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23 de outubro de 2015
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14:13

Sul21 recomenda a Bienal, Jorge Ben Jor, Sicario — Terra de Ninguém e Ponte dos Espiões

Por
Sul 21
[email protected]

Milton Ribeiro

A abertura da Bienal do Mercosul domina a agenda cultural deste final de semana, mas há dois bons lançamentos de filmes norte-americanos: o thriller Sicario — Terra de Ninguém e Ponte dos Espiões, o último e charmoso filme de Steven Spielberg. 

Não podemos esquecer que hoje à noite haverá grande celebração no Araújo Vianna com o espetáculo comandado por Jorge Ben Jor e a Banda do Zé Pretinho

Confiram tudo isso e muito mais no Recomenda.

Todas as semanas, o Sul21 traz indicações de filmes, peças de teatro, exposições e música para seus leitores. Não se trata de uma programação completa, mas de recomendações dos melhores espetáculos que assistimos. O critério é a qualidade. Se você tiver sugestões sobre o formato e conteúdo de nosso guia, por favor, comente. Boa semana!

Cinema – Estreia

Ponte dos Espiões (****)
(Bridge of Spies), de Steven Spielberg, EUA, 132 min

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Guerra Fria. Mas, antes de começar: você prefere os Spielberg de fundo humanista ou o cineasta de filmes de entretenimento? Se você prefere o segundo, ficará feliz com Ponte dos Espiões. Sem novidades, o filme conta uma história muito grata ao cinema norte-americano: a do homem comum envolvido em uma trama maior do que seu horizonte habitual. Um estilo de comédia ingênua é o elemento que dá a Ponte dos Espiões um jeitão de filme de meados do século XX, mas o roteiro co-escrito pelos irmãos Joel e Ethan Coen ajuda a manter Spielberg no presente. A combinação funciona bem: o idealismo meio boboca de Spielberg anula o fatalismo dos Coen, enquanto que o deboche dos irmãos tira a neo-grandiloquência que matou Lincoln (referimos ao filme, não ao tiro).

No Guion Center 1, às 14h e 18h30
No Guion Center 2, às 20h45
No GNC Moinhos 4, às 13h20, 16h e 21h
No Cineflix Total 5, às 21h55
No Cinemark Barra 8, às 16h e 22h10
No Cinemark Ipiranga 5, às 17h05 e 20h15
No GNC Praia de Belas 6, às 16h, 18h50 e 21h45

Sicario — Terra de Ninguém (****)
(Sicario), de Denis Villeneuve, EUA, 2015, 122 min

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Na fronteira entre os Estados Unidos e o México, uma agente do FBI (Emily Blunt) é exposta à luta pelo comando do tráfico internacional de drogas. Sicario é uma narrativa segura e tensa dirigida pelo excelente diretor canadense Denis Villeneuve. Há sequências sensacionais, capazes de deixar o espectador hipnotizado para não perder nenhum detalhe. Porém, as cenas violentas e tensas são detalhes de uma narrativa bem desenvolvida e que nem precisaria da violência. Realismo e ótimas atuações são as armas verdadeiras do filme. Não é à toa que o trabalho está cotado para o Oscar 2016. Afinal, a academia aprecia esse gênero de thriller.

No Guion Center 1, às 21h05
No Guion Center 2, às 16h40
No Guion Center 3, às 14h15
No GNC Moinhos 3, às 16h20, 19h e 21h30
No Cinemark Barra 3, às 16h50 e 22h
No Cinemark Ipiranga 8, às 16h05 e 21h15
No Espaço Itaú 4, às 13h50, 18h50 e 21h20

Cinema – Em Cartaz

Numa Escola de Havana (****)
(Conducta), de Ernesto Daranas, Cuba, 2015, 108 min

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Chala é um garoto de 11 anos com uma vida familiar difícil e um comportamento problemático na escola. Quando sua professora Carmela, a única pessoa que Chala respeita, tem que se ausentar por motivos de saúde, sua substituta o transfere para um internato. Ao voltar, Carmela tenta reverter a decisão, mas os compromissos que ela terá que assumir irão colocar os dois em risco. Numa Escola de Havana faz um retrato da educação em Cuba a partir da emocionante relação de um estudante rebelde com sua professora. O filme foi visto por mais de 400 mil espectadores em seu país, um fenômeno que conseguiu o milagre de ser indicado tanto pelo jornal Granma (pró governo), quanto pela blogueira Yoani Sánchez…

