Lorena Paim
A Prefeitura de Porto Alegre formalizou nesta sexta-feira (10) o apoio ao Fórum Social Temático, que se realizará entre 21 e 26 deste mês. A ajuda se traduz principalmente em infraestrutura: equipamentos, lonas, coberturas de barracas, além de passagens aéreas para os convidados, outdoors e apoio logístico das empresas municipais de transporte e trânsito. Integrantes do comitê gestor do Fórum, reunidos com o prefeito, destacaram que os acordos nos âmbitos municipal, estadual e federal viabilizam o encontro que discutirá os temas crise do capitalismo, democracia, justiça social e ambiental.
No plano estadual, o apoio será na divulgação do evento; no federal, na parte de tradução das palestras dos convidados estrangeiros. Cada instância participa com o equivalente a R$ 1 milhão, segundo Lélio Falcão, do comitê organizador do FST. O investimento da Prefeitura deverá beneficiar principalmente a programação junto à Usina do Gasômetro e Largo Zumbi dos Palmares, além da instalação e funcionamento do Acampamento da Juventude e as ações de economia solidária.
O prefeito José Fortunati destacou, na reunião com o comitê e representantes dos movimentos populares, que um dos temas do FST – democracia – é muito oportuno, pois em 2014 se comemoram os 25 anos do Orçamento Participativo de Porto Alegre, instrumento que permite à população influir na aplicação dos recursos do Município. Ele também garantiu que a Prefeitura está preparada para receber um público de cerca de 20 mil pessoas. No que se refere às palestras, os organizadores esperam grandes debates na Câmara de Vereadores e na Assembleia Legislativa. E também aguardam a presença da presidente Dilma Rousseff, embora a agenda oficial informe que ela irá ao Fórum Econômico Mundial de Davos no dia 24.
Respondendo ao apelo de um coordenador do comitê gestor, Fortunati afirmou que buscará a volta do Fórum Social Mundial para Porto Alegre (aqui aconteceu a primeira edição, em 2001). Para isso, acrescentou, vem mantendo contatos desde o ano passado com Oded Grajew, idealizador desse evento, a fim de agilizar as negociações. “Temos uma concorrência forte de outras cidades do mundo, mas temos a nosso favor a tradição de experiências democráticas e participativas”, afirmou.
