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28 de fevereiro de 2015
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Sul 21
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Daniel Paiola, da seleção brasileira de Badminton | Foto:  Arquivo Pessoal
Daniel Paiola, da seleção brasileira de Badminton | Foto: Arquivo Pessoal

Por Luiz Humberto Monteiro Pereira
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Daniel Paiola vê as Olimpíadas de 2016 como uma oportunidade para levantar o Badminton no Brasil

Parecido com o tênis, só que utilizando uma peteca no lugar da bola, o Badminton surgiu no Século XIX, na Índia. Mas só ganhou visibilidade mundial quando foi incluído pela primeira vez nas Olimpíadas – foi nos Jogos de Barcelona, em 1992. O mesmo efeito que Daniel Paiola, da seleção brasileira de Badminton, espera que as Olimpíadas do Rio de Janeiro provoquem sobre o esporte no Brasil. “A principal vantagem que o Badminton brasileiro terá com os Jogos Rio 2016 é o legado que está sendo criado. O esporte ainda não é muito conhecido por aqui e os Jogos serão a grande chance para as pequenas modalidades se afirmarem no país”, acredita o jogador de 25 anos, que é paulista de Campinas e estuda Direito na MetroCamp.

Além do privilégio como atleta, paricipar das Olimpíadas de 2016 pode render também um encontro romântico para Daniel. Ele namora a ginasta Angélica Kvieczysnki, a número um da ginástica rítmica brasileira. Os dois se conheceram durante os Jogos Escolares de 2012, quando foram embaixadores convidados pelo Comitê Olímpico do Brasil. Como ela mora em Toledo, no Paraná, o casal usa o celular e a internet e aproveita as eventuais escalas aéreas para superar a distância. “O fato de ela ser atleta ajuda. Ela entende minha vida que é treinar, ter de descansar cedo, competições e viagens. Ela também tem essa rotina”, avalia Daniel. Na temporada 2015, o primeiro desafio foi o I Peru Internacional Series, na cidade de Lima, de 19 a 22 de fevereiro – chegou em segundo na categoria simples, ao perder a final para o guatemalteca Kevin Cordon, e em segundo nas duplas masculinas, junto com o também paulista Hugo Arthuso, quando a dupla da Turquia foi campeã. O próximo será o Mercosul Internacional de Badminton, que ocorrerá entre 11 e 15 de março em Foz de Iguaçu. Que fica a uns 150 km de Toledo…

Luiz Humberto Monteiro Pereira – Como se aproximou do Badminton? Quando percebeu que poderia ser uma atleta de excelência?

Daniel Paiola – Desde pequeno, sempre tive um gosto enorme por esportes com raquetes – tênis, tênis de mesa, squash… Por sorte ou destino, sou natural de Campinas e sócio do Clube Fonte São Paulo, onde o Badminton tem o seu espaço e é muito incentivado. Foi assim que tive a oportunidade de praticar, e desde então posso dizer que foi paixão à primeira vista. Pratico Badminton desde os meus 13 anos de idade. Foi em 2008, após obter alguns resultados importantes à nível nacional, que comecei a sonhar grande no Badminton.

Luiz Humberto Monteiro Pereira –  Como o Badminton influiu no seu jeito de ser?

Paiola – O esporte me influenciou a ser uma pessoa muito guerreira, determinada, que luta em busca dos seus sonhos. O Badminton, como qualquer outro esporte, fez com que várias oportunidades surgissem na minha vida como pessoa. Desde pequeno eu sempre quis conhecer o mundo, mas infelizmente até meus 18 anos, nunca tive a oportunidade e a possibilidade de viajar e fazer intercâmbios. Mas o Badminton fez com que eu viajasse e ainda me faz com que eu conheça muitos lugares, que eu imaginava apenas poder conhecer através de fotos.

Luiz Humberto Monteiro Pereira – Como é a sua rotina?

Paiola – Minha rotina é muito simples. Treino, descanso, treino, estudo e descanso, além de manter uma boa dieta alimentar regrada. Treino todas as manhãs e tardes e depois vou direto para a universidade. São dias muito corridos. Muitas das vezes, saio de casa às 7 horas da manhã e volto apenas às 11 da noite. Treino de quatro a oito horas por dia, de acordo com a proximidade das competições, incluindo a parte física, técnica, tática e psicológica.

Luiz Humberto Monteiro Pereira – Quais foram seus momentos mais emocionantes, dentro do esporte?

Paiola – O esporte é uma maquina de emoções. Foram tantas, mas até então a mais marcante foi a conquista da medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara 2011, onde fui o primeiro brasileiro a conquistar uma medalha no Badminton na categoria individual. Além de tudo, aconteceu em uma data muito marcante para a minha vida pessoal. Subi no pódio no “aniversário” de falecimento do meu pai. Faziam 21 anos em que meu querido pai havia falecido. Foi como um presente divino para mim.

Luiz Humberto Monteiro Pereira – O que espera das próximas Olimpíadas de 2016, no Rio?

Paiola – Espero um grande evento. O Brasil tem inúmeros defeitos, mas poucos fazem uma festa como os brasileiros. Torço muito para que todos os meus companheiros conquistem seus sonhos e objetivos. E que possamos trazer grandes alegrias para o povo brasileiro. Eu sonho todo dia em poder representar o Brasil nos Jogos Rio 2016. O Badminton vai ter no mínimo dois representantes nos Jogos. Ainda não se sabe quem será. Mas, independentemente de quem seja, tenho certeza que o Badminton brasileiro estará bem representado.

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