No CineBancários, às 15h, 17h e 19h

Viver é fácil com os olhos fechados (***)
(Vivir es fácil con los ojos cerrados), de David Trueba, Espanha, 2013, 108 min

Viver é Fácil Com os Olhos Fechados
O título desta produção é um verso da música Strawberry Fields Forever (“Living is easy with eyes closed”), composta por John Lennon. Conhecê-lo é um dos sonhos de Antonio, professor de inglês em uma escola em Albaceta, uma cidade do interior da Espanha. Ele utiliza as músicas dos Beatles para ensinar a língua aos seus alunos. A história do filme é baseada em um fato real: um professor espanhol aproveitou que John Lennon, de setembro a outubro de 1966, gravava em Almería, no sul da Espanha, o filme Oh! Que Delícia de Guerra, de Richard Lester, para conhecer o integrante dos Beatles. O roteirista e diretor desta produção, David Trueba (de Soldados de Salamina), a aproveitou e a transformou em um roadmovie. Então, ao longo do caminho entre Albaceta e Almería, Antonio acaba dando carona para dois jovens cujas vidas mudarão ao conhecê-lo e ao se conhecerem um ao outro.

No Guion Center 1, às 16h35

Respire (***)
(Respire), de Mélanie Laurent, França, 2014, 91 min

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Ter amigos é importante, mas querer manter amizades venenosas a todo custo, definitivamente não é uma boa ideia. Este é o mote de Respire, segundo longa-metragem da atriz francesa Mélanie Laurent (Bastardos Inglórios, de Quentin Tarantino). O filme, baseado na obra homônima de Anne-Sophie Brasme, conta a história de Charlie (Joséphine Japy), uma tímida adolescente de 17 anos que vive e estuda em um subúrbio na França. Sua vida estava tranquila até a chegada de uma nova aluna na escola. Sarah (Lou de Laâge) é o tipo de pessoa que todo mundo quer ter como amigo: bonita, inteligente, divertida, sedutora e cheia de histórias interessantes para contar. O encantamento que Sarah causa é tanto que a relação entre as duas chega a ter ares de romance no início do filme. Atenção, carinho e até um beijo roubado dão a impressão que Respire será um filme sobre as descobertas sexuais típicas da adolescência. Mas não. Elas não se desgrudam, mas a amizade começa a se transformar em algo pesado quando Charlie percebe que algumas coisas que Sarah conta não condizem com a realidade. Nasce uma desconfiança que não diminui em nada a perigosa dependência emocional que passa a existir entre as garotas. Tudo se complica ainda mais quando Charlie descobre o maior segredo da outra garota. (Rede Brasil Atual)

No Guion Center 3, às 21h30

La Sapienza (***)
(La Sapienza), de Eugène Green, Itália / França, 2014, 104 min

La Sapienza
O novo filme de Eugène Green (A religiosa portuguesa, 2009) continua imprimindo a sua marca: é um filme em que o que mais importa são os diálogos e a estrutura narrativa. Com estilo antinaturalista, sem improvisos, correto, reto e com planos frontais estáticos, Green nos faz achar a todo momento que estamos diante de uma peça de teatro. Mas não é. É cinema e dos bons. Em La Sapienza (2014) iremos conhecer a história de Alexandre (Fabrizio Rongione), arquiteto bem-sucedido, mas que no momento encontra-se sem inspiração. Para aprofundar-se no livro que está escrevendo, viaja para a Itália com sua esposa Alienor (Christelle Prot Landman), que também precisa respirar novos ares já que o casamento está passando por um momento meio nebuloso. Em Stressa, o casal conhece os irmãos Goffredo (Ludovico Succio), futuro estudante de arquitetura, e Lavinia (Arianna Nastro), que sofre de transtornos nervosos. A fórmula é aquela já conhecida: os quatro se conhecem e isso irá mudar suas vidas. Mas o que importa aqui não é a fórmula e sim o conteúdo. (Do Almanaque Virtual)
https://youtu.be/ALFAipxNiBI
No Guion Center 2, às 14h45 e 18h50

