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5 de junho de 2015
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14:41

Sul21 recomenda Gravata, Unha Vermelha e muito mais para o findi

Por
Sul 21
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Sul21 recomenda Gravata, Unha Vermelha e muito mais para o findi
Sul21 recomenda Gravata, Unha Vermelha e muito mais para o findi

Milton Ribeiro e Débora Fogliatto

Indicamos três lançamentos de filmes, uma raridade nesta época de vacas magérrimas em nossos cinemas. As produções vêm da Dinamarca, Brasil e Argentina.

Nas exposições, o destaque fica para Future Perfect, uma mostra da arte contemporânea alemã. No teatro, temos o eterno — e desejado — retorno do grande Medeia Vozes.

Todas as semanas, o Sul21 traz indicações de filmes, peças de teatro, exposições e música para seus leitores. Não se trata de uma programação completa, mas de recomendações dos melhores espetáculos que assistimos. O critério é a qualidade. Se você tiver sugestões sobre o formato e conteúdo de nosso guia, por favor, comente. Boa semana!

Cinema – Estreias

Segunda Chance (****)
(En chance til), de Susanne Bier, Dinamarca, 2014, 104 min

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Mais um belo trabalho de Susanne Bier (Um Mundo Melhor). Segunda Chance é um filme que mostra decisões tomadas no limite do desespero. Conflitos morais se estabelecem por meio de tentativas, até bem intencionadas, de resolver ou acomodar problemas, às vezes passando por cima de questões legais. Até onde o ser humano pode chegar numa situação-limite? O trabalho dos atores é extraordinário, fazendo-nos esquecer certa inverossimilhança e exagero da narrativa. O filme não é para fracos. O que mais incomoda é que bebês estão no foco da narrativa de modo doloroso. Um bebê chora constantemente, exigindo dos pais total disponibilidade. Há outro que fica abandonado num canto da casa, inteiramente descuidado, todo sujo. Só o estilo nórdico do filme nos dá fôlego para a reflexão.

No GNC Moinhos 4, às 14h40, 17h, 19h15 e 21h30
No Espaço Itaú 1, às 17h30, 19h40 e 21h50

De Gravata e Unha Vermelha (***)
(De Gravata e Unha Vermelha), de Miriam Chnaiderman, Brasil, 2014, 86 min

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No longa-metragem, a psicanalista e documentarista Miriam Chnaiderman volta a câmera aos que forçaram os limites do que é ser homem, mulher ou simplesmente uma pessoa. O estilista Dudu Bertholini entrevista e revela as experiências peculiares de Laerte, Rogéria, Ney MatoGrosso, Johnny Luxo, Candy Mel e outras personalidades. Com depoimentos de grandes nomes de um mundo transgressor, onde a sexualidade é reinventada, o filme cria uma vertigem a partir do jeito que cada um encontra de se respeitar na construção do próprio corpo. No uso das roupas e na criação de contornos, vão surgindo as diferenças. O filme ganhou o prêmio Felix de Melhor Documentário no Festival do Rio de 2014.


No CineBancários, às 15h, 17h e 19h

Bem Perto de Buenos Aires (***)
(Historia del Miedo), de Benjamin Naishtat, Argentina / França, 2014, 80 min

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Bem Perto de Buenos Aires é a mais perfeita tradução para Historia del Miedo… Bem, ao menos o filme é bom. Um helicóptero da polícia circula sobre um condomínio fechado na periferia de Buenos Aires. A aparição de um buraco na cerca que protege a propriedade deixa seus moradores em pânico. Cada vez mais isolada, a população vai ficando gradualmente mais e mais paranoica. Para completar, ainda ocorre um blackout. Tais fatos marcam o início da certeza de que criaturas duvidosas e imprevisíveis estão prestes a atacá-las, alimentando sentimentos de ansiedade e medo primitivos. O lugar sempre foi muito tranquilo e pacato, com casas espalhadas em uma área muito extensa e verde. Mas, de repente… Sabe-se lá, né?

