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1 de abril de 2016
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14:44

Sul21 recomenda A Juventude, O Cavalo de Turim e Para Minha Amada Morta

Por
Sul 21
[email protected]

Milton Ribeiro

É realmente bom indicar filmes tão notáveis quanto os três de nossa manchete. A Juventude é o novo filme de Paolo Sorrentino (A Grande Beleza). Críticos europeus consideram-no o melhor filme do continente em 2015. O Cavalo de Turim é uma obra-prima de Béla Tarr que levou 5 longos anos para chegar aqui. O diretor húngaro é fortemente influenciado pelo cineasta russo Andrei Tarkowski. Algumas características de seus filmes são os planos longos, que não raramente passam dos 10 minutos, e o uso do preto-e-branco. E, para completar, temos a muito elogiada estreia da cineasta Aly Muritiba: Para Minha Amada Morta.

Mas há muito mais indicações abaixo.

Todas as semanas, o Sul21 traz indicações de filmes, peças de teatro, exposições e música para seus leitores. Não se trata de uma programação completa, mas de recomendações dos melhores espetáculos que assistimos. O critério é a qualidade. Se você tiver sugestões sobre o formato e conteúdo de nosso guia, por favor, comente. Boa semana!

Cinema – Estreias

A Juventude (****)
(La Giovinezza), de Paolo Sorrentino, Itália/França/Suíça/Grã-Bretanha, 2015, 124 min

A Juventude
Fred (Michael Caine) e Mick (Harvey Keitel) são dois velhos amigos com quase oitenta anos que se encontram a desfrutar de um período de férias num hotel encantador, no sopé dos Alpes. Fred é um maestro e compositor aposentado, sem intenção de voltar à sua carreira musical que abandonou há muito tempo, enquanto Mick é um realizador, que ainda trabalha, empenhado em terminar o roteiro do seu mais recente filme. Ambos sabem que os seus dias estão contados e decidem enfrentar o seu futuro juntos. No entanto, ninguém além deles parece preocupado com o passar do tempo. O filme foi considerado pela crítica o melhor filme europeu de 2015. E Michael Caine, pelo mesmo filme, o melhor ator.

No Guion Center 1, às 14h15, 16h30, 18h45 e 21h

O Cavalo de Turim (*****)
(A Torinói Ló), de Béla Tarr, França/Suíça/Hungria/Alemanha, 2011, 146 min

O Cavalo de Turim
O Cavalo de Turim mostra seis dias de dois personagens — pai e filha — que vivem numa casa de pedra na zona rural da Hungria entre a aridez, o vento e o frio constantes. Falta tudo, tudo é monotonia e tudo é vida, dor e trabalho. (Coincidência, não?) Eles só têm batatas para comer, têm também um poço minguante, um destilado que deve ser parecido com a vodka, creio, e um cavalo velho e doente. Seus dias são iguais, com poucas variações, sempre no aguardo de condições melhores. Talvez a melhor descrição de O Cavalo de Turim seja a de um filme de cenas quase iguais — mas sempre filmadas de forma diferente — sobre a pesada rotina de vidas sacrificadas. Tarr vai curiosamente acumulando tempo sobre tempo e sua insistência acaba por mostrar a força e o cansaço, equilibrando-se entre a tão somente sobrevivência e a provável aniquilação, numa compassiva melancolia da resistência. Nem o cavalo da família pode trabalhar. O título do filme foi retirado de um episódio ocorrido, ou não, com Nietzsche. Em 1889, ele teria visto, numa rua de Turim, um cavalo ser açoitado violentamente em razão de negar-se a seguir puxando a carroça. Perturbado, o filósofo teria corrido para o animal, abraçando-o, para depois cair desesperado. Tal fato costuma ser citado como o início dos problemas mentais de Nietzsche. Obra-prima.

No Espaço Itaú 3, às 21h

Para Minha Amada Morta (****)
(Para Minha Amada Morta), de Aly Muritiba, Brasil, 2015, 105 min

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Fernando é um bom homem que cuida do seu filho único, Daniel, um menino tímido e sensível. Depois da morte de Ana, sua esposa, todas as noites Fernando recorda o seu amor, arrumando as coisas de sua amada morta. Um dia ele encontra uma fita VHS que mudará tudo. O longa-metragem, o primeiro da carreira de Aly Muritiba, foi premiado no 48º Festival de Brasília nas categorias de melhor direção; melhor ator coadjuvante, para Lourinelson Vladmir; melhor atriz coadjuvante, para Giuly Biancato; melhor direção de arte, para Monica Palazzo, e melhor montagem, para João Menna Barreto. Além de ser eleito como melhor filme pelo júri da crítica.

