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26 de setembro de 2014
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14:47

Sul21 recomenda O Batismo, Bukowski e Nos Embalos da Carochinha

Por
Sul 21
[email protected]

Milton Ribeiro e Débora Fogliatto

As boas estreias vêm aos poucos e cada vez mais outsiders. Os melhores filmes estreiam já fora dos grandes circuitos. Dia haverá em que não estrearão, indo direto para os DVDs. Talvez acabem depois. Então, as estreias que recomendamos nos levam direto a Casa de Cultura Mário Quintana, que é onde os bons filmes normalmente se despedem(iam), casos do emocionante Todos os Dias e deste maravilhoso O Batismo.

A capital gaúcha recebe a turnê brasileira da nova “peça do momento”, a montagem nacional de A Toca do Coelho, originalmente um sucesso na Broadway. Mas como este guia não se pauta apenas pelas macro-atrações, recomendamos também Nos Embalos da Carochinha, do Instituto de Artes da Ufrgs, e a volta de Bukowski — Histórias da vida subterrânea, ao Teatro de Arena. Ainda temos a inclusão de três novas boas exposições: as sombrias Jest sztuka absurduTempo é Contagioso, além da abstrata Inundação.

Todas as semanas, o Sul21 traz indicações de filmes, peças de teatro, exposições e música para seus leitores. Não se trata de uma programação completa, mas de recomendações dos melhores espetáculos que assistimos. O critério é a qualidade. Se você tiver sugestões sobre o formato e conteúdo de nosso guia, por favor, comente. Boa semana!

Cinema – Estreia

O Batismo (****)
(Chrzest), de Marcin Wrona, Polônia, 2010, 86 min

o batismo 2
O roteiro é vagamente baseado na história real de um homem do interior da Polônia que, depois de trabalhar com a máfia em sua cidade natal, muda-se para Varsóvia. Ele espera mudar sua sorte e para escapar do passado criminoso que deixou para trás. Michał tem o que ele sempre sonhou: uma bela esposa chamada Magda, um filho recém-nascido, sua própria empresa. Mas, infelizmente, há uma sentença da máfia contra ele. Michał tenta desesperadamente encontrar uma maneira de salvar sua família. Vários dias antes do batizado do seu filho, ele convida seu velho amigo, Janek, para ser o padrinho. Esse é só o começo do Plano de Michał. O final, inesperado e perturbador, é também conclusivo e lógico dentro do contexto apresentado. Um cronista paulista escreveu que O Batismo é um soco no estômago, enquanto um colega seu, carioca, disse que é um cruzado no queixo. Escolham.

Na Sala Eduardo Hirtz, às 15h e 18h45

Cinema – Em Cartaz

O último amor de Mr. Morgan (***)
(Mr. Morgan`s last love), de Sandra Nettelbeck, Bélgica / EUA, 2013, 116 min

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Baseado no romance La Douceur Assassine, de Françoise Dorner, a adaptação troca o então protagonista francês pelo norte-americano Matthew Morgan, professor de filosofia aposentado, interpretado pelo britânico Michael Caine. O professor Morgan não conseguiu superar a morte da esposa Joan (Jane Alexander), ocorrido há três anos. Recluso em sua casa em Paris e preso aos costumes que mantinha com a mulher, o viúvo vive deprimido e não tenta aprender o francês, já que Joan falava francês pelos dois. Até que o encontro em um ônibus com uma jovem professora de dança, Pauline Laubie (Clémence Poésy), muda sua rotina. Nada original, né? Se Morgan projeta sua falecida mulher na moça, ela acaba se lembrando do pai quando está com ele. E assim nasce uma bonita relação de troca entre ambos. Quando ocorre a crise, soluções e certo didatismo hollywoodiana lutam para estragar o filme.

No Espaço Itaú 8. às 15h40

Bem-vindo a Nova York (****)
(Welcome to New York), de Abel Ferrara, EUA, 2014, 125 min

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Bem-vindo a Nova York é baseado no escândalo que envolveu Dominique Strauss-Kahn (DSK), economista e político francês que foi acusado de tentar estuprar uma camareira de um hotel de Nova York. Quando do fato, DSK dirigia o Fundo Monetário Internacional. O diretor Abel Ferrara é católico e, em seus filmes, Deus parece com os do Velho Testamento — Ele vem e vinga-se! DSK era capaz de não apenas de decidir o destino de milhões de pessoas, mas principalmente de construir o seu próprio, o que o afastava a bastante influência do Criador. Então, depois de uma noite de sexo grupal com prostitutas, o destino faz com que DSK amanheça num hotel de Nova York diante de uma camareira desavisada, que ele tenta violentar. Sua onipotência e seu mundo desmoronam após a denúncia. Ferrara acerta em cheio neste grande filme.

