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5 de setembro de 2014
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14:54

Sul21 recomenda Amar, beber e cantar e Viva a liberdade

Por
Sul 21
[email protected]

Milton Ribeiro e Débora Fogliatto

O título Sul21 recomenda amar, beber e cantar e viva a liberdade mereceria um ponto de exclamação ao final, pois é nossa chamada mais “pra cima” de toda a série de “Recomendas”, coluna que já passou dos três anos de idade. E, realmente, os dois filmes indicados na manchete são uma celebração à vida, sendo que o primeiro parte de um cineasta de 91 anos e o segundo é uma sarcástica comédia italiana que satiriza o fazer político. São duas indicações quentes.

De quebra, temos um sensacional concerto da Ospa marcado para a próxima terça-feira às 20h30 e muito mais, basta dar uma olhada abaixo.

Todas as semanas, o Sul21 traz indicações de filmes, peças de teatro, exposições e música para seus leitores. Não se trata de uma programação completa, mas de recomendações dos melhores espetáculos que assistimos. O critério é a qualidade. Se você tiver sugestões sobre o formato e conteúdo de nosso guia, por favor, comente. Boa semana!

Cinema – Estreias

Viva a Liberdade (****)
(Viva La Libertà), de Roberto Andò, Itália, 2013, 94 min

viva a liberdade
O grande Toni Servillo de A Grande Beleza interpreta dois papéis na comédia de Roberto Andò, Viva a Liberdade. Ele é Enrico, um senador combatido pelo próprio partido e fracassado nas pesquisas eleitorais; mas também é Giovanni, seu irmão gêmeo, um encantador filósofo recém saído do manicômio. Quando Enrico se desespera e foge em busca de tranquilidade, Giovanni o substitui, fazendo as pesquisas dispararem a seu favor. A crise de representatividade que assola a Itália (caramba, que coincidência!) é explorada na inteligente comédia de Roberto Andò, tendo como principal instrumento o excepcional talento de Servillo. Viva a Liberdade mostra de maneira ácida os bastidores da política, entregue aos interesses dos seus dirigentes e cada vez mais longe de quem deveria representar.
http://youtu.be/Zz3ZAScQzHo
No Guion Center, às 14h45, 16h45, 18h45 e 20h45
No GNC Moinhos 4, às 15h40, 17h40, 19h45 e 21h50

Amar, beber e cantar (***)
(Aimer, boire et chanter), de Alain Resnais, França, 2013, 108 min

amar,beber e cantar 5
O notável Alain Resnais, diretor de Hiroshima, Meu Amor, O Ano Passado em Marienbad, Providence, Meu Tio da América e tantos outros títulos clássicos, faleceu em março deste ano aos 91 anos, mas antes nos deixou uma última joia. Era uma tendência: nos últimos anos o diretor começou a fazer filmes mais leves e despojados, apesar de nada superficiais. Apenas parece que, com a idade, Resnais se tornara mais juvenil. Amar, Beber e Cantar é sobre uma peça dentro do filme — ensaiada por um grupo de amigos — mas também sobre um tal de George Riley do qual ouvimos muito, mas nunca vemos. Ele está doente e tem no máximo 6 meses de vida. Uma esplêndida despedida do mestre.

No Guion Center 2, às 14h30, 16h30, 18h30 e 20h30
No GNC Moinhos 1, às 13h20, 15h20, 19h35 e 21h40