No CineBancários, às 15, 17h e 19h
No Espaço Itaú 8, às 13h20, 15h30, 19h20 e 21h40
No GNC Moinhos 1, às 14h20, 19h45 e 22h

Cinema – Em cartaz

Conspiração e Poder (***)
(Truth), de James Vanderbilt, EUA, 2015, 125 min

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Quem viu Spotlight sabe o quanto o atual cinema americano pode ser político. E o “baseado em fatos reais” é um dos aspectos mais levados em consideração no cinema atual, o que já foi realidade um dia pode ser mais atrativo que a própria ficção. O real é um algo que funciona como legitimador da narrativa ficcional vista na tela. Em Conspiração e Poder, a produtora da CBS Mary Papes (Cate Blanchett) juntamente com o âncora Dan Rather (Robert Redford) suspeitam de que o presidente George W. Bush foi um dos muitos jovens privilegiados que usou os seus contatos para não combater na Guerra do Vietnã. Armando uma exposição, os dois pretendem levar a história ao ar, mas o fato só começa uma guerra entre o poder constituído na tentativa de tirar o crédito das informações, o que abala o emprego dos dois contratados da CBS, quase altera as eleições e quase leva toda a CBS News abaixo.

No Cinemark Barra 3, às 21h30
No GNC Moinhos 3, às 16h30 e 21h40
No Guion Center 2, às 16h15 e 18h30

Desajustados (***)
(Fúsi), de Dagur Kari, Islândia / Dinamarca, 2015, 94 min

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Desajustados é uma singela obra que conta a história de como Fúsi, um colossal islandês de 43 anos, simplesmente abriu mão de crescer. Passa seus dias em uma monotonia agonizante que incluir comer seu cereal favorito, visitar sempre os mesmos locais, falar sempre com o mesmo punhado extremamente limitado de gente, comprar brinquedos e se divertir com jogos de tabuleiro. Mas ele terá sua rotina quebrada por três personagens. Uma menina, o amante de sua mãe e depois uma mulher. O filme é ótimo, sem excessos de drama e sem condescendência.

No Guion Center 2, às 14h30
No Guion Center 3, às 17h30

Cemitério do Esplendor (****)
(Rak ti Khon Kaen), de Apichatpong Weerasethakul, Tailândia, 2015, 122 min

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Soldados com uma misteriosa doença do sono são transferidos para uma clínica temporária em uma antiga escola. O espaço repleto de memórias se torna um mundo revelador para a dona de casa e voluntária Jenjira enquanto ela cuida de Itt, um soldado que não recebe visitas. Jen torna-se amiga da jovem médium Keng, que usa seus poderes psíquicos para ajudar os parentes a se comunicarem com os homens em coma. Os médicos tentam de tudo para aliviar os sonhos perturbados dos doentes. Jen descobre um enigmático caderno de Itt, cheio de desenhos e escritos estranhos. Meio viajante, mas bem legal.

No Espaço Itaú 3, às 14h e 16h30
Sala Paulo Amorim, às 19h

A Garota Dinamarquesa (***)
(The Danish Girl), de Tom Hooper, EUA / Reino Unido / Dinamarca, 2015, 120 min

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Cinebiografia de Lili Elbe (Eddie Redmayne), que nasceu Einar Mogens Wegener e foi uma das primeiras pessoas a se submeter a uma cirurgia de mudança de sexo. Em foco o seu relacionamento amoroso com a pintora dinamarquesa Gerda (Alicia Vikander) e sua descoberta como mulher quando sua esposa pede para que ele pose para retratos femininos quando uma modelo falta na década de 20.[11] Sua esposa aceita a cirurgia mas percebe que perdeu a pessoa com quem se casou e Hans Axgil (o ator belga Matthias Schoenaerts), vem formar um triângulo amoroso.
https://youtu.be/XrVMJ6myjTQ
No GNC Moinhos 3, às 16h40 e 19h

