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17 de julho de 2015
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15:49

Sul21 recomenda Biafra, Tãn Tãngo, Phoenix e Nós somos as melhores

Por
Sul 21
[email protected]

Milton Ribeiro e Débora Fogliatto

Chove, chove e chove em nossa Mui Leal e Valerosa Cidade de Porto Alegre. Para compensar a saudade dos parques e daquela bola de fogo no céu, temos um findi cheio de boas atrações. Em razão de seus nomes curtos, conseguimos colocar todas as boas novidades no título.

O primeiro é uma peça de teatro que traz uma abordagem ficcional do transtorno alimentar. O segundo é um espetáculo de Hique Gomez no Theatro São Pedro. O terceiro e o quarto são filmes.

Ah, e ainda há montes de continuações! O negócio é comprar galochas e sair de casa!

Todas as semanas, o Sul21 traz indicações de filmes, peças de teatro, exposições e música para seus leitores. Não se trata de uma programação completa, mas de recomendações dos melhores espetáculos que assistimos. O critério é a qualidade. Se você tiver sugestões sobre o formato e conteúdo de nosso guia, por favor, comente. Boa semana!

Cinema – Estreias

Phoenix (****)
de Christian Petzold, Alemanha, 2014, 98 minutos

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Depois do extraordinário Barbara, Christian Petzold retorna com outro bom filme, mas que se destaca facilmente no cenário atual. Logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, uma cantora judia tenta reconstituir sua vida numa Berlim destruída. Quando sai do campo de concentração, ela está psicologicamente devastada e com a face desfigurada, encoberta por ligaduras ensanguentadas. O seu único apoio é uma amiga do passado, que a encaminha para uma clínica alemã para submetê-la a uma reconstrução facial. Ela quer seu rosto anterior, mas a cirurgia dá-lhe outra cara. O ex-marido parece continuar vivo em local incerto. Ela sabia que ele fora o autor da denúncia de sua etnia judaica aos nazistas. Ela o encontra facilmente. Ele faz uma proposta à desconhecida. E mais não contamos.
https://youtu.be/N0ySJoGlWK8
No Guion Center 2, às 14h30, 18h10, 20h e 21h50

Nós somos as melhores (****)
de Lukas Moodysson, Suécia / Dinamarca, 2014, 104 minutos

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O excelente Lukas Moodysson — de Amigas de colégio e Bem-vindos, a principal influência para o surgimento de Pequena Miss Sunshine — retorna a nossas telas com a história de Bobo e Klara, duas garotas suecas de 13 anos, querem montar uma banda punk, mesmo que todos digam que o punk morreu. Elas cortam seus cabelos em estilo moicano e recorrem à música para protestar e vencer o tédio. Mas, na verdade, as garotas não sabem tocar nada. Para melhorar a qualidade da banda, chamam a tímida e certinha colega Hedvig, brilhante na guitarra. Uma história sobre as dificuldades e encantos de crescer e não se encaixar em lugar nenhum.

Na Sala Paulo Amorim, às 17h

Cinema – Em Cartaz

Samba (****)
de Eric Toledano e Olivier Nakache, França, 2014, 118 minutos

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A abertura de Samba empolga: um plano-sequência de alguns minutos que tem início em uma festa animada e, caminhando pelos corredores, chega até uma silenciosa cozinha, onde um homem solitário lava pratos. O contraste entre estes dois mundos deixa bem claro que Samba, na verdade, quer falar sobre este hiato que existe entre eles. O que tal cena não revela, ao menos não de imediato, é que o interesse maior não é abordar as diferenças entre classes sociais, mas sim como a sociedade francesa lida com a imigração. Afinal de contas, este homem que trabalha só na cozinha é Samba, um imigrante do Senegal que, apesar de morar na França há quase 10 anos, permanece ilegal no país. Mas não se engane: a ilegalidade é apenas em relação à ausência de documentos, já que os trabalhos por ele realizados poderiam ser feitos por qualquer pessoa. Após o sucesso Intocáveis, os diretores Eric Toledano e Olivier Nakache voltam a se reunir com o ator Omar Sy para realizar este drama social que aborda a vida do imigrante já dentro do novo país, tendo que lidar diariamente com o risco de ser pego e, também por isto, sendo explorado pelos patrões por não estar com os documentos em dia. (Francisco Russo no AdoroCinema)