Cinema – Em Cartaz

Magia ao Luar (***)
(Magic in the Moonlight), de Woody Allen, EUA, 2014, 97 min

magia ao luar
Um Woody Allen menor, mas que é uma boa diversão. Ah, quando você entrar no cinema, não olhe para o cartaz — este é tão horrível que você pode desistir de entrar na sala escura. A história é despretensiosa: Stanley (Colin Firth), um mágico com talento para desmascarar charlatões, é contratado para acabar com a suposta farsa de Sophie (Emma Stone), simpática jovem que afirma ser médium. Inicialmente cético, Stanley aos poucos começa a duvidar de suas certezas e se vê cada vez mais encantado pela moça. O filme tem um problema sério: a fraca atuação de Emma Stone. Ela é humilhada por Colin Firth, um tremendo ator. Como dissemos, um Allen menor, mas que não chega a ser uma fraude.
http://youtu.be/RID7NC37Cv0
No Cinemark Barra 1, às 18h20
No Espaço Itaú 5, às 13h20, 15h30, 17h40, 19h50 e 22h
No GNC Moinhos 2, às 14h, 16h, 18h, 20h e 22h
No GNC Praia de Belas 2, às 19h20 e 21h20

A Oeste do Fim do Mundo (***)
(A Oeste do Fim do Mundo), de Paulo Nascimento, Argentina / Brasil, 2013, 104 min

a oeste
Argentina. Um velho posto de gasolina perdido na imensidão da antiga estrada transcontinental é o refúgio do introspectivo Leon (César Troncoso). De poucas palavras, poucos gestos e nenhum amigo, sua solidão só é quebrada por um ou outro caminhoneiro eventual que passa por ali para abastecer. Ou pelas visitas sempre bem humoradas do sarcástico Silas (Nelson Diniz), um motociclista com ares de hippie aposentado. O tempo passa devagar nas margens da velha estrada. Até o dia em que a enigmática e inesperada chegada de Ana (Fernanda Moro) transforma radicalmente o cotidiano de Leon e Silas. Aos pés da imponente Cordilheira dos Andes, segredos que pareciam estar bem enterrados vêm à tona, reabrindo antigas feridas e mudando para sempre a vida dos protagonistas. (Do blog do Cine Bancários).

No CineBancários, às 17h e 19h
No Espaço Itaú 8, às 14h, 20h e 22h
No Guion Center 3, às 19h
Na Sala Eduardo Hirtz, às 14h30

A Casa Elétrica (***)
(A Casa Elétrica), de Gustavo Fogaça, 2012, Brasil, 114 minutos

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Buenos Aires, dias atuais. Uma discussão no tradicional Café Tortoni entre quatro senhores, profundos conhecedores sobre tango, desperta a atenção de um turista brasileiro. Ele tem uma informação: o primeiro tango registrado na história foi gravado no Brasil. Assim começa A Casa Elétrica, o filme baseado em fatos reais sobre a história de Savério Leonetti e sua fábrica de gramofones e sua gravadora de discos, em Porto Alegre no começo do século XX. Esta fascinante história é contada através da busca de um amor impossível e da realização dos sonhos de um imigrante recém chegado a Porto Alegre, passando por fatos reais e fundamentais da história da música popular gaúcha, brasileira e argentina. Um filme sobre um italiano, porto-alegrense por casualidade, portenho por opção e profundamente apaixonado pela música.

Na Sala Norberto Lubisco, às 17h30

O Mercado de Notícias (****)
(O Mercado de Notícias), de Jorge Furtado, Brasil, 2013, 94 min

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O Mercado de Notícias é um documentário de Jorge Furtado. Trata-se de um filme-coral onde 13 importantes jornalistas brasileiros dão depoimentos sobre vários temas relativos à atividade da imprensa no Brasil. São esmiuçados o sentido da profissão, as mudanças na maneira de consumir notícias, as transformações do presente — com a entrada da internet e o provável fim do jornal impresso — e o futuro da profissão. O filme também reflete casos recentes da política brasileira, onde a cobertura da imprensa, com algumas barrigas, teve papel de destaque. Como pano de fundo, há uma encenação da peça homônima de Ben Jonson (1572-1637), autor elisabetano que só não é mais conhecido em razão de ter nascido na mesma época e local que outro, de nome William Shakespeare. Excelente filme.