45 anos (*****)
(45 Years), de Andrew Haigh, Inglaterra, 2015, 95 min


Considerado pelo Sul21 como o melhor filme de 2015. Kate Mercer (Charlotte Rampling) está planejando a festa de comemoração dos 45 anos de casada. Porém, cinco dias antes do evento, o marido (Tom Courtenay) recebe uma carta: o corpo de seu primeiro amor foi encontrado congelado no meio dos Alpes Suíços. A estrutura emocional dele é seriamente abalada e Kate já não sabe se vai ter o que comemorar durante a festa. Os veteranos Rampling (69 anos) e Courtenay (78) levaram os prêmios de melhor atriz e ator do Festival de Berlim deste ano e dão um show à parte. Ingmar Bergman cansou de nos mostrar que dois grandes atores às voltas com um bom texto pode dar resultados de primeira grandeza. É o caso. O jovem cineasta Andrew Haigh demonstra grande talento e delicadeza para captar as nuances de um casal que sai fora do prumo.

Na Sala Norberto Lubisco, às 15h15

Spotlight — Segredos Revelados (****)
(Spotlight), de Tom McCarthy, EUA, 2015, 128min

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Não é do nosso feitio recomendar filmes que são exibidos em todos os grandes cinemas e apresentam grandes elencos hollywoodianos, mas com a aproximação das premiações, os filmes desse tipo que se destacm no mar dos blockbusters começam a aparecer. E Spotlight é um deles. Em 2001, um escândalo escondido na cidade de Boston começa a ser investigado por uma equipe de jornalistas. Baseado em fatos reais, Spotlight conta a história dos repórteres que denunciaram o grande número de abuso de menores praticado por sacerdotes, com conivência da Igreja Católica e ocultados pelo sistema judiciário da cidade. O filme funciona como uma espécie de ode ao jornalismo, acompanhando os repórteres interpretados por Mark Ruffalo, Rachel McAdams, Michael Keaton, entre outros.
https://youtu.be/I7TYGRwZbE4
No GNC Moinhos 3, às 14h

Exposições e Artes Plásticas

— Exposição Marcel Odenbach – Stille Bewegungen. Movimentos Silenciosos
No MARGS, até 28 de maio, de terças a domingos, das 10h às 19h
— Mostra de vídeos de Marcel Odenbach
Galeria do Goethe-Institut Porto Alegre, até 28 de maio, de segunda a sexta, das 9h às 21h, sábados, das 9h às 13h

Marcel Odenbach. Stille Bewegungen. Movimentos Silenciosos, exposição do Instituto de Relações Exteriores (ifa, Alemanha), apresenta a obra de um dos mais importantes videoartistas alemães através de instalações, vídeos e obras em papel das últimas três décadas. Nascido em 1953, em Colônia, Marcel Odenbach é um pioneiro da videoarte. Seus trabalhos são narrativas complexas criadas por meio de uma técnica de colagem de trechos de produções para cinema e televisão, material de arquivo e imagens feitas por ele mesmo. A edição de imagens públicas e privadas gera enredos que conectam sutilmente a história, num nível superior, com o sentimento do ser humano individual e a biografia do artista.

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Barman, de Marcelo Chardosim
No Acervo Independente
Na Rua General Auto, 219, Centro Histórico, (entre a Fernando Machado e a Demétrio Ribeiro)
Até 16 de Abril de 2016, Seg – Sex das 14h às 19h

A mostra traz fotografias de arquivo familiar e objetos que apresentam possíveis diálogos entre o universo dos bares e o espaço expositivo. Ainda, suscita questões como a publicidade de bebidas alcoólicas e o comportamento pelo uso do álcool. A exposição é parte interativa, convidando o público a participar da execução de alguns trabalhos. Localizado numa construção centenária do Centro Histórico de Porto Alegre, o Acervo Independente é um espaço colaborativo voltado para o meio artístico que busca proporcionar a troca permanente de ideias e experiências entre seus participantes. O Acervo também busca funcionar como um marco de divulgação dos eventos culturais da cidade. Para tanto, o local proporciona uma estrutura mutável capaz de se adaptar às necessidades dos diferentes contextos que pode abrigar, ao mesmo tempo em que promove a cultura, a liberdade de expressão e a experimentação em arte.
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O Mundo é Minha Pátria: a Migração Haitiana e Senegalesa no Brasil
Na Usina do Gasômetro, Av. Presidente João Goulart, 551
Até 17 de abril. De terça a sexta, das 9h às 21h; sábado e domingo das 10h às 21h