No GNC Moinhos 3, às 16h20

Todos os dias (****)
(Everyday), de Michael Winterbottom, Inglaterra, 2012, 106 min

everyday
Karen e Ian são pais de quatro crianças pequenas e se amam profundamente. Eles levam uma rotina pacífica nos subúrbios da Inglaterra, apesar das dificuldades financeiras. O relacionamento dos dois é abalado quando Ian é condenado a cinco anos de prisão por razões que Karen desconhece. Durante todos este tempo ela tenta levar a vida sozinha, cuidando das crianças, trabalhando, visitando o marido e sonhando com o dia em que ele finalmente voltará para casa. O diretor inglês teve uma ideia genial para gravar o filme: ele diluiu as filmagens ao longo de cinco anos, gravando em poucas semanas por ano, a fim de captar o crescimento das crianças e o envelhecimento dos adultos. Todos os Dias é um filme contido, que demonstra amor aos personagens e cujo roteiro elimina as viradas, mantendo uma abordagem direta e afetiva. Karen é forte para educar sozinha os quatro filhos e triste ao ponto para embarcar em um relacionamento com um colega de quem não gosta. A volta de Ian para casa é o ponto alto de Todos os Dias. Um esplêndido filme.

Na Sala Norberto Lubisco, às 15h30

Viva a Liberdade (***)
(Viva La Libertà), de Roberto Andò, Itália, 2013, 94 min

viva a liberdade
O grande Toni Servillo de A Grande Beleza interpreta dois papéis na comédia de Roberto Andò, Viva a Liberdade. Ele é Enrico, um senador combatido pelo próprio partido e fracassado nas pesquisas eleitorais; mas também é Giovanni, seu irmão gêmeo, um encantador filósofo recém saído do manicômio. Quando Enrico se desespera e foge em busca de tranquilidade, Giovanni o substitui, fazendo as pesquisas dispararem a seu favor. A crise de representatividade que assola a Itália (caramba, que coincidência!) é explorada na inteligente comédia de Roberto Andò, tendo como principal instrumento o excepcional talento de Servillo. Viva a Liberdade mostra de maneira ácida os bastidores da política, entregue aos interesses dos seus dirigentes e cada vez mais longe de quem deveria representar.
http://youtu.be/Zz3ZAScQzHo
No Guion Center 2, às 14h45, 16h45 e 18h45
No GNC Moinhos 1, às 15h40 e 18h45

Amar, beber e cantar (***)
(Aimer, boire et chanter), de Alain Resnais, França, 2013, 108 min

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O notável Alain Resnais, diretor de Hiroshima, Meu Amor, O Ano Passado em Marienbad, Providence, Meu Tio da América e tantos outros títulos clássicos, faleceu em março deste ano aos 91 anos, mas antes nos deixou uma última joia. Era uma tendência: nos últimos anos o diretor começou a fazer filmes mais leves e despojados, apesar de nada superficiais. Apenas parece que, com a idade, Resnais se tornara mais juvenil. Amar, Beber e Cantar é sobre uma peça dentro do filme — ensaiada por um grupo de amigos — mas também sobre um tal de George Riley do qual ouvimos muito, mas nunca vemos. Ele está doente e tem no máximo 6 meses de vida. Uma esplêndida despedida do mestre.

