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7 de agosto de 2015
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17:26

Sul21 recomenda Real Beleza e Que mal eu fiz a Deus?

Por
Sul 21
[email protected]

Milton Ribeiro e Débora Fogliatto

O novo filme de Jorge Furtado, Real Beleza,  e uma comédia multicultural francesa, Que mal eu fiz a Deus?, devem garantir o fim de semana. Temos também as continuações dos extraordinários Phoenix e Sr. Kaplan.

A Ospa vale ser conferida, apesar do súbito empobrecimento do programa que retirou a Sinfonia Nº 4 de Nielsen para colocar a conhecida Sinfonia Nº 9 de Dvořák. Mas ficou o belíssimo Concerto para Violino de Sibelius.

Todas as semanas, o Sul21 traz indicações de filmes, peças de teatro, exposições e música para seus leitores. Não se trata de uma programação completa, mas de recomendações dos melhores espetáculos que assistimos. O critério é a qualidade. Se você tiver sugestões sobre o formato e conteúdo de nosso guia, por favor, comente. Boa semana!

Cinema – Estreia

Real Beleza (***)
(Real Beleza), de Jorge Furtado, Brasil, 2015, 84 min

real beleza
O filme conta a história de João (Vladimir Brichta), um fotógrafo que procura candidatas a modelo em cidades do interior gaúcho. João conhece uma jovem de rara beleza, Maria (Vitória Strada), e acaba se envolvendo com a mãe dela, Anita (Adriana Esteves). O pai da menina, Pedro (Francisco Cuoco), não permite que ela seja modelo, mas João se apaixona por Anita e quer levar embora mãe e filha. Jorge Furtado declarou que queria filmar uma simples história de amor, com personagens reais que vivem seus dramas interiores, como cada um de nós. E o resultado é um filme delicado, sensível e que será muito visto.

No CineBancários, às 15h, 17h e 19h
No GNC Moinhos 1, às 14h30, 16h45, 19h15 e 21h15
No Cinespaço Wallig 1, às 14h, 16h, 18h20h e 21h40
No Espaço Itaú 6, às 13h, 14h40, 18h20, 20h10 e 22h

Que mal eu fiz a Deus? (***)
(Qu’est-ce qu’on a fait au Bon Dieu?), de Philippe de Chauveron, França, 2014, 97min

que mal eu fiz a deus
Uma família rica com quatro filhas por casar, uma respeitada família católica francesa da alta classe média… Mas ocorre um desgraça. Isabelle, Odile e Ségoléne fazem casamentos multiculturais com um chinês, um judeu e um muçulmano. Quando a última filha, Laure, anuncia a sua intenção de casar com o católico Charles, seus pais ficam encantados. Ao menos uma filha manterá a tradição familiar! Um casamento tradicional, finalmente! Mas eis que Laure os informa que Charles é africano. A mãe, Marie, cai em depressão e Claude, o pai, tenta sabotar o casamento. Ele encontra um aliado inesperado em André, o pai de Charles. Ambos concordam em pelo menos uma coisa: o que fizeram a Deus para merecer isto?

No Guion Center 1, às 14h15, 16h05, 18h e 19h45
No GNC Moinhos, às 14h45, 17h, 19h30 e 21h45
No Espaço Itaú 2, às 14h, 16h, 18h, 20h e 22h

Cinema – Em Cartaz

Dromedário no Asfalto (***)
(Dromedário no Asfalto), de Gilson Vargas, Brasil/Uruguai, 2014, 85min

dromedário
Um road-movie que percorre um trajeto com o qual muitos porto-alegrenses já estão acostumados: o caminho da capital gaúcha até o Uruguai, país vizinho. A peculiaridade, porém, fica a cargo da maneira como o protagonista Pedro se locomove, a pé ou pedindo carona. No longa, ele perde a mãe e, após ler uma carta dela, decide procurar o pai, que havia abandonado a família e ido para o Uruguai. O filme mostra belas paisagens do interior dos dois países ao retratar a jornada de Pedro. O longa é o primeiro do tipo do diretor Gilson Vargas, que já havia produzido filmes e dirigido séries e curtas.
https://youtu.be/jlq1xwvC3fE
No Guion Center 3, às 18h
No Espaço Itaú 8, às 18h10