Em 20 de março, comemora-se mundialmente o Dia Internacional da Francofonia. Para marcar esta data, a exposição O Mundo é Minha Pátria: a Migração Haitiana e Senegalesa no Brasil propõe um olhar diferente sobre a realidade do Rio Grande do Sul que, nos últimos anos, recebeu muitos haitianos e senegaleses que tentam se integrar à realidade brasileira. Os fotógrafos Diego Vara, Mateus Bruxele Tadeu Vilani, do jornal Zero Hora de Porto Alegre, acompanharam de perto desde 2014 o dia a dia e os desafios desses migrantes que vieram ao Brasil na busca por um futuro. A exposição é uma realização conjunta da Aliança Francesa de Porto Alegre, Consulado Geral da França no Brasil, Sistema Fecomércio RS/Sesc e Prefeitura de Porto Alegre, através da cooperação da Coordenação de Artes Plásticas e da Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia da Secretaria Municipal da Cultura. O resultado desse trabalho fotográfico, composto por 40 imagens coloridas e em preto e branco, dá espaço para a discussão das políticas migratórias em terras brasileiras, que recebem homens e mulheres que buscam uma colocação no mercado de trabalho, seja na construção civil, em frigoríficos, atuando em serviços gerais, postos de gasolina ou restaurantes. Hoje, existem mais de 50 mil haitianos em território brasileiro, principalmente nos estados do sul. A imigração senegalesa é mais recente, mas os objetivos dos migrantes são os mesmos: encontrar um emprego no Brasil e poder enviar dinheiro para casa. “A língua francesa ressoa hoje com novos sotaques no sul do Brasil, colorida pelo crioulo haitiano ou pelo wolof, a outra língua oficial do Senegal. O objetivo desta exposição é mostrar a diversidade dos mundos francófonos, mas, também, mostrar os obstáculos enfrentados diariamente por homens e mulheres que buscam uma vida melhor”, ressalta o diretor geral da Aliança Francesa de Porto Alegre, Patrice Pauc.
O mundo é minha pátria

Grande Desejo – Dinorá Bohrer Silva encontra Adélia Prado
Sala O Arquipélago do Centro Cultural CEEE Erico Verissimo
De terças a sextas, das 10h às 19h; sábados das 11h às 18h
Até 2/4

A sala O Arquipélago, do Centro Cultural CEEE Erico Verissimo (CCCEV), recebe, a partir desta segunda-feira (29), às 19h, a exposição Grande Desejo – Dinorá Bohrer Silva encontra Adélia Prado. Com curadoria artística de Paula Ramos e coordenação de Maria Rita Webster, a mostra traz obras de tapeçarias de recorte desenvolvidas nos últimos 15 anos, a partir da relação da artista gaúcha Dinorá Bohrer Silva com a obra poética da mineira Adélia Prado.
As peças, sem moldura e expostas nas paredes do espaço, têm dimensões diferentes, em sua maioria com mais de um metro. Os trabalhos são delicados: a técnica consiste em base de tecido, sobre a qual se monta, com retalhos de tecido das mais diversas texturas (desde algodão até organzas e rendas), uma composição de formas que vão presas à mão com pontos de bordado. “São obras que fui produzindo de 2000 até agora. A poesia é que me chamou para a imagem que trabalhei. Foram textos que me bateram de uma forma mais contundente que outros”, conta Dinorá. O catálogo da exposição reproduz 15 das 16 obras expostas, com os poemas que as motivaram. As fotografias são de André Cavalheiro, e os textos são assinados pelo jornalista e humorista Fraga, acerca da tapeçaria de recorte, e pelas professoras-pesquisadoras do Instituto de Artes da UFRGS Paula Ramos, que escreve sobre o encontro entre Dinorá Bohrer Silva e Adélia Prado, e Joana Bosak, sobre a trajetória e obra poética dessa última. O Centro Cultural CEEE Erico Verissimo fica na Rua dos Andradas, 1223, Centro Histórico de Porto Alegre.
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Sergio Camargo: Luz e Matéria
Fundação Iberê Camargo
De terça a domingo (inclusive feriados), das 12h às 19h (último acesso às 18h30)
Até 12 de junho