Na Sala Eduardo Hirtz, às 16h10 e 19h30

Cinema – Em Cartaz

A Estrada 47 (****)
(A Estrada 47), de Vicente Ferraz, Brasil / Itália / Portugal, 2013, 107 min

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Um filme de guerra brasileiro! Por si só, tal fato jé mereceria destaque, mas o filme ainda é bom. Durante a 2ª Guerra Mundial, no sopé de uma montanha na Itália, uma esquadra de caçadores de minas da Forca Expedicionária Brasileira sofre um ataque de pânico e acaba se perdendo. Desesperados, com frio, fome e sede, os despreparados Pracinhas têm de optar por enfrentar a Corte Marcial ou encarar novamente o inimigo. É então que os remanescentes do grupo decidem rumar para outro ousado objetivo militar: desarmar o campo minado mais temido da Itália. No caminho, acabam encontrando outros desertores: um fascista arrependido e um oficial alemão cansado da guerra. Com a inesperada ajuda dos inimigos, os Pracinhas conseguem realizar um a das mais impossíveis façanhas já imaginadas em todo o conflito.
https://youtu.be/3OCo0jqStWo
No Guion Center 1, às 14h, 16h30 e 20h40
No GNC Moinhos 3, às 14h10 e 19h

Últimas Conversas (****)
(Últimas Conversas), de Eduardo Coutinho, Brasil, 2015, 85 min

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Realizado a partir de entrevistas feitas com jovens estudantes brasileiros pelo cineasta Eduardo Coutinho antes de sua morte (em fevereiro de 2014), o filme busca entender como pensam, como sonham e como vivem os adolescentes de hoje. O documentário foi editado por sua parceira de longa data, a montadora Jordana Berg, e concluído por João Moreira Salles. “Como é que ele consegue isso?” Esta é uma questão que vem à mente, como um mistério indecifrável, sempre que estamos vendo pela primeira vez um novo filme de Eduardo Coutinho (1933-2014). Coutinho foi um magnífico entrevistador. Como explicar que ele era um hipnotizador que extrai os sentimentos mais caros e extremos dessas pessoas – o choro e a alegria – num tempo contato impressionantemente curto e com uma intimidadora câmera sob a mira de todos eles? (Com a Folha de Pernambuco).
https://youtu.be/DUi11oD4sPc
No Espaço Itaú 8, às 13h

Dólares de Areia (***)
(Dolares de Arena), de Israel Cárdenas e Laura Amelia Guzmán, Rep. Dominicana / Argentina / México, 2014, 80 min

dolares de areia
Noelí, uma jovem dominicana, vive em Samana, uma cidade litorânea. Nos últimos dois anos, ela tem uma relação com Anne, uma francesa bem mais velha que escolheu viver o que lhe resta da vida perto do mar. A relação é puramente de interesse, já que Noelí também tem um namorado. Quando este começa a tramar um plano em que as duas viajarão para Paris e lhe enviarão dinheiro todo o mês, os sentimentos que Noelí tem por Ana tornam-se mais intensos a cada dia que a data de embarque se aproxima. É um filme brilhante, onde cada detalhe trabalha para formar um contexto de solidão, sonhos impossíveis e universos opostos.

Na Sala Eduardo Hirtz, às 14h30

O Jogo da Imitação (***)
(The Imitation Game), de Morten Tyldum, Reino Unido/EUA, 2014, 114min

The imitation game
Na Segunda Guerra Mundial, não foram apenas os soldados nos campos de batalha que lutaram contra os alemães. Na Inglaterra, um grupo de cientistas tentaram decifrar códigos de comunicação nazistas, buscando salvar as tropas aliadas de um ataque. O inusitado não para por aí: eles eram liderados por um homem gay (Benedict Cumberbatch), numa época em que a homossexualidade era crime, e por uma mulher (Keira Knightley). A história é verídica e retrata o gênio da matemática Alan Turing, que eventualmente é preso por sua orientação sexual. Baseado na biografia de turing, O Jogo da Imitação triunfa ao equilibrar os preconceitos sofridos pelos protagonistas a seus feitos matemáticos.