No CineBancários, às 15h
No Espaço Itaú 8, às 18h

Antes do Inverno (****)
(Avant l’hiver), de Philippe Claudel, França, 2013, 102 min

Antes-do-Inverno-Avant-lhiver
Paul é um neurocirurgião de 60 anos casado com Lucie. Eles tem uma vida de comercial de margarina. Um dia, buquês de flores começam a ser entregues de forma anônima na casa deles no mesmo momento em que Lou, uma jovem de 20 anos não para de cruzar o caminho de Paul. Num primeiro momento, Paul trata de ignorá-las. No cotidiano, Paul parece uma pessoa fria, de atitudes repetitivas e mecânicas, mas a ideia de estar sendo vigiado lhe tira da zona de conforto e transforma sua vida, levantando todo tipo de desconfianças. Belo drama sobre desconexões afetivas, o bom Antes do inverno é um filme de grande beleza plástica onde o mistério nunca é deixado de lado.

No Guion Center 3, às 15h
Na Sala Paulo Amorim, às 14h45

O que os homens falam (****)
(Una pistola en cada mano), de Cesc Gay, Espanha, 2012, 95 min

o que os homens falam
Oito homens de 40 e poucos anos sofrem de crise de identidade masculina. Todos têm uma confusão emocional em comum e seus comportamentos formam um mosaico de emoções que muitos homens não revelam. J está deprimido e torna-se a vítima perfeita da psicanálise. Perdeu tudo e agora vive com a mãe e o gato. S tenta reconquistar sua mulher. G tenta entender com a ajuda de drogas porque sua mulher o está traindo. Um retrato cômico e impiedoso dos homens de hoje. Maria Ângela Bulhões escreveu sobre o filme no Sul21: “Esse longa metragem nos apresenta os dramas cotidianos e mundanos de homens que estão vivendo crises na meia idade. Os protagonistas demonstram suas fragilidades em diferentes situações. Cada um deles está passando por um momento difícil na vida, enfrentando dificuldades profissionais, percalços na separação, experenciando traições ou mesmo tendo que se ver com sua agressividade e problemas na potência sexual. Todas essas questões são abordadas com muita leveza e graça, proporcionando ao publico boas risadas. De forma muito delicada e cuidadosa, os diferentes enredos mostram como os homens atravessam essas dificuldades, e como eles vão lidando com os enfrentamentos e fugas que daí decorrem. O filme constitui-se de diversos esquetes de encontros entre os personagens, que aos poucos vão sendo costurados numa trama mais geral. Através da amizade dos protagonistas, percebemos que proximidade que os homens podem ter entre eles não produz necessariamente intimidade”. Aqui, o artigo completo.

No Guion Center 3, às 17h

O Médico Alemão (****)
(Wakolda), de Lucia Puenzo, França / Argentina / Espanha / Noruega, 2013, 93 min

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A Argentina serviu de refúgio para vários nazistas ao final da Segunda Guerra Mundial. O Médico Alemão trata de uma família argentina que, em 1960, atravessa a região desértica da Patagônia e conhece um médico alemão que aceita ajudá-los. Chegando em Bariloche, ele fica como convidado da hospedaria familiar. Todos gostam dos bons modos e conhecimentos científicos deste homem, que se mostra muito preocupado com Lilith, garotinha com um leve problema de crescimento. Mas todos ignoram que este homem é Josef Mengele, cientista nazista que realizou experimentos com humanos no campo de concentração de Auschwitz. Tema ingrato para a Argentina e a comunidade alemã do país, que sabia com quem lidava e colaborou para sua clandestinidade, que se manteria depois no Brasil – onde sua identidade só foi revelada após sua morte. Um filme repleto de méritos. Indicação argentina para o Oscar de melhor filme estrangeiro deste ano.