A Fundação Iberê Camargo e o Itaú Cultural firmaram uma parceria para trazer ao público mais uma exposição de grande relevância no cenário artístico nacional. Dia 3 de março, a instituição em Porto Alegre inaugura a mostra Sergio Camargo: Luz e Matéria com trabalhos de um dos mais importantes nomes das artes visuais do século XX no Brasil. Com curadoria de Paulo Sergio Duarte e Cauê Alves, a mostra reúne, até 12 de junho, mais de 60 obras de colecionadores privados e do espólio do artista. A exposição é um novo recorte da versão exibida no Itaú Cultural em São Paulo, entre novembro de 2015 e fevereiro de 2016, e Porto Alegre é a primeira cidade a recebê-la, após seu encerramento na Capital paulista. Na Fundação, a exposição ocupa dois andares com trabalhos de grande formato e em menor dimensão Sergio Camargo; torres e relevos em formas que jogam com a luz e a sombra, esculpidos em mármore carrara branco ou negro belga, datadas entre as décadas de 1960 e 1980. O conjunto faz uma síntese das sucessivas experiências de Sergio Camargo (1930-1990).
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Linhas: Imagens de Mathias Cramer
Bistrô do Margs, Praça da Alfândega, s/n
De segunda a sexta-feira, das 11 às 21h; sábados, domingos e feriados, das 11 às 19h.
Até 30 de abril

Mathias Cramer é jornalista e fotógrafo com graduação em Jornalismo pela Ufrgs e atua profissionalmente desde 1980, fazendo serviços para empresas e clientes, em reportagens, eventos, documentários e ensaios fotográficos. Sua trajetória conta com experiência no processamento e tratamento de imagem digital e no atendimento e suporte a assessorias de comunicação social, imprensa, marketing, relações públicas e recursos humanos. A sequência de imagens é resultado da produção fotográfica do autor, paralela ao trabalho comercial, ao longo de sua carreira.
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Iberê e Seu Ateliê: as coisas, as pessoas e os lugares
Fundação Iberê Camargo, Av. Padre Cacique, 2000
Das 12h às 19h (de 3ª a domingo) e das 12h às 21h (5ª feiras)
Até 2 de abril

A Fundação Iberê Camargo (Padre Cacique, 2000) recebe, por um ano, a exposição “Iberê e seu ateliê: as coisas, as pessoas e os lugares”, que traz uma visão mais abrangente sobre o artista. Com entrada gratuita, a visitação acontece das 12h às 21h, nas quintas-feiras, e das 12h às 19h de terça a domingo. A mostra tem como tema a poética de Iberê Camargo, o universo mental e material que concretiza a sua obra. As 146 obras em exposição apresentam os três gêneros trabalhados ao longo de sua carreira – a paisagem, a natureza-morta e a figura humana -, demonstrados em um recorte cronológico, que vai do início, ainda nos anos 40, à consolidação nos anos 60 e à culminação dos anos 70 em diante. O objetivo é possibilitar ao público da Fundação Iberê Camargo uma visão abrangente da obra do artista, por meio de uma mostra linear buscando uma visão do todo de sua carreira. A base para a organização da exposição está fundada em três eixos: a poética, isto é, o universo mental e material de concretização da obra, o temperamento do artista, não o do homem, pois prescindiremos da biografia e, finalmente, a execução, isto é, os caminhos trilhados em busca dos resultados.
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Música

Sexta-feira de blues com Luciano Leães
No London Pub, Rua José do Patrocínio, 964, Cidade Baixa
Dia 1º/ 4, às 22h

Luciano Leães é a atração desta sexta, 1º/4, da London Pub Blues Week – semana que realiza uma série de shows de blues no London Pub (Rua José do Patrocínio, 964, Cidade Baixa). Acompanhado do guitarrista Netto Rockefeller (SP) e do baterista Alexandre Loureiro, Leães apresenta canções de seu disco de estreia The Power of Love, clássicos do blues, R&B e New Orleans Piano. Nomes como Professor Longhair, James Booker, Fats Domino, Otis Spann, Leroy Car, Smiley Lewis, Johnnie Johnson, Sonny Terry & Brownie McGhee, Louis Jordan e Eddie Boyd e vários outros fazem parte do seu repertório.