Na Sala Norberto Lubisco, às 15h

Ida (*****)
(Ida), de Pawel Pawlikowski, Polônia, 2013, 82min

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Anna (Agata Trzebuchowska) cresceu num convento na Polônia dos anos 1950 e 60. Quando está prestes a se tornar freira, visita sua única parente viva, uma tia que revela um segredo que irá mudar sua maneira de enxergar a si própria: Anna, na verdade, é de uma família judia que foi morta pelos nazistas. A partir daí, descobre que seu nome verdadeiro é Ida e parte em uma jornada de auto-conhecimento com sua tia Wanda ao ir em busca do túmulo de seus pais. Logo, a jovem precisa escolher entre a realidade que a acolheu e permitiu que ela sobrevivesse ao Holocausto e sua identidade biológica, além de tentar reprimir os sentimentos que começa a nutrir por um jovem saxofonista. Todo em preto e branco, o que aproxima ainda mais o espectador da época em que se passa, o filme resgata a história da Polônia ao abordar a invasão nazista e o extermínio de judeus, os anos sob o stalinismo e o poder da igreja católica no país.

Na Sala Eduardo Hirtz, às 17h45

Nostalgia da Luz (*****)
(Nostalgia de la Luz), de Patricio Guzmán, França / Chile / Alemanha / Espanha / EUA, 2010, 90 min

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O deserto do Atacama, no Chile, tem uma atmosfera é tão limpa e pura que permite aos astrônomos estudarem as galáxias mais distantes através com seus instrumentos. O clima é tão seco que conserva restos mortais por longo tempo. O deserto é basicamente uma memória. Um depósito de restos que traz resquícios da história do universo de um muito mais próximo, o dos crimes cometidos pela ditadura militar chilena. O contraponto é formado por astrônomos de todo o mundo que se reúnem para observar as estrelas ao mesmo tempo que mulheres procuram seus parentes na terra do deserto. Um belíssimo documentário de Patricio Gusmán.

Na Sala Paulo Amorim, às 17h

Relatos Selvagens (*****)
(Relatos Salvajes), de Damián Szifron, Argentina / Espanha, 2014, 122 minutos

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A distância entre o cinema e a arte em geral brasileira e argentina talvez nunca tenha sido tão grande. Basta comparar qualquer comédia nacional com o humor sofisticado e inteligente deste que é o filme de maior sucesso comercial argentino dos últimos anos. Nada de flatulências ou eructações, apenas bom roteiro, direção, atores, etc. São histórias simples sobre fatos rotineiros que por isso provocam identificação quase imediata. Com ironia, Szifron faz um comentário tão inteligente quanto engraçado sobre a falta de civilidade e a selvageria urbana. São personagens unidas pelo fato de estarem fora de controle, dispostas a fazer justiça pelas próprias mãos: um músico reúne todos os seus inimigos em um só lugar, uma garçonete que tem a chance de se vingar do homem que arruinou sua família, uma briga de trânsito, um engenheiro indignado com uma multa indevida e a burocracia sem limites, um milionário que tenta livrar o filho da cadeia, uma noiva que descobre a traição do marido. Um dos melhores filmes de 2014.

‎No Guion Center 1, às 18h30

Exposições e Artes Plásticas

Future Perfect – Arte Contemporânea da Alemanha
No Memorial do Rio Grande do Sul, Praça da Alfândega, s/n
De terça a sexta-feira, das 10h às 19h, e sábado, das 10h às 17h
Até 18/07