Na Sala Eduardo Hirtz, às 19h30

Tabu (*****)
(Tabu), de Miguel Gomes, 2012, Portugal / Brasil / Alemanha / França, 118 minutos

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Obra-prima. O melhor filme de 2013. Tabu é grande cinema. E esta afirmativa vem carregada de significados. Pois são as imagens da segunda parte do filme, “O Paraíso Perdido” — trecho com som, mas sem diálogos –, que dão sentido a esta elogiadíssima obra do português Miguel Gomes. Aliás, a seção “O Paraíso Perdido” é uma arrebatadora reconstrução parcial da memória de tempos idos. Tabu foi filmado em glorioso preto e branco e conta uma história de amor. Dele emana um charme passadista, mas sem ranços, devido a uma estrutura narrativa cheia de artifícios inteligentes e de bom gosto. Pleno de poesia e de estupendos recursos técnicos que trabalham para a história e originalidade, Tabu é imperdível.

Na Sala Norberto Lubisco, às 15h15

Exposições e Artes Plásticas

Das cores ao nosso redor
Espaço Ado Malagoli, no IA da Ufrgs (Rua Senhor dos Passos, 248)
Até 26/09

A exposição consiste na apresentação coletiva de pinturas dos artistas Bianca Barrios, Cadu Peixoto e Leticia Lopes. A curadoria da exposição é de Fernanda Medeiros. As obras apresentadas são trabalhos recentes desses artistas, que no processo de pintura de suas obras encontram o prazer da arte: são hipnotizados pela beleza das cores, seduzidos pela destreza da pintura e fascinados pela riqueza das texturas.
Das Cores

2ª Exposição Coletiva
Acervo Independente (Rua General Auto, 219)
Abertura no sábado (6), às 16; visitação até 10/10
De segunda a sexta, das 14h às 19h; sábados, das 14h às 18h

A COLETIVA acontece nos meses de Fevereiro e Setembro unindo as mais variadas formas de Arte através de uma Convocatória aberta ao público. Para a 2ª edição foram selecionados 33 artistas que estarão expondo e vendendo seus trabalhos ao longo de toda a mostra.
Exposição Coletiva

Pelos Caminhos da Cidade
Galeria Onda, 5º andar CCMQ (Andradas, 736).
Até 24/09
Segundas, a partir das 14h, de terças a sextas, das 9h e finais de semana, das 12h, com fechamento 21h

“Pelos Caminhos da Cidade” é a exposição de Gisele Verardi que propõe a reflexão poética através de recursos fotográficos, que misturam histórias e passar do tempo, evidenciando e humanizando a relação da população com a cidade.
caminhos

Limites Sem Limites. Desenhos e Traços da Arte Povera
Fundação Iberê Camargo (Av. Padre Cacique, 2000)
Até 2/11
De terça a domingo, das 12h às 19h, quintas até às 21h

Limites Sem Limites. Desenhos e Traços da Arte Povera, apresentará, pela primeira vez na história, um recorte que revela como os artistas do movimento entenderam a prática do desenho. São 25 obras de 12 artistas do grupo original da corrente que, no final da década de 1960, quando a Itália havia acabado de se recuperar dos efeitos devastadores da Segunda Guerra Mundial e passava por grandes transformações sociais, tentaram quebrar a dicotomia entre a arte e a vida, principalmente através da criação de instalações feitas a partir de materiais do cotidiano.
Il disegno dello specchio 1979_Michelangelo Pistoletto_Courtesy Cittadellarte_Fondazione Pistoletto, Biella

Caixa do Elefante 23 anos
Café Sesc Centro (Av. Alberto Bins, 665)
Até 30/09
Das 8h às 20h, de segunda a sexta

A Exposição fotográfica resgata a história da companhia de teatro de bonecos, uma das mais atuantes e de maior destaque no panorama artístico nacional brasileiro. Desde 1991, a companhia frequenta inúmeros festivais e mostras teatrais pelo mundo inteiro. Ao longo de sua trajetória, tem acumulado uma vasta experiência na construção de diversos bonecos, cenografias e adereços cênicos, tanto para seus espetáculos como para outras companhias de teatro e programas televisivos, além de colaborar, por meio de workshops e oficinas, com a formação de público e profissionais de teatro.
Exposiçao-Caixa-de-Elefante_Foto-de-Eduardo-Almeida