Caçando Vagalumes (****)
(Cazando Luciérganas), de Roberto Flores Prieto, Colombia, 2013, 106min

caçando
A isolação do trabalho em uma salina é a profissão ideal para Roberto (Marlon Moreno) que decidiu abadonar o convívio em sociedade. Certo dia, porém, sua vida monótona é interrompida pela chegada de dois visitantes: uma filha adolescente, Valéria (Valentina Abril) cuja existência ele desconhecia, e um cachorro que gosta de caçar vagalumes. Com diálogos minimalistas, o longa mostra lindas paisagens da Colômbia. Foi o grande vencedor latino-americano do Festival de Gramado de 2013.
https://youtu.be/_PIj3t5MDQo
Na Sala Paulo Amorim, às 15h e 19h

Sr. Kaplan (*****)
De Alvaro Brechner, Alemanha/Uruguai/Espanha/Argentina, 2012, 98min

kaplan
Sr. Kaplan é um filme sobre perseguição a um criminoso nazista, mas o longa uruguaio apresenta um protagonista pouco usual: Jacobo Kaplan (Hector Noguera) é um idoso que passa por uma crise identitária, sentindo que sua existência não teve significado para o mundo. Ele descobre que um suposto ex-oficial nazista que está sendo procurado vive perto de sua casa e pensa que essa seria uma boa forma de cumprir sua missão de vida. Ele parte nessa aventura ao lado de seu novo motorista, o ex-policial Wilson Contreras (Néstor Guzzini) contratado após Kaplan não ser mais apto a dirigir. A leveza e o bom-humor da trama são também mérito da dupla de protagonistas, opostos um ao outro de forma complementar e divertida. O filme é dirigido por Álvaro Brechner a partir do romance El Salmo de Kaplan, de Marco Schwartz.

No Guion Center 3, às 16h20
No Guion Center 3, às 14h45

Phoenix (*****)
de Christian Petzold, Alemanha, 2014, 98 minutos

phoenix
Depois do extraordinário Barbara, Christian Petzold retorna com outro bom filme, mas que se destaca facilmente no cenário atual. Logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, uma cantora judia tenta reconstituir sua vida numa Berlim destruída. Quando sai do campo de concentração, ela está psicologicamente devastada e com a face desfigurada, encoberta por ligaduras ensanguentadas. O seu único apoio é uma amiga do passado, que a encaminha para uma clínica alemã para submetê-la a uma reconstrução facial. Ela quer seu rosto anterior, mas a cirurgia dá-lhe outra cara. O ex-marido parece continuar vivo em local incerto. Ela sabia que ele fora o autor da denúncia de sua etnia judaica aos nazistas. Ela o encontra facilmente. Ele faz uma proposta à desconhecida. E mais não contamos.
https://youtu.be/N0ySJoGlWK8
No Guion Center 2, às 14h30, 18h10 e 20h

Samba (****)
de Eric Toledano e Olivier Nakache, França, 2014, 118 minutos

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A abertura de Samba empolga: um plano-sequência de alguns minutos que tem início em uma festa animada e, caminhando pelos corredores, chega até uma silenciosa cozinha, onde um homem solitário lava pratos. O contraste entre estes dois mundos deixa bem claro que Samba, na verdade, quer falar sobre este hiato que existe entre eles. O que tal cena não revela, ao menos não de imediato, é que o interesse maior não é abordar as diferenças entre classes sociais, mas sim como a sociedade francesa lida com a imigração. Afinal de contas, este homem que trabalha só na cozinha é Samba, um imigrante do Senegal que, apesar de morar na França há quase 10 anos, permanece ilegal no país. Mas não se engane: a ilegalidade é apenas em relação à ausência de documentos, já que os trabalhos por ele realizados poderiam ser feitos por qualquer pessoa. Após o sucesso Intocáveis, os diretores Eric Toledano e Olivier Nakache voltam a se reunir com o ator Omar Sy para realizar este drama social que aborda a vida do imigrante já dentro do novo país, tendo que lidar diariamente com o risco de ser pego e, também por isto, sendo explorado pelos patrões por não estar com os documentos em dia. (Francisco Russo no AdoroCinema)

No GNC Moinhos 2, às 16h30, 19h e 21h30
No Guion Center 3, às 19h35
No Espaço Itaú 8, às 21h40

Jauja (*****)
(Jauja), de Lisandro Alonso, Argentina / EUA / França / Holanda, 2014, 110 min