A exposição gratuita reúne filmes, fotografias, esculturas, objetos, pinturas e colagens de 16 artistas que trabalham com a imaginação do futuro e com especulações sobre o curso da História. O título da exposição refere-se ao tempo verbal que expressa a conclusão de uma ação no futuro: uma coisa terá sido. A partir dessa perspectiva, a exposição questiona: se o futuro já pode ser percebido como passado concluído, como podemos, então, ainda elaborar cenários de futuro, especular e abandonar padrões tradicionais de pensamento? A exposição suscita uma reflexão sobre as promessas de futuro. Podemos ainda chegar a um consenso com base na hipótese de um futuro perfeito? Como os artistas, através de sua relação com material, forma, narração e imaginação, se posicionam frente a isso? Como eles refletem o passado de maneira nova? Onde veem possibilidades de ação?
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José Damasceno: Plano de Observação
No Santander Cultural (Praça da Alfândega, s/n)
Até 26/7, de terças a sábado, das 10h às 19h, e domingos, das 13h às 19h

O artista carioca, contemplado com diversos prêmios, começou a se dedicar às artes plásticas no início dos anos 90. Sua habilidade caracteriza-se pela capacidade de dialogar com o ambiente onde está inserido, e busca despertar nos espectadores a sensação de transitoriedade entre a “fantasia e a lógica”. Seus trabalhos seguem um desenvolvimento investigativo das relações entre espaço e pensamento, onde situações intrigantes convidam a observar e pensar a respeito daquilo que se vê. O escultor já participou das bienais de São Paulo, Veneza, Sydney e do Mercosul, além de ter coleções expostas em diversos museus tais como o Museum of Modern Art – MoMA, em NY. A entrada é franca.

Cinemagma | Foto: Wilton Montenegro
Cinemagma | Foto: Wilton Montenegro

Vai Pra Cuba
Sala do Arco da Galeria Espaço IAB (General Canabarro, 363)
De 21 de maio a 12 de junho
De segunda a sexta-feira, das 14 às 20h

Dois fotógrafos de trajetórias diversas, unidos por suas vivências em Cuba e pela vontade de perfurar as espessas camadas de preconceitos que envolvem a ilha e sua história, promovem nessa mostra o que consideram o maior patrimônio cubano: sua riqueza humana e cultural. Assumindo o “Vai pra Cuba!” como título da exposição, se apropriam de seu conteúdo de desprezo e intolerância, para transformá-lo em um ato de amor e homenagem ao povo cubano, exaltando sua força, sua aguda inteligência, sua admirável educação, gentileza e alegria, suas renúncias e suas escolhas.

Fotografia que está em exibição na exposição | Foto: Rogério Amaral Ribeiro
Fotografia que está em exibição na exposição | Foto: Rogério Amaral Ribeiro

AGÔ- presença negra em Porto Alegre: uma trajetória de resistência
Mezanino do Museu da UFRGS, Campus Central
Até 19/06

AGÔ- presença negra em Porto Alegre: uma trajetória de resistência nasceu como uma exposição curricular planejada intra muros na UFRGS, mas ao invés disso se transformou numa articulação com Instituições dos movimentos negro da cidade. A Exposição, que conta com 21 alunos curadores, no seu processo de pesquisa, criaram um Comitê Científico Comunitário, participaram de diversas ações vinculadas ao 20 de Novembro e desde o semestre passado tem levado a Exposição para a Rua.
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Elas mergulham na carne vermelha do solo
Usina do Gasômetro (Av. Pres. João Goulart, 551)
Até 14/06
De terça a sexta, das 9h às 21h; sábados, domingos, das 10h às 21h

A exposição Elas mergulham na carne vermelha do solo, de Laryssa Machado, reúne 24 fotografias em preto e branco e é o resultado de projeto fotográfico realizado com mulheres portadoras de HIV no Maláui. A ideia surgiu após um dos encontros semanais do grupo, quando a fotógrafa percebeu que os depoimentos das mulheres revelavam baixa autoestima causada pelo afastamento das pessoas que as cercavam. A intenção inicial era dar ênfase às mãos e aos rostos, ambos tão carregados de histórias. Durante o processo, elas pediram para que fossem incluídas fotos em que aparecessem suas famílias.
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Não esta morte, outra
Casa de Cultura Mario Quintana (Andradas, 736)
Até 7/07
Segundas-feiras, das 14h às 19h, terça a sexta, das 9h às 19h e sábados e domingos, das 12h às 19h