Cuba
2º andar da Usina do Gasômetro (Presidente João Goulart, 551)
Até 14/09
De terças a domingos, das 9h às 21h

A exposição reúne mais de 50 fotografias realizadas ao longo de diversas viagens da fotógrafa gaúcha Lisette Guerra à ilha caribenha entre 2009 e 2013. A exposição é acompanhada por um livro, cujas imagens traduzem o encantamento da fotógrafa por Cuba, motivado, inicialmente, pela dança e pelos ritmos musicais da ilha. A mostra é um registro das cores, belezas naturais, arquitetura, expressões culturais, gastronomia e principalmente do povo cubano, que, apesar das dificuldades, não perdeu a alegria, a criatividade e a musicalidade.
Cuba

Sobre Pôr – fotografias de Ricardo Ara
Galeria de Arte do DMAE
Até 12/09
De segunda a sexta, das 8h às 17h30

A série reúne fotografias construídas para lidar com a saudade. Ao mesmo tempo em que as imagens remetem a um passado, uma reflexão sobre o futuro se faz ao sobrepor cenários e personagens em um único quadro. Sobre Pôr é memória, mas também é sonho. A série começou a ser desenvolvida em 2011 e foi finalizada em 2013. No ano seguinte, em 2014, o trabalho foi selecionado para as noites de projeção do Festival de Fotografia de Tiradentes – Foto em Pauta, em Minas Gerais.
sobrepor

Corpo Presente
Galeria Lunara da Usina do Gasômetro (Presidente João Goulart, )
Até 14/09

Corpo Presente, de Denis Rodriguez e Leonardo Remor, é uma mostra fotográfica resultante da convivência e do olhar peregrino de dois fotógrafos, preocupados com a escassez de cenários que propiciem a integração total com a natureza.
Através do uso de impressão fotográfica em tecido, fumaça e 3 projetores artesanais, os fotógrafos convidam para uma imersão na fotografia paisagística.
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O Coração, Se Pudesse Pensar, Pararia
Galeria Augusto Meyer – 3º andar CCMQ (Andradas, 736).
Até 7/09
Segundas, das 14h às 19h, de terças a sextas, das 9h às 19h e sábados, domingos e feriados, das 12h às 19h

Exposição de trabalhos de Chana de Moura, com visitação até 7 de setembro. A entrada é franca. O Coração, Se Pudesse Pensar, Pararia é um apanhado da produção realizada por Chana nos últimos anos. Reúne desenhos, bordados, assemblages, instalação, fotografias e objetos. A artista trata de questões de seu universo íntimo de relações e, ao mesmo tempo, de conexões e relacionamento com o mundo exterior, com a natureza e a ideia de natural. Sempre a partir de seu ponto de vista particular e, por vezes, autorreferencial.
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Espaços de Identidade
Espaço Maurício Rosenblatt da CCMQ (Andradas, 736)
Até 7/09
Segundas, das 14h às 19h, de terças a sextas, das 9h às 19h e sábados, domingos e feriados, das 12h às 19h

Sílvia Giordani apresenta fotografias que denominou de naturezas mortas, num sentido não convencional, cujas imagens se desdobram no espaço por justaposições modulares, formando grandes painéis. Tais representações se configuram como seus espaços de identidade.
ESPACOS-DE-IDENTIDADE_Silvia-Giordani.2

Circulação
Fotogaleria Virgílio Calegari da CCMQ (Andradas, 736)
Até 7/09
Segundas, das 14h às 19h, de terças a sextas, das 9h às 19h e sábados, domingos e feriados, das 12h às 19h