No Guion Center 3, às 14h30, 16h30 e 18h30
No GNC Moinhos 1, às 19h50

Magia ao Luar (****)
(Magic in the Moonlight), de Woody Allen, EUA, 2014, 97 min

magia ao luar
Um Woody Allen menor, mas que é uma boa diversão. Ah, quando você entrar no cinema, não olhe para o cartaz — este é tão horrível que você pode desistir de entrar na sala escura. A história é despretensiosa: Stanley (Colin Firth), um mágico com talento para desmascarar charlatões, é contratado para acabar com a suposta farsa de Sophie (Emma Stone), simpática jovem que afirma ser médium. Inicialmente cético, Stanley aos poucos começa a duvidar de suas certezas e se vê cada vez mais encantado pela moça. O filme tem um problema sério: a fraca atuação de Emma Stone. Ela é humilhada por Colin Firth, um tremendo ator. Como dissemos, um Allen menor, mas que não chega a ser uma fraude.
http://youtu.be/RID7NC37Cv0
No Espaço Itaú 3, às 14h e 16h
No GNC Moinhos 2, às 14h, 16h, 18h, 20h e 22h

A Oeste do Fim do Mundo (***)
(A Oeste do Fim do Mundo), de Paulo Nascimento, Argentina / Brasil, 2013, 104 min

a oeste
Argentina. Um velho posto de gasolina perdido na imensidão da antiga estrada transcontinental é o refúgio do introspectivo Leon (César Troncoso). De poucas palavras, poucos gestos e nenhum amigo, sua solidão só é quebrada por um ou outro caminhoneiro eventual que passa por ali para abastecer. Ou pelas visitas sempre bem humoradas do sarcástico Silas (Nelson Diniz), um motociclista com ares de hippie aposentado. O tempo passa devagar nas margens da velha estrada. Até o dia em que a enigmática e inesperada chegada de Ana (Fernanda Moro) transforma radicalmente o cotidiano de Leon e Silas. Aos pés da imponente Cordilheira dos Andes, segredos que pareciam estar bem enterrados vêm à tona, reabrindo antigas feridas e mudando para sempre a vida dos protagonistas. (Do blog do Cine Bancários).

No Espaço Itaú 8, às 21h30
No Guion Center 3, às 20h30

O Mercado de Notícias (****)
(O Mercado de Notícias), de Jorge Furtado, Brasil, 2013, 94 min

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O Mercado de Notícias é um documentário de Jorge Furtado. Trata-se de um filme-coral onde 13 importantes jornalistas brasileiros dão depoimentos sobre vários temas relativos à atividade da imprensa no Brasil. São esmiuçados o sentido da profissão, as mudanças na maneira de consumir notícias, as transformações do presente — com a entrada da internet e o provável fim do jornal impresso — e o futuro da profissão. O filme também reflete casos recentes da política brasileira, onde a cobertura da imprensa, com algumas barrigas, teve papel de destaque. Como pano de fundo, há uma encenação da peça homônima de Ben Jonson (1572-1637), autor elisabetano que só não é mais conhecido em razão de ter nascido na mesma época e local que outro, de nome William Shakespeare. Excelente filme.

No Espaço Itaú 8, às 19h40

Antes do Inverno (****)
(Avant l’hiver), de Philippe Claudel, França, 2013, 102 min

Antes-do-Inverno-Avant-lhiver
Paul é um neurocirurgião de 60 anos casado com Lucie. Eles tem uma vida de comercial de margarina. Um dia, buquês de flores começam a ser entregues de forma anônima na casa deles no mesmo momento em que Lou, uma jovem de 20 anos não para de cruzar o caminho de Paul. Num primeiro momento, Paul trata de ignorá-las. No cotidiano, Paul parece uma pessoa fria, de atitudes repetitivas e mecânicas, mas a ideia de estar sendo vigiado lhe tira da zona de conforto e transforma sua vida, levantando todo tipo de desconfianças. Belo drama sobre desconexões afetivas, o bom Antes do inverno é um filme de grande beleza plástica onde o mistério nunca é deixado de lado.

Na Sala Norberto Lubisco, às 19h15

O que os homens falam (****)
(Una pistola en cada mano), de Cesc Gay, Espanha, 2012, 95 min

