O Diário Oficial da União (DOU) traz na edição desta quarta-feira (30) a nomeação de Victor Godoy Veiga como ministro interino da Educação. Veiga, que até então era secretário-executivo do Ministério, substitui Milton Ribeiro, que deixou o cargo na segunda-feira (28) depois de escândalo em que pastores atuavam em “gabinete paralelo”, cobrando propina por liberação de verbas do ministério para prefeituras. Ele é o quinto ministro da Educação do governo Bolsonaro.
Antes de ser convidado para assumir a secretaria-executiva do MEC, Victor Godoy Veiga fez carreira como auditor federal de finanças e controle da Controladoria-Geral da União (CGU), onde trabalhou de 2004 a 2020. Na CGU, Godoy atuou como auditor federal, chefe de divisão, coordenador-geral e diretor-substituto de auditoria e diretor de auditoria da área social e de acordos de leniência.
Apesar do anúncio da saída de Milton Ribeiro, a nomeação em caráter interino indica que o ex-ministro ainda pode voltar ao cargo. Na segunda-feira, ele disse que não estava se despedindo e que a saída era apena um “até breve” para esclarecer os fatos. “Depois de demonstrada minha inocência estarei de volta, para ajudar meu país e o Presidente Bolsonaro na sua difícil mas vitoriosa caminhada.”
Ribeiro é alvo de um inquérito da Polícia Federal (PF) e do Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeitas de favorecimentos a pastores na distribuição de verbas do Ministério da Educação (MEC).
Em um áudio gravado em uma reunião do MEC, Milton Ribeiro fala sobre o orçamento da pasta, cortes de recursos da educação e a liberação de dinheiro para obras de creches, escolas, quadras ou para compra de equipamentos de tecnologia. “Porque a minha prioridade é atender primeiro os municípios que mais precisam e, em segundo, atender a todos os que são amigos do pastor Gilmar”, diz o ministro na conversa.