Que horas ela volta? (*****)
(Que horas ela volta?), de Anna Muylaert, Brasil, 2015, 112 min

que horas ela volta
Filmaço! Que Horas ela Volta? conta a história de Val (Regina Casé), uma pernambucana que se muda para São Paulo para trabalhar como babá do menino Fabinho ( Michel Joelsas) e deixa aos cuidados da avó sua filha Jéssica (Camila Márdila). Após 13 anos de serviço Val tornou-se uma segunda mãe para Fabinho e também a administradora absoluta da casa dos simpáticos patrões Barbara (Karine Telles) e Carlos (Lourenço Mutarelli), A ação do filme começa quando Val recebe a notícia que sua filha vem para São Paulo prestar vestibular. Val pede o apoio dos patrões que aceitam hospedar a menina junto com a mãe no quartinho dos fundos.
A família de Fabinho recebe a menina de forma cordial, mas como ela não segue as regras invisíveis de comportamento e protocolos esperados para ela, a situação se complica. Esses conflitos farão com que Val precise encontrar um novo equilíbrio na sua vida.

Na Sala Paulo Amorim, às 15h e 19h
No Cinemark Ipiranga 2, às 16h15 e 21h30

Que mal eu fiz a Deus? (***)
(Qu’est-ce qu’on a fait au Bon Dieu?), de Philippe de Chauveron, França, 2014, 97min

que mal eu fiz a deus
Uma família rica com quatro filhas por casar, uma respeitada família católica francesa da alta classe média… Mas ocorre um desgraça. Isabelle, Odile e Ségoléne fazem casamentos multiculturais com um chinês, um judeu e um muçulmano. Quando a última filha, Laure, anuncia a sua intenção de casar com o católico Charles, seus pais ficam encantados. Ao menos uma filha manterá a tradição familiar! Um casamento tradicional, finalmente! Mas eis que Laure os informa que Charles é africano. A mãe, Marie, cai em depressão e Claude, o pai, tenta sabotar o casamento. Ele encontra um aliado inesperado em André, o pai de Charles. Ambos concordam em pelo menos uma coisa: o que fizeram a Deus para merecer isto?

No Guion Center 3, às 18h05 e 19h50

Exposições e Artes Plásticas

10ª Bienal do Mercosul

A 10ª Bienal do Mercosul, Mensagens de Uma Nova América, realiza sua cerimônia oficial de abertura nesta sexta-feira, às 19h30, no Santander Cultural, espaço que abriga a mostra Antropofagia Neobarroca. Os demais espaços estarão abertos para visitação a partir de sábado, 24 de outubro. Essa edição da Bienal se dedica exclusivamente à produção artística da América Latina, em busca de suas raízes e apresentando um novo modelo curatorial, que inclui obras de arte desde o século XVIII até as contemporâneas. Intitulada Mensagens de Uma Nova América, esta exposição de grande envergadura propõe uma plataforma curatorial inovadora para a arte latino-americana. A equipe curatorial desta edição é formada por Gaudêncio Fidelis (Brasil) – Curador-Chefe; Márcio Tavares (Brasil) – Curador-Adjunto; Ana Zavadil (Brasil) – Curadora-Assistente e Cristián G. Gallegos (Chile) – Dialogante-Curador do Programa Educativo. A 10ª Bienal é composta de sete exposições, interconectadas e construídas para dar conta de uma série de lacunas relacionadas à arte da América Latina, algumas delas tratadas pela primeira vez, como o cheiro e a poeira como realidade material das obras de arte. As exposições são: Biografia da Vida Urbana; Modernismo em Paralaxe; Antropofagia Neobarroca; Olfatória: O Cheiro na Arte; Aparatos do Corpo; A Poeira e o Mundo dos Objetos e Marginália da Forma. A 10ª Bienal ocupará vários espaços de arte na capital gaúcha: Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli – MARGS; Santander Cultural; Memorial do Rio Grande do Sul; Usina do Gasômetro; Centro Cultural CEEE Erico Verissimo; Acervo Independente e Instituto Ling.