o que os homens falam
Oito homens de 40 e poucos anos sofrem de crise de identidade masculina. Todos têm uma confusão emocional em comum e seus comportamentos formam um mosaico de emoções que muitos homens não revelam. J está deprimido e torna-se a vítima perfeita da psicanálise. Perdeu tudo e agora vive com a mãe e o gato. S tenta reconquistar sua mulher. G tenta entender com a ajuda de drogas porque sua mulher o está traindo. Um retrato cômico e impiedoso dos homens de hoje. Maria Ângela Bulhões escreveu sobre o filme no Sul21: “Esse longa metragem nos apresenta os dramas cotidianos e mundanos de homens que estão vivendo crises na meia idade. Os protagonistas demonstram suas fragilidades em diferentes situações. Cada um deles está passando por um momento difícil na vida, enfrentando dificuldades profissionais, percalços na separação, experenciando traições ou mesmo tendo que se ver com sua agressividade e problemas na potência sexual. Todas essas questões são abordadas com muita leveza e graça, proporcionando ao publico boas risadas. De forma muito delicada e cuidadosa, os diferentes enredos mostram como os homens atravessam essas dificuldades, e como eles vão lidando com os enfrentamentos e fugas que daí decorrem. O filme constitui-se de diversos esquetes de encontros entre os personagens, que aos poucos vão sendo costurados numa trama mais geral. Através da amizade dos protagonistas, percebemos que proximidade que os homens podem ter entre eles não produz necessariamente intimidade”. Aqui, o artigo completo.

No Guion Center 2, às 20h45

O Médico Alemão (****)
(Wakolda), de Lucia Puenzo, França / Argentina / Espanha / Noruega, 2013, 93 min

o medico alemao
A Argentina serviu de refúgio para vários nazistas ao final da Segunda Guerra Mundial. O Médico Alemão trata de uma família argentina que, em 1960, atravessa a região desértica da Patagônia e conhece um médico alemão que aceita ajudá-los. Chegando em Bariloche, ele fica como convidado da hospedaria familiar. Todos gostam dos bons modos e conhecimentos científicos deste homem, que se mostra muito preocupado com Lilith, garotinha com um leve problema de crescimento. Mas todos ignoram que este homem é Josef Mengele, cientista nazista que realizou experimentos com humanos no campo de concentração de Auschwitz. Tema ingrato para a Argentina e a comunidade alemã do país, que sabia com quem lidava e colaborou para sua clandestinidade, que se manteria depois no Brasil – onde sua identidade só foi revelada após sua morte. Um filme repleto de méritos. Indicação argentina para o Oscar de melhor filme estrangeiro deste ano.

Na Sala Paulo Amorim, às 18h45

Exposições e Artes Plásticas

Jest sztuka absurdu
Galeria Ecarta (Av. João Pessoa, 943)
ATé 2/11
Visitação: de terça a sexta, das 10h às 19h; sábado, das 10h às 20h; e domingo, das 10h às 18h

A exposição “Jest sztuką absurdu” (arte do absurdo, em polonês) é norteada pela estética do pesadelo. A mostra, da artista visual Samy Sfoggia, foi selecionada por edital e é composta por cinco séries de trabalhos que tiveram como princípio a fotografia, especialmente de base química, e desenhos. Todas são resultado de uma pesquisa acadêmica na qual a autora aliou a teoria e a prática diária em laboratório fotográfico. A maioria das imagens da exposição, foram captadas em negativos de 35mm em P&B, que foram escaneados e manipulados digitalmente. Após serem impressas, as imagens sofreram alterações manuais e, em alguns casos, novamente digitalizadas e reimpressas.

(2) Série - Das Fremde in mir

Tempo é Contagioso
Espaço Ado Malagoli do IA/UFRGS (Rua Senhor dos Passos, 248)
Abertura quarta-feira (1º/10), às 19h
Visitação até 20/10, de segunda a sexta, das 10 às 18h

“Tempo é Contagioso” é a mostra de obras de Natalia Schul, aluna do Departamento de Artes Visuais do IA/UFRGS. As fotografias foram realizadas no ano de 2014, nos meios digital e analógico, no porão do Paço Municipal de Porto Alegre. Trata-se de ensaio de fotografia encenada em que uma pessoa estaria presa em uma memória, como uma lembrança mantida pelo tempo, “Tempo é contagioso” remete a este lugar, que já carrega uma história em si mesmo, e a esta relação desta pessoa com o espaço, um lugar que faz parte de seu imaginário.