No GNC Moinhos 2, às 14h, 16h30, 19h e 21h35
No GNC Moinhos 3, às 16h45 e 21h20
No Guion Center 1, às 14h15, 16h30, 18h45 e 21h
No Espaço Itaú 8, às 13h e 21h20
No Espaço Itaú 3, às 17h
No Cinemark Ipiranga 8, às 12h20

Jauja (*****)
(Jauja), de Lisandro Alonso, Argentina / EUA / França / Holanda, 2014, 110 min

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Jauja é um lugar mítico onde, diz a lenda, as pessoas não precisam trabalhar e há abundância e felicidade. Lisandro Alonso invade o mito transportando seus elementos para uma Argentina de paisagens improváveis no século 19. Em sua Jauja, o protagonista, encarnado pelo norte-americano Viggo Mortensen, é um dinamarquês enviado para o novo mundo com sua filha. Tanto ele quanto ela parecem perdidos numa terra estranha até que ela se deixa encantar por um morador local e foge. É então que o cineasta transforma Jauja, o filme, num road movie em que tempo e espaço se confundem, uma jornada existencial que dura uma eternidade e onde o presente pode visitar o futuro e os personagens podem se perder na imensidão. Essa jornada do protagonista, vivido por um dedicado Mortensen, essa busca em si, parece importar mais a Alonso do que a personagem ou a amarração da trama. Depois de algum tempo de procura, a exaustão do caminho inóspito leva Gunnar Dinesen para um estado de transe onde a realidade é o que menos interessa. Talvez tenhamos finalmente chegado em Jauja. (Do blog Filmes do Chico)

Na Sala Paulo Amorim, às 15h e 19h

Almas Silenciosas (****)
(Ovsyanki), de Aleksei Fedorchenko, Rússia, 2010, 78 min

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Almas Silenciosas é um belíssimo filme russo de 2010 baseado em uma novela de Denis Osokin. Muitos críticos o compararam às melhores obras de Tarkovsky, pela poderosa evocação das raízes pré-cristãs da Rússia rural. A história aponta para um mundo perdido — e provavelmente mítico — que foi esmagado pela industrialização. Aist é um solteirão de meia idade que leva uma vida solitária na cidade de Neya. Como muitos de seus vizinhos, ele se esforça para manter vivas as antigas tradições de seu povo. Um dia, a esposa de seu cfe morre. Os dois lavam o corpo da mulher, adornando seus pelos pubianos, e a levam para os ritos de cremação às margens do rio Oka. E, a fim de não estragarmos o filme para os leitores do Sul21, não devemos contar mais. O crítico do The Guardian escreveu: “Um filme lacônico, de belas imagens, que procura o arcaico no cotidiano das pessoas. Com ecos de conto folclórico, é uma ode à despedida. Em sua aceitação tranquila da passagem do tempo, este filme incomum lembra-nos que morrer nem sempre é o mesmo que desaparecer”.
https://youtu.be/SPztHP3S6S8
Na Cinemateca Capitólio, às 16h

Minha Querida Dama (***)
(My Old Lady), de Israel Horovitz, EUA / França, 2014, 107 min

my old lady
Alcoolista em recuperação, Mathias Gold (Kevin Kline) recebeu como herança do pai um grande apartamento em Paris. Quando chega à cidade e vai tomar posse do imóvel, tem uma surpresa. É que lá vive a nonagenária madame Mathilde Girard (Maggie Smith), proprietária do local numa condição especial, a que os franceses chamam de “viager”. O apartamento foi comprado por um preço mais baixo e só poderá ser retomado quando a proprietária morrer. Para piorar, até lá Mathias deverá pagar uma taxa de 2.400 euros. Só que Mathias está falido e não tem como pagar esse valor. Na verdade, quer é vender o apê. É claro que Mathilde se recusa a abrir mão de seus direitos, mas, ainda assim, deixa que ele se hospede lá, onde também mora sua filha solteira, Chloé (Kristin Scott Thomas). Baseado numa peça de teatro de Israel Horovitz, que escreveu o roteiro e dirige o filme. Filme muito acima da média.