Mais informações no site do evento.
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Mostra coletiva “In The Meantime”
Na Galeria Tina Zappoli, Rua Coronel Paulino Teixeira, 35
Até 18 de dezembro de 2015

A Galeria Tina Zappoli apresenta a Mostra coletiva “In The Meantime”, apresentando obras de seu acervo e de todos os seus artistas representados. A lista de expositores da Mostra “In The Meantime” contempla nomes de 34 artistas visuais e também exemplares de arte tribal brasileira, configurando-se em um amplo panorama de expressões, estilos e vertentes imagéticas. A visitação (de segunda a sexta-feira, das 10h30min às 12h e das 14h às 19h) seguirá até 18 de dezembro de 2015. O título da nova programação, de autoria de um dos dois sócios do Espaço, o fotógrafo Marinho Neto, faz referência à atualidade, permeada por conflitos mundiais e pelo delicado momento político e econômico que nossa sociedade enfrenta: “Diante da crise que estamos vivendo, enquanto o caos acontece, continuamos trabalhando firme”. A curadoria da coletiva, igualmente, é assinada por ele e Tina Zappoli.
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Exposição O Corpo na Arte: instrumento, plasticidade e suporte Local
Museu de Arte Contemporânea do RS – Galeria Sotero Cosme (Rua dos Andradas, 736, 6º andar, CCMQ)
Segundas das 14h às 19h; de terças a sextas das 10h às 19h; sábados, domingos e feriados das 12h às 19h
Até 2/11

Artistas: Aline Daka; Antônio Augusto Bueno; Carla Borba; Carusto Camargo; Deco Costa; Evenir Comerlato; Felipe Caldas; Jander Rama; Lissandro Stallivieri; Liane Borghetti Krenzinger; Marcelo Chardosim; Neca Sparta; Otto Sulzbach; Ricardo Giuliani; Silvia Giordani; Silvia Rodrigues; Sol Casal; Tigo Weiler; Tom Ferrero; Verlu Macke.

Texto curatorial de Ana Zavadil

O corpo humano se tornou um conceito privilegiado para a arte e, a partir dos anos de 1950, já liberto de sua iconografia secular, passa a ser considerado como expressão em si mesmo. O corpo representado através da pintura atravessou séculos, o corpo usado como suporte, matéria ou ação é mais recente, como no caso das performances ou das modificações, ou seja, por meio de tatuagens ou intervenções onde a dor ou a mutilação se tornaram componentes estéticos. Nos trabalhos desta exposição, os artistas usaram diferentes suportes e técnicas para criarem os seus trabalhos que vão desde o registro fotográfico de performances, a representação do corpo através da plasticidade e, também, o próprio corpo do artista usado como instrumento para a construção da obra, pois, desde Jackson Pollock (1912-1956), houve uma valorização do movimento e da gestualidade na pintura. Também o artista Hélio Oiticica (1937-1980) considerou o corpo e a motricidade do seu público nas obras, cabe lembrar aqui os Parangolés (pinturas vestíveis). O corpo representado nestes trabalhos traz reflexões: ora demonstra leveza ou magia; ora suscita pensamentos sobre o sofrimento ou o juízo final; outras vezes aborda questões de gênero; ou transita pelo caos da contemporaneidade, ou, ainda, revela a sua poesia. O corpo (com pés e cabeças) aguça os sentidos, fazendo o observador viajar por caminhos reais ou metafóricos, sutis ou espinhentos, na busca da apreensão dos significados ali contidos. Cada trabalho evoca uma particularidade própria e, no contexto museológico, tem a capacidade de geração de conhecimento e de ressignificação, mediante o diálogo que estabelece com os outros trabalhos da exposição, pois, enfatiza o seu potencial estético a partir destas novas relações.
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30 / 34º S – Paralelos Urbanos
No Centro Cultural CEEE Erico Verissimo, terças a sextas das 10h às 19h, sábados, das 11h às 18h
Rua dos Andradas 1223 — Até 24/10