Exposição O Tempo é Contagioso. Foto de Natalia Schul 02

Inundação
Galeria de Arte do DMAE (24 de outubro, 200)
Até 24/10, de segunda à sexta, das 8h às 17h30

Na exposição Inundação, Carolina Maróstica apresenta a série Reservatórios. Tratam-se de recipientes de vidro contendo pastas de cor feitas de massa de modelar e vaselina, que ora estão cobertas por líquidos, ora transbordam. As obras propõem um diálogo com o espaço da galeria, que costumava abrigar um reservatório de água para o abastecimento de Porto Alegre, trazendo à tona a memória do local. (Texto informada pela artista).

Exposição Inundação, Caroline Maróstica

 

VINTE (VER) QUINTANA
Até dia 26/09
Praia de Belas (Av. Praia de Belas, 1181)

A exposição VINTE (VER) QUINTANA reúne a produção literária do poeta gaúcho de uma forma diferente, unindo textos, fotos e áudio. O apoio de imagens é feito por 20 fotógrafos selecionados pela curadora Rochele Zandavalli. A exposição está instalada no 3º piso do Praia de Belas Shopping, tem produção da agência Maria Cultura e pode ser visitada diariamente, em horário de funcionamento do shopping. A entrada é franca.

Obra de Dulce Helfer - O Bilhete

Gilga Vogt: Uma Retrospectiva
No Margs, Praça da Alfândega, s/n
Até 28/9

Ocupando todas as cinco galerias superiores do Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Gilda Vogt – Uma Retrospectiva é uma vasta exposição que percorre todas as fases de sua trajetória artística. A exposição vem acompanhada de uma extensa publicação com diversos textos críticos, uma entrevista e uma cronologia de sua trajetória, assim como fotos de mais de 133 obras. A artista, que participou da Escola Brasil entre 1970 e 1973, vem produzindo intensamente desde 1965. Sua obra, ainda pouco vista, se considerarmos a grandiosidade e importância de sua produção em pintura, desenhos e aquarelas, recebe agora uma exposição digna da contribuição que esta vem dando para a produção artística brasileira. O Museu de Arte do Rio Grande do Sul, realiza, com a exposição da artista, a terceira retrospectiva de artistas que ainda não haviam recebido a atenção crítica que sua obra merecia. As retrospectivas anteriores, de Ana Norogrando e Mário Röhnelt, abriram o programa de exposições monográficas, o qual a retrospectiva de Gilda passa a integrar.

Natureza-morta (1971), de Gilda Vogt | Foto: Juan Guerra / Coleção MAC/USP
Natureza-morta (1971), de Gilda Vogt | Foto: Juan Guerra / Coleção MAC/USP

Atelier incessante — Liana Timm
No Centro Cultural CEEE Erico Verissimo, na Andradas, 1223
Até 30/10

Dividida em três principais seções – “Outro(s) de Mim”, “Vago(s) e Disperso(s)” e “Recorte(s) Imaginário(s)”, a exposição mistura diferentes linguagens artísticas, como artes visuais, literatura e artes cênicas. A instalação reúne biografemas poéticos, obras em arte digital, videoartes e performances. Os trabalhos retratam os fantasmas que perturbam os seres humanos de todos os tempos. Considerada uma das precursoras da arte digital no Rio Grande do Sul, Liana Timm explora diferentes conceitos em suas obras, como a “manualidade”, tecnologia, materialidade, história e contemporaneidade.

A Rainha dos Animais | Divulgação
A Rainha dos Animais | Divulgação

Das cores ao nosso redor
Espaço Ado Malagoli, no IA da Ufrgs (Rua Senhor dos Passos, 248)
Até 26/09

A exposição consiste na apresentação coletiva de pinturas dos artistas Bianca Barrios, Cadu Peixoto e Leticia Lopes. A curadoria da exposição é de Fernanda Medeiros. As obras apresentadas são trabalhos recentes desses artistas, que no processo de pintura de suas obras encontram o prazer da arte: são hipnotizados pela beleza das cores, seduzidos pela destreza da pintura e fascinados pela riqueza das texturas.
Das Cores

2ª Exposição Coletiva
Acervo Independente (Rua General Auto, 219)
Até 10/10
De segunda a sexta, das 14h às 19h; sábados, das 14h às 18h

A COLETIVA acontece nos meses de Fevereiro e Setembro unindo as mais variadas formas de Arte através de uma Convocatória aberta ao público. Para a 2ª edição foram selecionados 33 artistas que estarão expondo e vendendo seus trabalhos ao longo de toda a mostra.
Exposição Coletiva

