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9 de maio de 2015
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00:48

Porto Alegre tem ato em solidariedade a professores do Paraná

Por
Sul 21
sul21@sul21.com.br
Foto: Guilherme Santos/Sul21
Jovens, adultos e idosos andaram carregando velas e cartazes | Foto: Guilherme Santos/Sul21

Débora Fogliatto

Um evento, que começou sob a organização de duas universitárias no Facebook, transformou-se em um ato que reuniu dezenas de pessoas no centro de Porto Alegre nesta sexta-feira (8). Em protesto contra a violência do governo paranaense, comandado por Beto Richa (PSDB), professores, estudantes e trabalhadores marcharam do Largo Glênio Peres até o Palácio Piratini, carregando velas em sinal de luto pela educação no Paraná.

O ato foi pontual e curto. Marcado para às 18h, cerca de meia hora depois já saía em caminhada. Os manifestantes cantavam “O professor é meu amigo, mexeu com ele, mexeu comigo” e “Sartori, pode esperar, isso aqui vai virar o Paraná”, referindo-se ao governador gaúcho, José Ivo Sartori (PMDB), Nas mãos, levavam cartazes com frases como “Fora Beto Richa”, “Beto Hitler” e “O Cpers repudia o massacre de Beto Richa”.

“As medidas que Richa implantou lá não são diferentes do projeto que o governo quer fazer aqui”, criticou a professora Terezinha Bullé da Silva, diretora do 38 núcleo do Cpers/Sindicato. Ela afirmou que os docentes do 38 e 39 núcleo, que correspondem às zonas norte e sul de Porto Alegre, solidarizam-se com os colegas paranaenses e consideram as ações do governo e da Polícia Militar “um ataque brutal aos trabalhadores”. A direção do sindicato não emitiu convocatória oficial para o ato, segundo ela.

Foto: Guilherme Santos/Sul21
Parte do Cpers participou do ato | Foto: Guilherme Santos/Sul21

A caminhada aconteceu de forma tranquila, saindo pela avenida Borges de Medeiros, dobrando na Jerônimo de Ornelas até a Praça da Matriz. Em frente ao Palácio Piratini, manifestantes deixaram as velas brancas que carregavam nos degraus. Além do Cpers e de estudantes independentes, participaram do ato centrais sindicais, sindicatos de diversas categorias, movimentos de juventude e estudantis, incluindo o Diretório Central dos Estudantes da UFRGS e da PUC, e integrantes de partidos como PSTU e PSOL.

As organizadoras falaram ao final do ato, que durou cerca de 1h30, que estavam emocionadas com a adesão. Drika Cordonet e Amanda Gonçalves são estudantes de Licenciatura em História na UniLasalle e, enquanto conversavam sobre o ocorrido no Paraná, pensaram em concretizar um ato de solidariedade ãs vítimas de violência.

“A ideia foi se espalhando pelo Facebook e pelo boca a boca. O descaso com a educação tem que parar, professor é a base para qualquer carreira”, falou Drika, que futuramente também será professora. “Estamos muito felizes com a repercussão de hoje. Somos só duas estudantes, não somos de nenhum partido ou organização”, afirmou.

Foto: Guilherme Santos/Sul21
Em sinal de luto, manifestantes colocaram velas em frente ao Piratini | Foto: Guilherme Santos/Sul21

As meninas contaram com o apoio da Associação dos Servidores do Grupo Hospitalar Conceição, que forneceu o carro de som, e do Sindicato dos Servidores de Justiça do RS, que ajudou com materiais.

Violência no Paraná

No dia 29 de abril, em Curitiba, capital do Paraná, professores protestavam durante a votação do novo plano de previdência para os servidores da Educação, proposto por Richa. Na ocasião, após serem impedidos de entrar na Assembleia Legislativa, docentes foram agredidos pela PM do estado. Mais de 200 pessoas ficaram feridas.

O novo plano do ParanaPrevidência muda a forma de custeio da aposentadoria dos professores, a fim de economizar para os cofres públicos. Os professores estão em greve no estado desde o dia 25 de abril e reivindicam ainda 13,01% de reajuste para todas as faixas salariais e para os funcionários de escola.

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