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Jauja é um lugar mítico onde, diz a lenda, as pessoas não precisam trabalhar e há abundância e felicidade. Lisandro Alonso invade o mito transportando seus elementos para uma Argentina de paisagens improváveis no século 19. Em sua Jauja, o protagonista, encarnado pelo norte-americano Viggo Mortensen, é um dinamarquês enviado para o novo mundo com sua filha. Tanto ele quanto ela parecem perdidos numa terra estranha até que ela se deixa encantar por um morador local e foge. É então que o cineasta transforma Jauja, o filme, num road movie em que tempo e espaço se confundem, uma jornada existencial que dura uma eternidade e onde o presente pode visitar o futuro e os personagens podem se perder na imensidão. Essa jornada do protagonista, vivido por um dedicado Mortensen, essa busca em si, parece importar mais a Alonso do que a personagem ou a amarração da trama. Depois de algum tempo de procura, a exaustão do caminho inóspito leva Gunnar Dinesen para um estado de transe onde a realidade é o que menos interessa. Talvez tenhamos finalmente chegado em Jauja. (Do blog Filmes do Chico)

Na Sala Norberto Lubisco, às 19h15

A Estrada 47 (****)
(A Estrada 47), de Vicente Ferraz, Brasil / Itália / Portugal, 2013, 107 min

a estrada 47
Um filme de guerra brasileiro! Por si só, tal fato jé mereceria destaque, mas o filme ainda é bom. Durante a 2ª Guerra Mundial, no sopé de uma montanha na Itália, uma esquadra de caçadores de minas da Forca Expedicionária Brasileira sofre um ataque de pânico e acaba se perdendo. Desesperados, com frio, fome e sede, os despreparados Pracinhas têm de optar por enfrentar a Corte Marcial ou encarar novamente o inimigo. É então que os remanescentes do grupo decidem rumar para outro ousado objetivo militar: desarmar o campo minado mais temido da Itália. No caminho, acabam encontrando outros desertores: um fascista arrependido e um oficial alemão cansado da guerra. Com a inesperada ajuda dos inimigos, os Pracinhas conseguem realizar um a das mais impossíveis façanhas já imaginadas em todo o conflito.
https://youtu.be/3OCo0jqStWo
Na Sala Norberto Lubisco, às 15h15

O Crítico (****)
de Hernán Guerschuny, Argentina, 2014, 98 minutos

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O filme de estreia de Guerschuny é uma pequena joia. Víctor Tellez (Rafael Spregelburd) é um crítico de cinema exigente e prestigiado que odeia comédias românticas e acredita que o melhor da sétima arte está no passado. Amargo e mal-humorado, ele procura um apartamento e conhece a linda Sofía (Dolores Fonzi), de gostos opostos aos seus. Tellez tenta, mas não consegue evitar que sua vida se transforme em um romance clichê. Parodiando de forma criativa e inteligente obras conhecidas pelo grande público, O Crítico seduz até mesmo aqueles que se sentiriam incomodados por ver seus filmes prediletos sendo tratados com tanto desprezo pelo protagonista.

Na Sala Paulo Amorim, às 17h

 Exposições e Artes Plásticas

331 — Fotografia e vídeo
Fotogaleria Virgílio Calegari – 7º andar CCMQ (Andradas, 736).
Até 06/09
Segundas, das 14h às 21h, de terças a sextas, das 9h às 21h e sábados e domingos, das 12h às 19h

A mostra conta com três períodos expositivos, ocupando por quase seis meses a galeria, com 22 artistas que nunca haviam exposto nos espaços da instituição. O primeiro período apresenta 19 trabalhos, todos utilizando as técnicas de fotografia ou vídeo. São obras de Anieli Martins e Nauita Meireles, Charlene Cabral, Iris Borges, Luize Anita Zanini, Marcellus Cruz, Milena Jahn, Raul Dotto Rosa e Silvo.
Memória-Costurada-de-Milena-Jan-1

Pequeno Bronze
Galeria Augusto Meyer – 3º andar CCMQ (Andradas, 736). Até 06/09.
Segundas, das 14h às 21h, de terças a sextas, das 9h às 21h e sábados e domingos, das 12h às 19h

A mostra é realizada anualmente e tem por objetivo visibilizar a produção contemporânea de artistas que desenvolvem obras fundidas em bronze no Rio Grande do Sul. Para a edição 2015, a AEERGS reuniu 29 obras de escultores com atuação destacada no cenário gaúcho que realizaram trabalhos em bronze, buscando assim demonstrar a diversidade dessa produção, bem como estimular as novas gerações a desenvolverem um novo olhar sobre a fundição e suas possibilidades.