No GNC Moinhos 1, às 21h50

Bem Perto de Buenos Aires (***)
(Historia del Miedo), de Benjamin Naishtat, Argentina / França, 2014, 80 min

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Bem Perto de Buenos Aires é a mais perfeita tradução para Historia del Miedo… Bem, ao menos o filme é bom. Um helicóptero da polícia circula sobre um condomínio fechado na periferia de Buenos Aires. A aparição de um buraco na cerca que protege a propriedade deixa seus moradores em pânico. Cada vez mais isolada, a população vai ficando gradualmente mais e mais paranoica. Para completar, ainda ocorre um blackout. Tais fatos marcam o início da certeza de que criaturas duvidosas e imprevisíveis estão prestes a atacá-las, alimentando sentimentos de ansiedade e medo primitivos. O lugar sempre foi muito tranquilo e pacato, com casas espalhadas em uma área muito extensa e verde. Mas, de repente… Sabe-se lá, né?

Na Sala Norberto Lubisco, às 17h15

Últimas conversas (****)
(Últimas conversas), de Eduardo Coutinho, Brasil, 2015, 85 min

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Realizado a partir de entrevistas feitas com jovens estudantes brasileiros pelo cineasta Eduardo Coutinho antes de sua morte (em fevereiro de 2014), o filme busca entender como pensam, como sonham e como vivem os adolescentes de hoje. O documentário foi editado por sua parceira de longa data, a montadora Jordana Berg, e concluído por João Moreira Salles. “Como é que ele consegue isso?” Esta é uma questão que vem à mente, como um mistério indecifrável, sempre que estamos vendo pela primeira vez um novo filme de Eduardo Coutinho (1933-2014). Coutinho foi um magnífico entrevistador. Como explicar que ele era um hipnotizador que extrai os sentimentos mais caros e extremos dessas pessoas – o choro e a alegria – num tempo contato impressionantemente curto e com uma intimidadora câmera sob a mira de todos eles? (Com a Folha de Pernambuco).
https://youtu.be/DUi11oD4sPc
Na Sala Norberto Lubisco, às 19h

Caverna dos Sonhos Esquecidos (****)
(Cave of Forgotten Dreams), de Werner Herzog, Alemanha / Canadá / EUA / França / Grâ-Bretanha, 2010, 90 minutos


Documentários de Werner Herzog. Se há uma coisa que aprendi nesta vida é que nenhum deve ser perdido, em hipótese alguma. São simplesmente maravilhosos. Os temas escolhidos são sempre muito originais, a abordagem é inteligente e as narrações de Herzog humilham 99% dos documentaristas. São informativas e pessoais, cultas e indagadoras. A tal Caverna dos Sonhos Esquecidos é um lugar extraordinário que foi descoberto em 1994. Trata-se da Caverna de Chauvet, no sul da França, um dos mais importantes sítios de arte pré-histórica do mundo e que reúne as mais antigas criações pictóricas da humanidade. Chauvet guarda centenas de pinturas rupestres intocadas que remontam há mais de 30 mil anos. Nas mãos de Herzog, o tema cresce de forma belíssima. Imperdível.

No Santander Cultural, às 17h

Exposições e Artes Plásticas

Abraham Palatnik — A Reinvenção da Pintura
Na Fundação Iberê Camargo, na Av. Padre Cacique, 2000
Até 25/10

A Fundação Iberê Camargo traz a Porto Alegre a retrospectiva itinerante do mestre internacional da arte cinética Abraham Palatnik, com curadoria assinada por Pieter Tjabbes e Felipe Scovino. “A Reinvenção da Pintura” vai reunir 78 obras produzidas entre os anos de 1940 e 2000 e poderá ser conferida de 02 de julho a 25 de outubro. A exposição traz – pela primeira vez à capital gaúcha – pinturas, desenhos, esculturas, móveis, objetos e estudos do artista brasileiro conhecido por obras que combinam luz e movimento e, muitas vezes, utilizam instalações elétricas. “A obra de Palatnik caracteriza-se por uma qualidade inegável: permite não só observar as passagens do moderno ao contemporâneo, mas também estudar e reconhecer uma das primeiras associações entre arte e tecnologia no mundo, um diálogo cada vez mais presente a partir da metade do século XX. Esta exposição ultrapassa os limites da pintura e da escultura modernas, intenção que o artista manifestou claramente nos Aparelhos cinecromáticos, nos Objetos cinéticos e em suas pinturas, quando passou a promover experiências que implicam uma nova consciência do corpo”, pontuam os curadores no texto de abertura do catálogo da exposição.
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Carlos Vergara — Sudários
Instituto Ling, Rua João Caetano, 440
Abertura às 10h30, fechando às 22h de 2ª a 6ª, às 21h no sábado e às 20h nos domingos
Até 23/8