“Não Esta Morte, Outra” aponta para as finas linhas com que a ideia da morte vai nos envolvendo: seus pequenos sopros, suas mensagens, ironias e finas lâminas. As fotos buscam um equilíbrio, sempre frágil, entre a vitalidade dos corpos e a proximidade da morte. A exposição da Ío é um breve estudo sobre a elegante máquina que a natureza nos destinou: Não Esta Morte, Outra.
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Visto Permanente
No Margs, Praça da Alfândega, s/n
De terça a domingo, das 10h às 19h
Até 07/06

Trata-se de uma mostra fotográfica composta de 28 imagens feitas a partir do olhar observador e poético de Sérgio de Paula Ramos em suas viagens, pelos lugares que percorreu ao longo dos últimos cinco anos. Os registros passam pelo olhar do fotógrafo imbuído da visão do psicanalista em imagens captadas nas mais diversas partes do mundo, como Camboja, Vietnã, Estados Unidos, Itália, Índia e Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, entre outras. Sérgio de Paula Ramos é psiquiatra, psicanalista e fotógrafo. É natural de São Paulo e vive em Porto Alegre há 41 anos.
A exposição está aberta à visitação de 06 de maio a 07 de junho, de terças a domingos, das 10h às 19h, nas Salas Negras do MARGS. Visitas guiadas para grupos ou escolas podem ser agendas pelo telefone 51 32122281, ou pelo e-mail [email protected]. A entrada é franca.
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Julio Mariano — Desenhos
Museu do Trabalho, Na Andradas, 230
de terças-feiras a sábados, das 13h30min às 18h30min, e domingos e feriados, das 14h às 18h30min
Até 21/6

O Museu do Trabalho (Andradas, 230) inaugura nesta quarta-feira (6), às 19h, a exposição “Julio Mariani – Desenhos” (foto), mostra individual de estreia do artista porto-alegrense de 74 anos. Mariani vem de uma importante e extensa trajetória no jornalismo gaúcho. Os desenhos foram produzidos nos últimos 15 anos. São obras em pequenos e médios formatos, com diferentes técnicas: aquarela, lápis de cor, tinta acrílica, nanquim e pigmentos. A exposição, com entrada franca, pode ser visitada até 21 de junho, de terças-feiras a sábados, das 13h30min às 18h30min, e domingos e feriados, das 14h às 18h30min.
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Iberê e Seu Ateliê: as coisas, as pessoas e os lugares
Fundação Iberê Camargo, Av. Padre Cacique, 2000
Das 12h às 19h (de 3ª a domingo) e das 12h às 21h (5ª feiras)
Até 02/04/2016

A Fundação Iberê Camargo (Padre Cacique, 2000) recebe, por um ano, a exposição “Iberê e seu ateliê: as coisas, as pessoas e os lugares”, que traz uma visão mais abrangente sobre o artista. Com entrada gratuita, a visitação acontece das 12h às 21h, nas quintas-feiras, e das 12h às 19h de terça a domingo. A mostra tem como tema a poética de Iberê Camargo, o universo mental e material que concretiza a sua obra. As 146 obras em exposição apresentam os três gêneros trabalhados ao longo de sua carreira – a paisagem, a natureza-morta e a figura humana -, demonstrados em um recorte cronológico, que vai do início, ainda nos anos 40, à consolidação nos anos 60 e à culminação dos anos 70 em diante. O objetivo é possibilitar ao público da Fundação Iberê Camargo uma visão abrangente da obra do artista, por meio de uma mostra linear buscando uma visão do todo de sua carreira. A base para a organização da exposição está fundada em três eixos: a poética, isto é, o universo mental e material de concretização da obra, o temperamento do artista, não o do homem, pois prescindiremos da biografia e, finalmente, a execução, isto é, os caminhos trilhados em busca dos resultados.
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Música