A rua que dá no museu
Centro Cultural CEEE Erico Verissimo (Rua dos Andradas, 1223)
Até 29/08, de terça a sexta-feira, das 10h às 19h; sábados, das 11h às 18h

Exposição individual de Vital Lordello, artista natural de Brasília e radicado há 10 anos em Porto Alegre. A relação com as ruas marca sua obra gráfica, que reúne 10 cartazes/lambe-lambes, alguns também reproduzidos em stickers/adesivos. Entre as temáticas abordadas pelo artista em sua arte estão palavras como “coragem”, “ternura”, “afeto” e “leveza”. Utiliza técnicas de colagem, serigrafia, aquarela, nanquim e tinta acrílica em outros trabalhos, sempre atento a novas experimentações. Entrada franca.
rua

Future Perfect – Arte Contemporânea da Alemanha
No Memorial do Rio Grande do Sul, Praça da Alfândega, s/n
De terça a sexta-feira, das 10h às 19h, e sábado, das 10h às 17h
Até 22/08

A exposição gratuita reúne filmes, fotografias, esculturas, objetos, pinturas e colagens de 16 artistas que trabalham com a imaginação do futuro e com especulações sobre o curso da História. O título da exposição refere-se ao tempo verbal que expressa a conclusão de uma ação no futuro: uma coisa terá sido. A partir dessa perspectiva, a exposição questiona: se o futuro já pode ser percebido como passado concluído, como podemos, então, ainda elaborar cenários de futuro, especular e abandonar padrões tradicionais de pensamento? A exposição suscita uma reflexão sobre as promessas de futuro. Podemos ainda chegar a um consenso com base na hipótese de um futuro perfeito? Como os artistas, através de sua relação com material, forma, narração e imaginação, se posicionam frente a isso? Como eles refletem o passado de maneira nova? Onde veem possibilidades de ação?
future perfect

Universos Pessoais
Acervo Independente (Rua General Auto, 219). Até 15/08
Até 15 de Agosto, Seg – Sexta das 14h às 19h | Sáb – 14h às 18h

A exposição “Universos pessoais” apresenta uma junção de trabalhos, nos quais cada artista é convidado a apresentar seu olhar sobre o mundo. Como resultado, ao espectador é oferecida a possibilidade de contemplação dessa particularidade, ou seja, um vislumbre do mundo pelos olhos de outro. Esta mostra propõe uma viagem ao íntimo pensar de cada um desses artistas, mas também sugere uma reflexão dentro de nossas vastas semelhanças como indivíduo. Artistas: Amanda Copstein, Anna Jonko, Antonio Vasques, Carla Barth, Carol W, Frozi, Lauren Werlang, Lipe Albuquerque, Paula Plim e Roberta Krüger.

universos

Abraham Palatnik — A Reinvenção da Pintura
Na Fundação Iberê Camargo, na Av. Padre Cacique, 2000
Até 25/10

A Fundação Iberê Camargo traz a Porto Alegre a retrospectiva itinerante do mestre internacional da arte cinética Abraham Palatnik, com curadoria assinada por Pieter Tjabbes e Felipe Scovino. “A Reinvenção da Pintura” vai reunir 78 obras produzidas entre os anos de 1940 e 2000 e poderá ser conferida de 02 de julho a 25 de outubro. A exposição traz – pela primeira vez à capital gaúcha – pinturas, desenhos, esculturas, móveis, objetos e estudos do artista brasileiro conhecido por obras que combinam luz e movimento e, muitas vezes, utilizam instalações elétricas. “A obra de Palatnik caracteriza-se por uma qualidade inegável: permite não só observar as passagens do moderno ao contemporâneo, mas também estudar e reconhecer uma das primeiras associações entre arte e tecnologia no mundo, um diálogo cada vez mais presente a partir da metade do século XX. Esta exposição ultrapassa os limites da pintura e da escultura modernas, intenção que o artista manifestou claramente nos Aparelhos cinecromáticos, nos Objetos cinéticos e em suas pinturas, quando passou a promover experiências que implicam uma nova consciência do corpo”, pontuam os curadores no texto de abertura do catálogo da exposição.
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Carlos Vergara — Sudários
Instituto Ling, Rua João Caetano, 440
Abertura às 10h30, fechando às 22h de 2ª a 6ª, às 21h no sábado e às 20h nos domingos
Até 23/8