O projeto reúne dez fotógrafos de Buenos Aires, Montevidéu e Porto Alegre que buscam descobrir que cidades são essas que, entre os paralelos 30 e 34, pulsam no sul da América do Sul. O olhar de Alfredo Srur, Andrés Cribari, Carlos Contrera, Fábio Rebelo, Fabrício Barreto, Francisco Landro, Gabriel García Martínez, Gilberto Perin, Lena Szankay e Lorena Marchetti traduz a cidade onde vivem ou como sentem a ação dela sobre o seu cotidiano. Suas fotografias exigem um olhar atento, pois provocam reflexões ou um convite à poesia urbana de Buenos Aires, Montevidéu e Porto Alegre. Esta é a primeira etapa do projeto. Em 2016, os artistas realizarão mostras em Buenos Aires (previsão de lançamento em maio) e Montevidéu (setembro de 2016). Durante as estadas em cada município, o grupo produzirá novas imagens que serão apresentadas no encerramento, em exposição prevista para maio de 2017 em Porto Alegre. 30 / 34º S – Paralelos Urbanos segue em cartaz até 24 de outubro, com entrada franca. (De Bruna Paulin).
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331 – Pintura e Desenho /2º Período Expositivo
Na CCMQ, Rua dos Andradas, 736
Segundas, das 14h às 21h, de terças a sextas, das 9h às 21h e sábados e domingos, das 12h às 19h
Até 25/10

O Instituto Estadual de Artes Visuais mostra o segundo período da exposição coletiva 331, na Fotogaleria Virgílio Calegari. A exposição conta com 03 períodos expositivos, ocupando por quase seis meses a galeria com 22 artistas que nunca expuseram nos espaços do IEAVi. O segundo período expositivo da 331 conta com 21 trabalhos, todos utilizando as técnicas de pintura oudesenho. São obras de Andressa P. Lawisch, Ariane Oliveira, BrunoPadilha, Daia Sena, Fernanda Marques Puricelli, Doma, Michel Degas, Priscila Sabka Thomassen, Rafael Muniz e Rafael Souza. A curadoria é de Adriana Xaplin e Rochele Zandavalli e a exposição fica aberta para visitação até dia 25 de outubro de 2015, com entrada franca.
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Abraham Palatnik — A Reinvenção da Pintura
Na Fundação Iberê Camargo, na Av. Padre Cacique, 2000
Até 25/10

A Fundação Iberê Camargo traz a Porto Alegre a retrospectiva itinerante do mestre internacional da arte cinética Abraham Palatnik, com curadoria assinada por Pieter Tjabbes e Felipe Scovino. “A Reinvenção da Pintura” vai reunir 78 obras produzidas entre os anos de 1940 e 2000 e poderá ser conferida de 02 de julho a 25 de outubro. A exposição traz – pela primeira vez à capital gaúcha – pinturas, desenhos, esculturas, móveis, objetos e estudos do artista brasileiro conhecido por obras que combinam luz e movimento e, muitas vezes, utilizam instalações elétricas. “A obra de Palatnik caracteriza-se por uma qualidade inegável: permite não só observar as passagens do moderno ao contemporâneo, mas também estudar e reconhecer uma das primeiras associações entre arte e tecnologia no mundo, um diálogo cada vez mais presente a partir da metade do século XX. Esta exposição ultrapassa os limites da pintura e da escultura modernas, intenção que o artista manifestou claramente nos Aparelhos cinecromáticos, nos Objetos cinéticos e em suas pinturas, quando passou a promover experiências que implicam uma nova consciência do corpo”, pontuam os curadores no texto de abertura do catálogo da exposição.
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Iberê e Seu Ateliê: as coisas, as pessoas e os lugares
Fundação Iberê Camargo, Av. Padre Cacique, 2000
Das 12h às 19h (de 3ª a domingo) e das 12h às 21h (5ª feiras)
Até 02/04/2016

A Fundação Iberê Camargo (Padre Cacique, 2000) recebe, por um ano, a exposição “Iberê e seu ateliê: as coisas, as pessoas e os lugares”, que traz uma visão mais abrangente sobre o artista. Com entrada gratuita, a visitação acontece das 12h às 21h, nas quintas-feiras, e das 12h às 19h de terça a domingo. A mostra tem como tema a poética de Iberê Camargo, o universo mental e material que concretiza a sua obra. As 146 obras em exposição apresentam os três gêneros trabalhados ao longo de sua carreira – a paisagem, a natureza-morta e a figura humana -, demonstrados em um recorte cronológico, que vai do início, ainda nos anos 40, à consolidação nos anos 60 e à culminação dos anos 70 em diante. O objetivo é possibilitar ao público da Fundação Iberê Camargo uma visão abrangente da obra do artista, por meio de uma mostra linear buscando uma visão do todo de sua carreira. A base para a organização da exposição está fundada em três eixos: a poética, isto é, o universo mental e material de concretização da obra, o temperamento do artista, não o do homem, pois prescindiremos da biografia e, finalmente, a execução, isto é, os caminhos trilhados em busca dos resultados.
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Música