Limites Sem Limites. Desenhos e Traços da Arte Povera
Fundação Iberê Camargo (Av. Padre Cacique, 2000)
Até 2/11
De terça a domingo, das 12h às 19h, quintas até às 21h

Limites Sem Limites. Desenhos e Traços da Arte Povera, apresentará, pela primeira vez na história, um recorte que revela como os artistas do movimento entenderam a prática do desenho. São 25 obras de 12 artistas do grupo original da corrente que, no final da década de 1960, quando a Itália havia acabado de se recuperar dos efeitos devastadores da Segunda Guerra Mundial e passava por grandes transformações sociais, tentaram quebrar a dicotomia entre a arte e a vida, principalmente através da criação de instalações feitas a partir de materiais do cotidiano.
Il disegno dello specchio 1979_Michelangelo Pistoletto_Courtesy Cittadellarte_Fondazione Pistoletto, Biella

Caixa do Elefante 23 anos
Café Sesc Centro (Av. Alberto Bins, 665)
Até 30/09
Das 8h às 20h, de segunda a sexta

A Exposição fotográfica resgata a história da companhia de teatro de bonecos, uma das mais atuantes e de maior destaque no panorama artístico nacional brasileiro. Desde 1991, a companhia frequenta inúmeros festivais e mostras teatrais pelo mundo inteiro. Ao longo de sua trajetória, tem acumulado uma vasta experiência na construção de diversos bonecos, cenografias e adereços cênicos, tanto para seus espetáculos como para outras companhias de teatro e programas televisivos, além de colaborar, por meio de workshops e oficinas, com a formação de público e profissionais de teatro.
Exposiçao-Caixa-de-Elefante_Foto-de-Eduardo-Almeida

Iberê Camargo: as horas [o tempo como motivo]
Na Fundação Iberê Camargo (Av. Padre Cacique, 2000)
Até 09/11
De terças a domingos, das 12 às 19h, quintas-feiras até às 21h

Com curadoria do filósofo e crítico de arte Lorenzo Mammì, a exposição joga luz sobre a produção do artista durante a década de 1980, em um ponto de virada de sua produção, quando Iberê volta a inserir figuras humanas em sua obra. Entre os carretéis e a produção tardia das idiotas e dos ciclistas, desponta um Iberê de cores fortes e de figuras abundantes, que reflete sobre o seu lugar no tempo e sobre o lugar do tempo na obra. As figuras de Iberê, frequentemente autorretratos, olham ora para os objetos, ora para fora do quadro, estabelecendo novas tensões internas às telas. A exposição também traz notícias de jornais pertencentes ao acervo documental da Fundação, mostrando como o artista era retratado pela mídia da época e contextualizando o recorte de obras apresentado.
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Música

Ospa — 15º Concerto Oficial
No Salão de Atos da UFRGS, Avenida Paulo Gama, 110
Em 30 de setembro, às 20h30

Conhecido do público brasileiro por sua atuação como diretor artístico do Theatro Municipal de São Paulo (2002-2005) e da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro, em Brasília (2007-2010), Levin é o principal regente convidado do Teatro Colón, de Buenos Aires, desde o início de 2013. Como solista, apresentou-se recentemente no Berlin Philharmonic Hall com a Orquestra Sinfônica de Berlim, interpretando Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791). Do compositor austríaco, a Ospa executa o “Concerto para piano nº 22”, K. 482. Este foi um dos três concertos para piano escritos por Mozart no inverno de 1785-1786, época muito produtiva em que criou sua ópera “As bodas de Fígaro”. Nesse momento, o músico já havia rompido seu vínculo com a corte, inaugurando nova página na história da música e abrindo espaço para a liberdade do compositor. A segunda obra da noite é a “Sinfonia nº 2”, Op. 73, de Johannes Brahms (1833-1897). Nascido em Hamburgo, Brahms viveu a maior parte de sua vida em Viena, onde conquistou fortuna e farto reconhecimento. Revolucionou a música de seu tempo, partindo de uma releitura da tradição alemã. A sua segunda sinfonia carrega um clima pastoral – foi escrita no verão de 1877 no cenário de cartão postal da localidade de Portschach, na Áustria.