Com curadoria de Luisa Duarte, a exposição Carlos Vergara – Sudários traz obras representativas do percurso de experimentação do artista que, desde os anos 80, investiga o campo expandido da pintura, utilizando novas técnicas, materiais e pensamentos que resultam em obras caracterizadas pela inovação. A exposição é composta de quatro telas – monotipias sobre lonas, realizadas pelo artista entre 1999 e 2005 –, em que Vergara emprega pigmentos naturais e minérios para transferir texturas para a tela, explorando, assim, o contato direto com o meio natural. Uma grande instalação inédita, intitulada Sudários, apresenta 250 monotipias realizadas em lenços de bolso, resultados de viagens do artista para diversas regiões do mundo, como São Miguel das Missões, Capadócia, Pompeia e Cazaquistão. Completam a exposição dezenas de fotografias em pequeno formato com os registros das ações que originam os Sudários, sublinhando assim a importância do processo para a obra como um todo.
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Alessandro del Pero — 1ª mostra individual na América do Sul
No Margs, Praça da Alfândega, s/n
De terças a domingos, das 10h às 19h, até 10/08

Está em exibição no Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli, MARGS, a mostra individual “Alessandro Del Pero – O ateliê como autorretrato”, exibida juntamente com a exposição “Caro, Cara – Retratos correspondentes no acervo MARGS e artistas convidados”. Estão em exibição no MARGS, 41 pinturas em acrílico sobre tela, produzidas recentemente por Alessandro Del Pero, entre os anos 2013 e 2015, de dimensões diversas, alcançando o tamanho de 4,20m x 2,0m. As obras do artista pertencem a colecionadores particulares da China, Europa e Américas. De acordo com o curador da mostra, André Venzon, a ideia de apresentar ao público duas exposições, surgiu a partir do trabalho de curadoria da exposição do pintor italiano Alessandro Del Pero – “O ateliê como autorretrato” -, na qual se destacam retratos e autorretratos. (Do Catraca Livre)
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Croquis de la cárcel, de Julio Mancebo
No Margs, na Praça da Alfândega, s/n, de terças a domingos, das 10h às 19h
Com entrada franca, até 10/08

Aos nove anos de idade, Mancebo já começava a estudar pintura, e dois anos mais tarde ingressou no célebre atelier do Mestre Joaquín Torres-García. É hoje o último pintor vivo remanescente daquela experiência, denominada Escuela del Sur, movimento de grande influência na América Latina. Pintor, escultor e muralista, Julio Mancebo é representante da arte construtivista uruguaia e sua obra já percorreu diversos países, incluindo Estados Unidos, Alemanha, Suécia, Espanha e Cuba. Esta exposição apresenta 54 desenhos, realizados entre 1975 e 1977, período em que foi preso político compartilhando alojamentos e experiências com José Luis Baumgartner, autor do prólogo do livro “Croquis de la Cárcel”.
Croquis de la cárcel Julio Mancebo

Iberê e Seu Ateliê: as coisas, as pessoas e os lugares
Fundação Iberê Camargo, Av. Padre Cacique, 2000
Das 12h às 19h (de 3ª a domingo) e das 12h às 21h (5ª feiras)
Até 02/04/2016

A Fundação Iberê Camargo (Padre Cacique, 2000) recebe, por um ano, a exposição “Iberê e seu ateliê: as coisas, as pessoas e os lugares”, que traz uma visão mais abrangente sobre o artista. Com entrada gratuita, a visitação acontece das 12h às 21h, nas quintas-feiras, e das 12h às 19h de terça a domingo. A mostra tem como tema a poética de Iberê Camargo, o universo mental e material que concretiza a sua obra. As 146 obras em exposição apresentam os três gêneros trabalhados ao longo de sua carreira – a paisagem, a natureza-morta e a figura humana -, demonstrados em um recorte cronológico, que vai do início, ainda nos anos 40, à consolidação nos anos 60 e à culminação dos anos 70 em diante. O objetivo é possibilitar ao público da Fundação Iberê Camargo uma visão abrangente da obra do artista, por meio de uma mostra linear buscando uma visão do todo de sua carreira. A base para a organização da exposição está fundada em três eixos: a poética, isto é, o universo mental e material de concretização da obra, o temperamento do artista, não o do homem, pois prescindiremos da biografia e, finalmente, a execução, isto é, os caminhos trilhados em busca dos resultados.
ibere

Música

Ospa — Concerto da Série Theatro São Pedro
No dia 11 de agosto, às 20h30
No Theatro São Pedro