Jorge Ben Jor e a Banda do Zé Pretinho
Auditório Araújo Vianna, na Av. Oswaldo Aranha, 685
Hoje, 23 de outubro de 2015, às 21h

Reunindo os maiores hits de sua carreira, Jorge Ben Jor subirá ao palco acompanhado pela Banda do Zé Pretinho, formada por Lucas Fernandes (bateria), Neném da Cuíca, Dadi Carvalho (baixo), Marlon Sete (trompete) e Jean Arnout (saxofone). Com uma carreira longa e repleta de êxitos, mais de 20 discos lançados, o cantor e compositor é um dos principais nomes do suingue e do sambalanço, gênero que o músico criou e popularizou. Sua primeira composição, Mas que Nada, já foi gravada por Ella Fitzgerald, Julio Iglesias, Milton Nascimento, Paulinho Nogueira, Sérgio Mendes e a banda The Black Eyed Peas. Em sua agenda de shows permanentemente lotada, o artista inclui os clássicos eternos que todo mundo sabe de cor e que têm tudo para animar a festa. Salve simpatia!
21-08-2009 - CADERNO C - O músico Jorge Ben Jor. FOTO: DIVULGAÇÃO

Ospa — Concerto da Série Theatro São Pedro
Dia 27 de outubro, às 20h30, no Theatro São Pedro (Praça da Matriz)

No programa, além de uma sinfonia de Ludwig van Beethoven (1770-1827), será inserida uma peça de Luigi Cherubini (1760-1842) inédita no repertório da orquestra. A apresentação conta, ainda, com o “Concerto para Flauta” de Carl Nielsen (1865-1931), cujos solos serão executados pelo flautista da Ospa Artur Elias Carneiro. Os ingressos custam entre R$10 e R$40 e estão à venda na bilheteria do Theatro.
Luigi Cherubini: L’Hôtellerie Portugaise
Carl Nielsen: Concerto para flauta | Solista: Artur Elias Carneiro
Ludwig van Beethoven: Sinfonia nº 2
Regente: Pedro Neves (Portugal)
Solista: Arthur Elias Carneiro (Flauta)
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Teatro

Língua mãe – Mameloschn
No Goethe Institut – Auditório, 24 de outubro, 112
De sextas a domingos, às 20h, até 01/11

A montagem, inédita no país, parte do irreverente texto homônimo da jovem autora alemã Marianna Salzmann e aborda questões como identidade, ideologia e pertencimento, sob as luzes de um jogo oscilante, que ora aproxima, ora distancia as personagens, através de diálogos cáusticos de uma tradicional família judia. Humor e drama permeiam a montagem de maneira sutil, agregando uma potencial empatia ao enredo proposto, enquanto as formas de comunicação – como cartas, mensagens e e-mails – paradoxalmente, revelam a carga de incomunicabilidade entre as personagens, materializando o lapso existente entre discurso social e motivações pessoais de cada um.
lingua mãe

O Edifício
Sala Alziro Azevedo (Av. Salgado Filho, 340)
Quartas-feiras de outubro (07, 14, 21 e 28), às 12h30 e às 19h30

Adaptação cênica da graphic novel de Will Eisner, a montagem propõe uma reflexão sobre o estilo de vida que o meio urbano impõe a seus habitantes: o acúmulo de pessoas que impossibilita o livre deslocamento, o movimento frenético que automatiza, a pulsação e a paisagem caótica da cidade que afasta o homem da natureza. O espetáculo aborda o cotidiano de três personagens, cujas histórias são intrínsecas à metrópole e se desenvolvem através de seu mecanismo extasiado.
Espetáculo O Edificio. Foto de Jessica Luzia


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