Itaú Cultural firmaram uma parceria para trazer ao público mais uma exposição de grande relevância no cenário artístico nacional. Dia 3 de março, a instituição em Porto Alegre inaugura a mostra Sergio Camargo: Luz e Matéria com trabalhos de um dos mais importantes nomes das artes visuais do século XX no Brasil. Com curadoria de Paulo Sergio Duarte e Cauê Alves, a mostra reúne, até 12 de junho, mais de 60 obras de colecionadores privados e do espólio do artista. A exposição é um novo recorte da versão exibida no Itaú Cultural em São Paulo, entre novembro de 2015 e fevereiro de 2016, e Porto Alegre é a primeira cidade a recebê-la, após seu encerramento na Capital paulista. Na Fundação, a exposição ocupa dois andares com trabalhos de grande formato e em menor dimensão Sergio Camargo; torres e relevos em formas que jogam com a luz e a sombra, esculpidos em mármore carrara branco ou negro belga, datadas entre as décadas de 1960 e 1980. O conjunto faz uma síntese das sucessivas experiências de Sergio Camargo (1930-1990).
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Música

Recital do Trio de Palhetas da Ospa
No Margs, Praça da Alfândega, s/n, Centro
29 de maio, domingo, às 16h30

No último domingo de maio, dia 29, a música e as artes visuais têm encontro marcado no Museu de Arte do RS Ado Malagoli (MARGS). Na segunda edição da série Música no Museu, a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre apresenta o seu Trio de Palhetas, formado pelos músicos Adolfo Almeida Jr. (fagote), Augusto Maurer (clarinete) e Paulo Calloni (oboé). Obras de Johann Sebastian Bach (1685-1750), Eugene Bozza (1905-1991), Darius Milhaud (1892-1974), Jacques Ibert (1850-1962), Astor Piazzolla (1921-1992) e Ernesto Nazareth (1863-1934) compõem o programa. É às 16h30, com entrada franca. Formação relativamente recente na história da música de câmara, o trio composto por um oboé, um clarinete e um fagote foi criado por Fernand Oubradous (1903-1986). O fagotista, maestro e professor do Conservatório de Paris atuou na construção de um repertório para o grupo de instrumentos, assim como no na adaptação de obras de compositores consagrados. O programa do recital contempla, principalmente, o legado de composições ensejadas pelo Trio d’Anches de Paris, pioneiro conjunto francês capitaneado por Oubradous. A apresentação tem início com adaptações de “Cânone perpétuo da oferenda musical” e “Prelúdio e Fuga a três vozes em dó sustenido menor”, de Bach, seguidas de “Suite Brève em Trio”, de Eugene Bozza. As obras “Pastorale” e “Suite (d’après Corrette)”, de Darius Milhaud, dão continuidade à exibição, que segue com “Cinq Pièces em Trio”, de Jacques Ibert. Para finalizar, duas adaptações de obras latino-americanas: “La muerte del Angel”, de Piazzolla, e “Bambino”, de Ernesto Nazareth.

Quando: 29 de maio, domingo, às 16h30
Onde: Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli (Praça da Alfândega, s/n – Centro Histórico)

ENTRADA FRANCA

PROGRAMA:
Bach, J. S.: Cânone perpétuo da oferenda musical (adaptado por Kim Ribeiro)
Bach, J. S.: Prelúdio e Fuga a três vozes em dó sustenido menor (adaptação de Fernand Oubradous)
Bozza, E.: Suite Brève em Trio
Milhaud, D.: Pastorale
Milhaud, D.: Suite (d’après Corrette)
Ibert, J.: Cinq Pièces em Trio
Piazzolla, A.: La muerte del Angel (adaptado por Augusto Maurer)
Nazareth, E.: Bambino (adaptado por Kim Ribeiro)

Apresentação: Adolfo Almeida Jr. (fagote), Augusto Maurer (clarinete) e Paulo Calloni (oboé)

Foto: Ana Eidam
Foto: Ana Eidam

Ospa nas Igrejas apresenta o Réquiem de Mozart
Em 31 de maio, terça-feira, às 20h30,
Na Igreja da Ressurreição, Av. Nilo Peçanha, 1521 – Três Figueiras

A Orquestra Sinfônica de Porto Alegre e seu Coro Sinfônico revisitam uma das obras mais célebres da música sacra no segundo concerto da Série Igrejas 2016. No dia 31 de maio, terça-feira, às 20h30, a Ospa apresenta o “Requiem” de Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791), derradeira obra do compositor austríaco, na Igreja da Ressurreição. O concerto, o primeiro do ano com a participação do Coro, será regido pelo maestro Manfredo Schmiedt e contará com as participações especiais de quatro solistas: a mezzosoprano Luciana Bueno, a soprano Elisa Machado, o tenor argentino Pablo Pollitzer e o barítono Daniel Germano. A entrada é franca. Nenhum trabalho de Mozart adquiriu a aura de lenda como o “Requiem”. O compositor recém havia falecido quando se começou a especular sobre a coincidência de ele escrever a partitura de uma “missa pro defunctis” justo nos seus últimos momentos de vida. Para além das circunstâncias misteriosas em que foi encomendado e do fascínio do público com a morte de Mozart durante a sua elaboração, o “Requiem” é um trabalho magistral cuja mensagem combina o medo da morte com a esperança da graça de Deus. Ele não foi concluído por Mozart – a partir das anotações deixadas, seu discípulo Franz Xaver Süssmayr finalizou as partes que faltavam após o falecimento do compositor.

Foto: Antonieta Pinheiro
Foto: Antonieta Pinheiro

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