Com curadoria de Luisa Duarte, a exposição Carlos Vergara – Sudários traz obras representativas do percurso de experimentação do artista que, desde os anos 80, investiga o campo expandido da pintura, utilizando novas técnicas, materiais e pensamentos que resultam em obras caracterizadas pela inovação. A exposição é composta de quatro telas – monotipias sobre lonas, realizadas pelo artista entre 1999 e 2005 –, em que Vergara emprega pigmentos naturais e minérios para transferir texturas para a tela, explorando, assim, o contato direto com o meio natural. Uma grande instalação inédita, intitulada Sudários, apresenta 250 monotipias realizadas em lenços de bolso, resultados de viagens do artista para diversas regiões do mundo, como São Miguel das Missões, Capadócia, Pompeia e Cazaquistão. Completam a exposição dezenas de fotografias em pequeno formato com os registros das ações que originam os Sudários, sublinhando assim a importância do processo para a obra como um todo.
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Alessandro del Pero — 1ª mostra individual na América do Sul
No Margs, Praça da Alfândega, s/n
De terças a domingos, das 10h às 19h, até 26/7

Está em exibição no Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli, MARGS, a mostra individual “Alessandro Del Pero – O ateliê como autorretrato”, exibida juntamente com a exposição “Caro, Cara – Retratos correspondentes no acervo MARGS e artistas convidados”. Estão em exibição no MARGS, 41 pinturas em acrílico sobre tela, produzidas recentemente por Alessandro Del Pero, entre os anos 2013 e 2015, de dimensões diversas, alcançando o tamanho de 4,20m x 2,0m. As obras do artista pertencem a colecionadores particulares da China, Europa e Américas. De acordo com o curador da mostra, André Venzon, a ideia de apresentar ao público duas exposições, surgiu a partir do trabalho de curadoria da exposição do pintor italiano Alessandro Del Pero – “O ateliê como autorretrato” -, na qual se destacam retratos e autorretratos. (Do Catraca Livre)
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Croquis de la cárcel, de Julio Mancebo
No Margs, na Praça da Alfândega, s/n, de terças a domingos, das 10h às 19h
Com entrada franca, até 26/07

Aos nove anos de idade, Mancebo já começava a estudar pintura, e dois anos mais tarde ingressou no célebre atelier do Mestre Joaquín Torres-García. É hoje o último pintor vivo remanescente daquela experiência, denominada Escuela del Sur, movimento de grande influência na América Latina. Pintor, escultor e muralista, Julio Mancebo é representante da arte construtivista uruguaia e sua obra já percorreu diversos países, incluindo Estados Unidos, Alemanha, Suécia, Espanha e Cuba. Esta exposição apresenta 54 desenhos, realizados entre 1975 e 1977, período em que foi preso político compartilhando alojamentos e experiências com José Luis Baumgartner, autor do prólogo do livro “Croquis de la Cárcel”.
Croquis de la cárcel Julio Mancebo

Quase Paisagem – Taim – Exposição de Cristiano Sant’Anna
Na Fluxo – Escola de Fotografia Expandida
Rua João Telles, 291, Bom Fim, Entrada franca
Até 18/07, de segunda a sexta das 10h às 18h30 e sábado das 10h às 17h

Abre nesta sexta-feira (12), exposição Quase Paisagem – Taim, do fotógrafo Cristiano Sant’Anna, na galeria da Fluxo – Escola de Fotografia Expandida, em Porto Alegre/RS. Formada por fotografias em tamanhos variados, videoinstalações, instalação em backlights e um catálogo – que também é considerado uma obra -, a exposição apresenta imagens fluidas, em que destacam-se a luz e a cor, mais que os elementos que as compõem. Dessa forma, Cristiano busca transpor os limites estéticos e técnicos estabelecidos à fotografia de paisagem, propondo uma interação com o ambiente a partir de sensações.
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Mulheres Invisíveis
ESPM-Sul (Rua Guilherme Schell, 350)
Até 18/07