Circulação, de Fernanda Soares, reúne litografias criadas a partir de uma estampa característica das antigas gravuras do século XV e de uma aquarela da artista botânica inglesa, Margarete Mee. O trabalho exposto conta com uma instalação na parede, com mais de 200 pequenas gravuras, a qual remete ao mapeamento da memória afetiva da artista.
CIRCULACAO_Fernanda-soares.2

Caio Fernando Abreu — Doces Memórias
No Centro Cultural CEEE Erico Verissimo, na Andradas, 1223
Até 13/09

Em cartaz no Centro Cultural CEEE Érico Veríssimo, em Porto Alegre, até o dia 2 de agosto, a exposição Caio Fernando Abreu – Doces Memórias resgata as particularidades do autor através dos seus pertences: objetos pessoais, fotos, quadros, roteiros, cartas, talismãs. No acervo que alimenta a exposição, cedido em parte pela família e em parte pela PUCRS, que faz a conservação de cerca de dois mil objetos, a personalidade de Caio se manifesta – o lado metódico e perfeccionista, nas muitas revisões de um único texto; a faceta mística bem desenvolvida, nos livros de magia branca e leitura de mãos, cartas de tarô, Buda, entre outros. Apresenta-se não só a figura do escritor revisitado, mas íntimo. O Caio F. que foi à escola e que teve, como todo mundo, amigos, saudades e crenças. Também o Caio nômade, que se despede, viaja e volta. (Roberta Fofonka)
Por Bernardo Jardim Ribeiro/Sul21

Imagens da Alma Brasileira
Centro Cultural Santa Casa (Independência, 75)
Até 07/09
De terça a domingo, das 9h às 18h

São 54 fotografias de Eduardo Tavares feitas em todo o território brasileiro, ao longo das últimas três décadas. As imagens documentam a relação dos brasileiros com o símbolo maior da pátria, sua bandeira. São expressões de alegria, tristeza, otimismo, luta, derrota, melancolia, entre outras, em diversos momentos e locais da vida brasileira.
Imagens da Alma Brasileira

Iberê Camargo: as horas [o tempo como motivo]
Na Fundação Iberê Camargo (Av. Padre Cacique, 2000)
Até 09/11
De terças a domingos, das 12 às 19h, quintas-feiras até às 21h

Com curadoria do filósofo e crítico de arte Lorenzo Mammì, a exposição joga luz sobre a produção do artista durante a década de 1980, em um ponto de virada de sua produção, quando Iberê volta a inserir figuras humanas em sua obra. Entre os carretéis e a produção tardia das idiotas e dos ciclistas, desponta um Iberê de cores fortes e de figuras abundantes, que reflete sobre o seu lugar no tempo e sobre o lugar do tempo na obra. As figuras de Iberê, frequentemente autorretratos, olham ora para os objetos, ora para fora do quadro, estabelecendo novas tensões internas às telas. A exposição também traz notícias de jornais pertencentes ao acervo documental da Fundação, mostrando como o artista era retratado pela mídia da época e contextualizando o recorte de obras apresentado.
Iberê Camargo_CONVITE [rev 03].indd

Música

13º Concerto Oficial da Ospa
Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa (Praça Marechal Deodoro, 101, Centro, Porto Alegre-RS)
Dia 9 de setembro, terça-feira, às 20h30