Ospa — Concerto da Série Theatro São Pedro
Praça da Matriz, s/n
Dia 9 de junho, às 20h30

No dia 9 de junho, terça-feira, às 20h30, a orquestra recebe o fagotista estoniano Martin Kuuskmann, que vem se destacando como um dos solistas mais carismáticos da atualidade, no sétimo concerto da Série Theatro São Pedro. O músico tocará o concerto para fagote de Christopher Theofanidis escrito especialmente para ele. O programa também homenageia os 150 anos de nascimento do compositor dinamarquês Carl Nielsen, e conta com obra de Mozart. A regência será de Gustavo Petri, regente titular da Sinfônica de Santos.

PROGRAMA
Wolfgang Amadeus Mozart: Abertura de “As Bodas de Fígaro”
Christopher Theofanidis: Concerto para fagote e orquestra
Carl Nielsen: Sinfonia nº2

Regente: Gustavo Petri
Solista: Martin Kuuksmann (fagote)
Martin Kuuskmann

Teatro e Dança

Medeia Vozes
Sexta (5) e sábado (6), às 19h30
Terreira da Tribo (Santos Dumont, 1186)

Inspirada no romance homônimo de Christa Wolf, a abordagem do mito em Medeia vozes é original e inovadora pelo fato de Medeia não cometer nenhum dos crimes de que Eurípides a acusa. A montagem do grupo Ói Nóis Aqui Traveiz foi a grande vencedora do Prêmio Açorianos de Teatro de 2013 e volta a cartaz para comemorar os 37 anos do grupo. Medeia, a mítica princesa da Cólquida, habita lendas que antecedem os primórdios da civilização grega e que a apresentam como uma mulher poderosa e possuidora dos dons da cura. Uma exorcista da memória recalcada que está na fronteira entre dois sistemas de valor, corporizados pela sua terra natal e pela terra para a qual foge. Ambas as sociedades, Corinto e Cólquida, apresentam na sua história um sacrifício humano fundamental que serviu para a estabilização do poder patriarcal e Medeia é como um bode expiatório, uma figura de identificação com o sofrimento e a exclusão da mulher. A Medeia do Ói Nóis Aqui Traveiz é pacifista e demonstra a inutilidade de todo processo bélico. Junto à voz de Medeia somam-se às vozes de mulheres contemporâneas, como Rosa Luxemburgo e Ulrike Meinhof, entre outras, que enfrentaram de diferentes maneiras a sociedade patriarcal em várias partes do mundo. Entrada franca.

Foto: Pedro Isaias Lucas
Foto: Pedro Isaias Lucas

Jeroquis — Ação dentro do movimento
Casa Cultural Tony Petzhold (Av. Cristóvão Colombo, 400)
Sábados 30/05 e 06/06, às 21h

O coletivo Jeroquis, do tupi guarani Danças, sai das ruas e das pistas de danças, e sobe ao palco para mostrar a ação dentro do movimento: social, urbano e artístico. Dança, música, grafitti teatro e circo – ações transformadas em atitude, força e inteligência transmitidas pelo corpo, transbordando energia da cena para o público. Ingressos: R$ 20 (inteira), R$ 10 (meia) para idosos, estudantes e artistas.

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A Cadeia Alimentar
Quartas-feiras de junho, às 12h30 e 19h30
Sala Alziro Azevedo (Av. Salgado Filho, 340)

Escrita pelo polêmico dramaturgo norte-americano Nicky Silver, A Cadeia Alimentar apresenta uma visão cruel e sarcástica das relações humanas. Lançando mão dos estereótipos sem deixar de observar o lado sensível dos personagens, o espetáculo explora a corporeidade dos atores, destacando gestos comportamentais expandidos e estilizados que têm efeito cômico e desnudam a faceta excludente de alguns padrões sociais. Uma peça de humor ácido e texto verborrágico que propõe uma reflexão sobre questões que atravessam a sociedade contemporânea, como a solidão, o vazio do sexo e a importância de ser magro. Entrada franca.
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