A reportagem Mulheres Invisíveis conta as histórias de Michele, Elaci, Mercedes e Valquíria. O duro dia a dia e a liberdade instável de quem vive na rua marcam o caminho dessas quatro personagens. São histórias que, de alguma forma, todos já ouvimos falar, mas, ao mesmo tempo, ignoramos ou pouco lembramos que existe. O olhar dedicado que as três jovens repórteres lançaram sobre essas mulheres permite ao leitor reconhecer uma realidade que, ao mesmo tempo, emociona e coloca em xeque a estrutura social da grande cidade. Trabalho desenvolvido por Desirée Ferreira, Renata de Medeiros e Tatiana Reckziegel na disciplina de Projeto de Graduação em Jornalismo II (PGJ II) ao longo do segundo semestre de 2014.
mulheres

Future Perfect – Arte Contemporânea da Alemanha
No Memorial do Rio Grande do Sul, Praça da Alfândega, s/n
De terça a sexta-feira, das 10h às 19h, e sábado, das 10h às 17h
Até 18/07

A exposição gratuita reúne filmes, fotografias, esculturas, objetos, pinturas e colagens de 16 artistas que trabalham com a imaginação do futuro e com especulações sobre o curso da História. O título da exposição refere-se ao tempo verbal que expressa a conclusão de uma ação no futuro: uma coisa terá sido. A partir dessa perspectiva, a exposição questiona: se o futuro já pode ser percebido como passado concluído, como podemos, então, ainda elaborar cenários de futuro, especular e abandonar padrões tradicionais de pensamento? A exposição suscita uma reflexão sobre as promessas de futuro. Podemos ainda chegar a um consenso com base na hipótese de um futuro perfeito? Como os artistas, através de sua relação com material, forma, narração e imaginação, se posicionam frente a isso? Como eles refletem o passado de maneira nova? Onde veem possibilidades de ação?
future perfect

José Damasceno: Plano de Observação
No Santander Cultural (Praça da Alfândega, s/n)
Até 26/7, de terças a sábado, das 10h às 19h, e domingos, das 13h às 19h

O artista carioca, contemplado com diversos prêmios, começou a se dedicar às artes plásticas no início dos anos 90. Sua habilidade caracteriza-se pela capacidade de dialogar com o ambiente onde está inserido, e busca despertar nos espectadores a sensação de transitoriedade entre a “fantasia e a lógica”. Seus trabalhos seguem um desenvolvimento investigativo das relações entre espaço e pensamento, onde situações intrigantes convidam a observar e pensar a respeito daquilo que se vê. O escultor já participou das bienais de São Paulo, Veneza, Sydney e do Mercosul, além de ter coleções expostas em diversos museus tais como o Museum of Modern Art – MoMA, em NY. A entrada é franca.

Cinemagma | Foto: Wilton Montenegro
Cinemagma | Foto: Wilton Montenegro

Iberê e Seu Ateliê: as coisas, as pessoas e os lugares
Fundação Iberê Camargo, Av. Padre Cacique, 2000
Das 12h às 19h (de 3ª a domingo) e das 12h às 21h (5ª feiras)
Até 02/04/2016

A Fundação Iberê Camargo (Padre Cacique, 2000) recebe, por um ano, a exposição “Iberê e seu ateliê: as coisas, as pessoas e os lugares”, que traz uma visão mais abrangente sobre o artista. Com entrada gratuita, a visitação acontece das 12h às 21h, nas quintas-feiras, e das 12h às 19h de terça a domingo. A mostra tem como tema a poética de Iberê Camargo, o universo mental e material que concretiza a sua obra. As 146 obras em exposição apresentam os três gêneros trabalhados ao longo de sua carreira – a paisagem, a natureza-morta e a figura humana -, demonstrados em um recorte cronológico, que vai do início, ainda nos anos 40, à consolidação nos anos 60 e à culminação dos anos 70 em diante. O objetivo é possibilitar ao público da Fundação Iberê Camargo uma visão abrangente da obra do artista, por meio de uma mostra linear buscando uma visão do todo de sua carreira. A base para a organização da exposição está fundada em três eixos: a poética, isto é, o universo mental e material de concretização da obra, o temperamento do artista, não o do homem, pois prescindiremos da biografia e, finalmente, a execução, isto é, os caminhos trilhados em busca dos resultados.
ibere

