Da Redação
Organizadores da serenata iluminada, que levou centenas de pessoas ao Parque da Redenção no último sábado (25), e a direção do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) da Capital deram declarações contrárias, nesta segunda (27), sobre o recolhimento do lixo que se acumulou no local. Enquanto o DMLU diz ter retirado, no domingo (26), três toneladas de lixo do parque, deixado por aqueles que participaram do evento, e não ter sido informado sobre a serenata, os organizadores garantem que informaram o órgão municipal e, inclusive, pediram que mais tonéis de lixo fossem disponibilizados na área.
O departamento alega que não foi comunicado para fazer a limpeza posterior do parque e que só tomou conhecimento do lixo acumulado ao ser notificado por frequentadores da Redenção. Segundo o diretor-geral do DMLU, André Carús, nem a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Smam), que seria responsável pela autorização para a serenata – já que, segundo ele, teria de ser paga uma taxa pela utilização do espaço -, foi comunicada. “Sempre somos solícitos, mas fomos pegos de surpresa”, completou Carús. Depois de avisado sobre a sujeira no local, o DMLU colocou 15 garis para fazer a limpeza e, no começo da tarde de domingo, o trabalho estava concluído.
Na página do evento no Facebook, os organizadores afirmam que solicitaram 30 latões de lixo extras antes da serenata, porém, não obtiveram retorno do DMLU. “O DMLU foi avisado, sim, formalmente, quatro dias antes”, garantiu Pedro Loss, um dos organizadores. Também segundo a organização, os participantes foram orientados durante o evento “a cuidar dos seus resíduos”. “Infelizmente, uma minoria não atendeu nossos pedidos”, diz a nota publicada na página do evento. Carús, entretanto, diz que nem o pedido de latões foi recebido pelo DMLU.
O evento, divulgado pelo Facebook e para o qual mais de 20 mil pessoas haviam confirmado presença na rede social, surgiu, segundo a página, com o intuito de ocupar o espaço urbano e “em prol de mais segurança, para que todos possam compartilhar o parque com amigos, vizinhos, familiares”.