Ao chegar ao 13º concerto da sua temporada oficial, a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre recebe Tobias Volkmann, maestro gaúcho que vem trilhando uma trajetória de sucesso à frente de grandes orquestras do Brasil e do exterior. Sob a sua batuta, os músicos interpretam obras de compositores que deixaram um legado fundamental para a música do século XX: o brasileiro Camargo Guarnieri (1907-1993), o polonês Witold Lutosławski (1913-1994) e o russo Dmitri Shostakovich (1906-1975). A Ospa inicia o concerto com a Abertura Festiva de Camargo Guarnieri, um dos compositores brasileiros mais prolíficos. A música foi composta para o concerto inaugural de gala da temporada de 1971 da Orquestra Filarmônica de São Paulo. São também de Guarnieri as Três Danças Brasileiras: “Dança Brasileira”, “Dança Negra” e “Dança Selvagem”, que demonstram o uso do ritmo e das melodias das danças nacionais pelo compositor. Outra composição do repertório inspirada em melodias populares é a Pequena Suíte de Witold Lutosławski. A matéria-prima para a obra veio dos temas que o compositor escutou em um festival de música folclórica polonesa na aldeia de Machów, a leste de Cracóvia. Por fim, Dmitri Shostakovich, genial compositor russo, é revisitado através de sua Abertura Festiva, realizada para um concerto comemorativo ao aniversário da Revolução Russa no Teatro Bolshoi; e da Sinfonia nº 9, Op. 70, uma das suas três sinfonias que tomam como tema momentos da Segunda Guerra Mundial.

Programa
Camargo Guarnieri: Abertura Festiva
Witold Lutosławski: Pequena Suíte
Camargo Guarnieri: Três Danças Brasileiras
Dmitri Shostakovich: Abertura Festiva
Dmitri Shostakovich: Sinfonia nº 9, Op. 70

Regente: Tobias Volkmann

Os ingressos para o concerto custam R$ 20 para o público em geral e R$ 10 para estudantes, seniores e sócios do Clube do Assinante ZH. Eles podem ser adquiridos na segunda-feira, dia 8, das 11h às 18h, e na terça-feira, dia 9, das 11h até a hora do espetáculo, na bilheteria do teatro.

Tobias Volkmann

Teatro e Dança

Carimbaria & “Cenas do mundo no fim do pescoço”
Sábado (06), das 16h às 19h
Aldeia (R. Santana, 252)

A atriz e dramaturga Keli Freitas coleciona correspondências dos outros desde 2007. São cartas, postais e telegramas antigos, com datas de 1887 a 1990, que guardam verdadeiros tesouros poéticos involuntários. Pinçando algumas frases e transformando-as em carimbos, eis que surge o projeto Carimbaria. Juergen Cannes é autor de “Cenas do mundo no fim do pescoço”, um conjunto de trabalhos que combina poesia e artes gráficas. Juntos, eles vão apresentar suas obras, ler trechos e mostrar do que sua poesia se alimenta.

Carimbaria

Música Para Cortar os Pulsos
Sala Alziro Azevedo (Av. Salgado Filho, 340)
Quartas-feiras de setembro (dias 3, 10, 17 e 24), às 12h30 e 19h30

Através de monólogos, o espetáculo conta em dez cenas curtas a história de um triângulo amoroso entre amigos. Os diálogos entre os personagens são entrecortados, o que faz com que os atores falem diretamente com o público, que assume um papel de confidente do personagem. A iluminação é caracterizada pelo uso de lanternas que revelam partes dos personagens sem mostrar suas figuras completas. A música está presente durante todo o texto em pequenos fragmentos que permitem expressar de forma lírica os sentimentos dos personagens. Entrada franca.
cortar

O Corcunda de Notre-Dame
Teatro Novo DC (Rua Frederico Mentz, 1561 D)
Até 26/10
Sextas e sábados, às 21h, e domingos, 20h

“Notre-Dame de Paris”, do francês Victor Hugo, escrito em 1831, tornou-se conhecido mundialmente em versões cinematográficas e em musicais. A maioria das versões conhecidas se detém, praticamente, no triângulo de amor impossível entre Quasímodo – o sineiro de Notre-Dame – Frollo, arquidiácono da Igreja, e a cigana Esmaralda. Além desta trama, a montagem da Cia. Teatro Novo colocará em cena também a questão dos excluídos, o choque de liberalismo contra as posições da Igreja na época, a xenofobia e a diferença entre as classes sociais existentes.Ingressos: R$ 50 inteiro; desconto de 50% para idosos acima de 60 anos; desconto de 10% para estudantes.
Foto 1 O Corcunda de Notre Dame - crédito Lisa Roos


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