Na última hora, a Ospa resolver retirar a Sinfonia Nº 4 de Nielsen, que era a peça inédita do programa… Facilitaram as coisas para si mesmos executando pela undécima vez a Sinfonia Nº 9 de Antonín Dvořák. Vá entender. Mas fica o lindo concerto para violino de Sibelius.
Programa:
Jean Sibelius: Andante Festivo
Jean Sibelius: Concerto para violino, op. 47, ré menor | Solista: Linus Roth
Antonín Dvořák: Sinfonia nº 9, “Novo Mundo”.
Regente: Jacob Slagter (Holanda)
Solista: Linus Roth (Alemanha | violinista)
Linus Roth

Lançamento do EP Gris, de Luana Pacheco
No StudioClio – Instituto de Arte & Humanismo — Rua José do Patrocínio, 698
Dia 07 de agosto de 2015, sexta-feira, às 21h

As origens da palavra jazz remetem aos dialetos do sul estadunidense do século XIX, significando energia e entusiasmo. O vocábulo já indicou valor, força, talento e virilidade: tudo isso compõe Luana Pacheco. O talento da artista reside no cruzamento entre o jazz, a chanson e o blues. Neste show, Luana lança o seu primeiro EP “Gris”, com produção musical e arranjos do pianista Luciano Leães, seu parceiro na vida e na música. Luana será acompanhada pelos músicos: André Vicente (acordeon), Tamiris Duarte (contrabaixo), Ronie Martinez (bateria), Miriã Farias (violino), Ronaldo Pereira (sax alto) e Rodrigo Siervo (sax tenor). Participação especial de Solon Fishbone e Gaspo Harmônica.
Duração: 1h15
Valor(es):
R$ 60,00 (público geral)
R$ 50,00 (professores, estudantes e seniores)
Luana Pacheco

Teatro e Dança

Sarah
Sala Alziro Azevedo
Quartas-feiras de agosto, às 12h30 e 19h30

O espetáculo “Sarah” coloca em cena a visão de mundo da britânica Sarah Kane, considerada uma das maiores dramaturgas do final do século XX. Criada a partir de recortes de cinco peças de autoria de Sarah Kane (“Blasted”, “Amor de Fedra”, “Cleansed”, “Ânsia” e “Psicose”), o espetáculo “Sarah” expõe as relações de poder entre opressores e oprimidos, dilacera a hipocrisia social e devora cada pedaço do ser fragmentado que constitui o homem contemporâneo. Invasão, coação, ruptura, corte, estupro, violência real, não caber no próprio corpo, na própria família, no mundo, no sistema e no status quo são temas que aparecem na montagem de “Sarah”. O espetáculo é resultado das reflexões e práticas oriundas da disciplina de Dramaturgia do Encenador, ministrada pela prof. Dra. Inês Marocco no segundo semestre do ano de 2014 no Departamento de Arte Dramática do IA/UFRGS.Sarah 03 crédito_Adriana Marchiori

Biafra – uma abordagem ficcional sobre o transtorno alimentar
Teatro Renascença, Av. Erico Verissimo, 307
Sextas, sábados e domingos, às 20h, até 9 de agosto

Depois de uma estreia com sucesso de público e crítica em junho, o monólogo Biafra – uma abordagem ficcional sobre o transtorno alimentar retorna neste mês, para sua segunda temporada, no Teatro Renascença, em Porto Alegre. A peça retrata a história de uma anoréxica cujas obsessões desafiam o público. Os episódios de sua vida passada e presente são contados pela própria personagem. Ela mostra os segredos e dramas do transtorno alimentar, de esperar um filho e de ser uma mulher. Biafra – uma abordagem ficcional sobre o transtorno alimentar, é uma novela de autoria da psiquiatra Cínthya Verri. Em 2012, foi vencedora do Prêmio de Criação da Biblioteca Nacional da FUNARTE.
Biafra

No Ar
Sala Álvaro Moreyra (av. Érico Veríssimo, 307)
Quartas-feiras de agosto, às 20h

O espetáculo tem como tema o suposto último dia de atividades de uma rádio fictícia no início dos anos 50, período de popularização da televisão. A rádio Esperança AM 790 vem perdendo cada vez mais patrocinadores, funcionários e ouvintes, tanto que no tempo em que transcorre a peça, restam apenas três radioatores. Enfrentando diversos problemas, o trio deposita suas esperanças em uma promoção, cujo propósito é dar a oportunidade a um ouvinte de passar um dia na rádio. Entretanto, eles passam por um novo fracasso: ninguém se inscreve para a promoção. Uma das atrizes inventa um nome falso para o vencedor da promoção, mas para sua surpresa, ele realmente existe.

Foto: Giulia Stello/Divulgação PMPA
Foto: Giulia Stello/Divulgação PMPA

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