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O ano que a torcida do Inter espera ser o da recuperação, depois do 2016 do rebaixamento, começou preocupante. Em dois jogos pelo Gauchão, o time ficou no empate com o Veranópolis e fracassou diante do Novo Hamburgo, na tarde sufocante deste sábado, no Beira-Rio (11.062 pessoas, renda de R$ 264.380).
Pior nem foi a derrota de 2 a 1, mas a repetição de velhos problemas do time, que se arrastam desde o ano passado.
Um deles: o vazio imenso no meio-campo, com volantes incapazes de combater e meias muito dispersos, que não conseguem organizar as jogadas ofensivas.
O outro: a fragilidade diante dos contra-ataques adversários. Foi assim no empate com o Veranópolis. Dois minutos depois de fazer 1 a 0, a defesa foi surpreendida com um lançamento em diagonal. A defesa parecia desatenta e, claramente, sem velocidade.
Foi assim também contra o Novo Hamburgo. Os dois gols do primeiro tempo surgiram desta maneira. No primeiro, a defesa não conseguiu evitar a troca de passes rápidas até a conclusão de Preto, aos 42 minutos.
Dois minutos depois, de um escanteio favorável ao Inter, o Novo Hamburgo marcou de novo. Contra-ataque rápido, a tal ponto que o fim da jogada mostrou três jogadores adversários diante de um único zagueiro. O passe encontrou Jardel, que apenas tocou na saída de Danilo, fazendo 2 a 0.
Antônio Carlos ouviu as primeiras vaias ao deixar o campo. No intercalo, atendeu a um dos pedidos da torcida: trocou Fernando Bob pelo jovem Charles.
O time melhorou. Pouco depois, mandou Júnio entrar no lugar do cansado Ceará. Novo acréscimo. Os dois jovens que foram destaque na vitória sobre o Brasil, pela Primeira Liga, só que o Inter já tinha perdido todo o primeiro tempo.
Na arquibancada, o torcedor reclamava exatamente disso: a escalação de jogadores que fracassaram no ano passado é perda de tempo.
Melhorou tanto que passou a dominar, com o meio mais organizado, e a ter mais força na frente. E aos 26 minutos, em uma boa jogada, Uendel cruzou e Nico López, pelo meio, concluiu para a rede.
Antônio Carlos deve ter percebido que terá muito mais trabalho do que imaginava pela frente – e já percebeu que a paciência da torcida não é muito elástica.