Foto: Doni Maciel
Foto: Doni Maciel

Concerto da Série Theatro São Pedro
Quando: 5 de abril, terça-feira, às 20h30
Onde: Theatro São Pedro (Praça Mal. Deodoro, s/n – Centro, Porto Alegre

Natural da Rússia, Berlinsky, que mora atualmente nos EUA, foi o mais jovem vencedor da história do Concurso Paganini de violino (Itália). É docente na Faculdade de Música da Universidade do Michigan. De volta à Capital gaúcha ao lado da Sinfônica, com quem já se apresentou em 2004, o instrumentista interpreta os solos do “Concerto para violino”, de Beethoven. A obra de 1806 coloca em evidência o discurso orquestral como um todo, não enfocando o solista individualmente, o que gera complexidades técnicas e desafios para o músico. Na sequência, uma composição nacional ganha destaque. O “Ponteado”, de Guerra-Peixe, faz referência aos prelúdios que, no Nordeste, “dão o tom” dos cantos versificados. Elaborada em 1956 e estreada no mesmo ano, trata-se de um exemplo da produção orquestral que retrata a cultura musical do povo brasileiro. Depois, a orquestra executa a “Abertura Trágica”, de Brahms. Concebida em 1880, sua composição intensa e dramática é a antítese da “Abertura Festival Acadêmico”, composta na mesma época.A “Sinfonia nº 1 – Clássica”, de Prokofiev, fecha a noite. Escrita entre 1916 e 1917, a peça “é uma das obras mais apreciadas do compositor russo e constitui grande desafio para os músicos da orquestra, por sua transparência e virtuosismo”, explica o maestro Cláudio Ribeiro.

Foto: Christian Steiner
Foto: Christian Steiner

Teatro

Duke — solo sobre memórias pessoais e biografias do rock, com Rafael Albuquerque
No Teatro Carlos Carvalho, na Casa de Cultura Mario Quintana (Andradas, 736),
De 6 a 28 de abril, sempre nas quartas e quintas-feiras, às 21h

Inserido em um emaranhado de memórias pessoais e de biografias de nomes do rock, como Johnny Cash, Keith Richards, Anthony Kiedis, Steven Tyler, o ator cria Duke, uma figura segregada de suas ambições. O texto do personagem nasceu da necessidade de falar sobre solidão, sentimento e estado presente na vida do autor. Personagens paralelos fazem parte da narrativa, mostrando a relação do protagonista com demais sujeitos do texto. A relação do protagonista com a cena underground e o lifestyle do “sexo, drogas e rock and roll” é muito presente, estando em todos os elementos da peça. O cenário minimalista retrata o apartamento do personagem trazendo a solidão, a desordem e a vida desregrada do protagonista. Os personagens paralelos do texto aparecem em recados telefônicos, o que faz com que haja a interação do ator com esses recados através de um aparelho telefônico destacado pela luz.

Foto: Gabriel Ditelles
Foto: Gabriel Ditelles

O Lugar Escuro
No Teatro do Goethe-Institut, Rua Vinte e Quatro de Outubro, 112
De 11 de março a 3 de abril de 2016, sextas e sábados às 21h e domingos às 18h

A partir de sua obra literária de mesmo nome, Heloisa Seixas faz uma adaptação para o teatro de O Lugar Escuro e reúne três gerações de mulheres da mesma família que se deparam com o Mal de Alzheimer, do qual sofre a figura mais velha. As três passam a lidar com a doença ao acompanhar o cotidiano da avó que passa a sofrer com as mudanças de personalidade, temperamento e mexe com a vida de todas. Com a direção de Luciano Alabarse, um dos mais importantes diretores gaúchos, as três atrizes: Sandra Dani (avó), Vika Schabbach (mãe) e Gabriela Poester (neta) brilham em interpretações emocionantes e atingem as diversas camadas desse universo feminino redescobrindo uma nova forma de conviver.
o lugar escuro


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