Programa:
W. A. Mozart: Concerto para piano nº 22, K. 482
Johannes Brahms: Sinfonia nº 2, Op. 73
Regente e solista: Ira Levin
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Teatro e Dança

A Toca do Coelho
Teatro do Sesi ( Av. Assis Brasil, 8787)
Domingo (28), às 19h

Grande sucesso na Broadway, a versão brasileira de A Toca do Coelho traz Reinaldo Gianecchini, Bárbara Paz, Neusa Maria Faro, Simone Zucato e Rafael de Bona no elenco, com Dan Stulbach estreando na direção. A peça se passa na casa do casal Beca (Barbara Paz) e Paulo Corbett (Reinaldo Gianecchini), que precisam retornar à sua existência cotidiana após uma perda chocante e súbita. Oito meses antes, eles eram uma família feliz com tudo que queriam. Agora, eles estão presos em um labirinto de memórias, desejos, culpas, recriminações e raiva, e seguem caminhos opostos neste labirinto. Enquanto Paulo encontra conforto nas lembranças dos familiares, Beca encontra dor e estende a mão para o adolescente envolvido no acidente que provocou todas as mudanças em suas vidas. Ingressos: Plateia Baixa – R$ 100; Plateia Alta – R$ 90; Mezanino – R$ 70 (50% de desconto para Clientes Porto Seguro e Clientes Gol).

Foto: João Caldas / Divulgação
Foto: João Caldas / Divulgação

Bukowsky – Histórias da Vida Subterrânea
Teatro de Arena (Viaduto da Borges)
De 26 de setembro a 12 de outubro
Sextas, sábados e domingos, às 20h

O Grupo Depósito de Teatro apresenta o projeto Bukowski: Histórias da Vida Subterrânea. A cena é construída de forma fragmentada e não linear e busca enfatizar fatos importantes na vida do escritor Charles Bukowski, que se notabilizou por uma literatura de caráter extremamente auto-biográfico. A peça revela de forma teatral aspectos presentes no seu cotidiano, como seus 14 anos de trabalho ininterrupto nos correios de Los Angeles, sua relação com sua primeira mulher, sua infância e relação com seus pais, leituras que realizava em universidades e sua relação com as mulheres. Além disso, mostra-se no palco várias facetas do autor, revelando Bukowski a partir da revisitação aos seus poemas que tratam de temas existenciais do ser humano. Ingressos: Inteira R$ 30 e meia R$ 15 (estudantes, professores, idosos e classe artística). Ingressos antecipados: R$ 10,00.

​Foto: ​Izabelle Keenan

O Corcunda de Notre-Dame

Teatro Novo DC (Rua Frederico Mentz, 1561 D)
Até 26/10
Sextas e sábados, às 21h, e domingos, 20h

“Notre-Dame de Paris”, do francês Victor Hugo, escrito em 1831, tornou-se conhecido mundialmente em versões cinematográficas e em musicais. A maioria das versões conhecidas se detém, praticamente, no triângulo de amor impossível entre Quasímodo – o sineiro de Notre-Dame – Frollo, arquidiácono da Igreja, e a cigana Esmaralda. Além desta trama, a montagem da Cia. Teatro Novo colocará em cena também a questão dos excluídos, o choque de liberalismo contra as posições da Igreja na época, a xenofobia e a diferença entre as classes sociais existentes.Ingressos: R$ 50 inteiro; desconto de 50% para idosos acima de 60 anos; desconto de 10% para estudantes.
Foto 1 O Corcunda de Notre Dame - crédito Lisa Roos

Nos Embalos da Carochinha
Sala Alziro Azevedo (Av. Salgado Filho, 340)
Quartas-feiras de outubro (01, 08, 15, 22 e 29), às 12h30 e 19h30

No dia primeiro de outubro começa a temporada do espetáculo “Nos Embalos da Carochinha”. Baseado em conto homônimo publicado no livro “Sexo na Cabeça” de Luis Fernando Verissimo, a peça se passa num cenário absurdo e desenvolve trama ainda mais inusitada. Um inspetor é chamado com urgência para impedir um crime que está prestes a acontecer. Ao chegar lá, depara-se com os personagens dos mais diversos contos de fadas, porém, mudados e corrompidos pelo mundo e pela psicanálise.
Nos Embalos da Carochinha. Foto de Jessica Lusia


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