Música

Tãn Tãngo – Hique Gomez
Theatro São Pedro – Praça Mal. Deodoro, S/N – Centro Histórico
Nesta sexta (17), às 21h

Hique Gomez volta ao Theatro São Pedro com este espetáculo que mescla tango clássico com uma dose de elementos eletrônicos. Com criações e recriações sonoras deste ritmo, ele percorrem desde o novo tango de Piazzolla até o tropicalismo de Caetano Veloso. Neste projeto o gênero musical, o Tango recebe um tratamento original. Nos inicio dos anos 20, Ernesto Nazaré, um dos fundadores da música brasileira, tratou muitas de suas composições como Tangos Brasileiros. Já nas próximas décadas o tango tomava conta da preferência popular e era considerado a musica pop naquele período quando o rock ainda não sonhava em dominar o mundo. Muitos dos grandes cantores brasileiros foram tocados pelo estilo e gravavam tangos: Vicente Celestino, Nelson Gonçalves, Dalva de Oliveira, Angela Maria e mesmo Teixeirinha. Nos dias de hoje, quando o Tango volta com força ao universo pop, Hique Gomez traz o Tango novamente ao universo da MPB, utilizando o formato tradicional do Tango com a predominância do bandoneón acompanhado pelo piano, baixo acústico, o violino e a adição de percussões eletrônicas. Uma versão para o espanhol do clássico Carinhosos de Pixinguinha em ritmo de Tango mostra as similaridades da musica sul americana. A fusão de Buenos Aires Hora Zero de Piazzolla com Tropicália de Caetano Veloso também une a cultura brasileira e Argentina com muita naturalidade. Uma versão Tangueira de Elenor Rigby dos Beatles expõe a universalidade do Tango, gênero que foi considerado patrimônio da humanidade pela UNESCO em 1995.
tan tango

Paulo Oliveira
No Santander Cultural, Rua 7 de Setembro, 1028
Domingo, 19 de julho, às 18h, ingressos a R$ 12

Violonista que vem conquistando seu espaço nos gêneros da música clássica e do jazz, atravessando as fronteiras estilísticas e aliando seu refinamento musical e sua técnica. Bacharel em violão, Paulo fez dois mestrados, em violão clássico e em Jazz Performance na Universidade de Missouri, Estados Unidos. Entre os grupos que participou se destacam o New Music Ensemble, Graduate String Quintet e MU Concert Jazz Band. Paulo tem se apresentado em diversos estados norte-americanos. Como recitalista já se apresentou em vários locais. Paulo foi premiado em diversos concursos de violão no Brasil e nos EUA, entre eles se destacam Emerging Artists- Missouri, Concurso Villa-Lobos no MASP e Concurso Musicalis. Em setembro deste ano, iniciará o doutorado em Guitar Performance na Universidade do Colorado em Boulder, onde será orientado pelo professor Italiano Nicoló Spera.

Paulo-Oliveira

Teatro

Biafra – uma abordagem ficcional sobre o transtorno alimentar
Teatro Renascença, Av. Erico Verissimo, 307
Sextas, sábados e domingos, às 20h, até 9 de agosto

Depois de uma estreia com sucesso de público e crítica em junho, o monólogo Biafra – uma abordagem ficcional sobre o transtorno alimentar retorna neste mês, para sua segunda temporada, no Teatro Renascença, em Porto Alegre. A peça retrata a história de uma anoréxica cujas obsessões desafiam o público. Os episódios de sua vida passada e presente são contados pela própria personagem. Ela mostra os segredos e dramas do transtorno alimentar, de esperar um filho e de ser uma mulher. Biafra – uma abordagem ficcional sobre o transtorno alimentar, é uma novela de autoria da psiquiatra Cínthya Verri. Em 2012, foi vencedora do Prêmio de Criação da Biblioteca Nacional da FUNARTE.
Biafra


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