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16 de julho de 2010
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13:03

Sanções já trazem efeitos negativos à economia iraniana

Por
Sul 21
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Felipe Prestes

As novas sanções internacionais impostas ao Irã já têm afetado o país. Um mês após resolução da ONU e medidas unilaterais aplicadas por Estados Unidos e países europeus, algumas grandes empresas estrangeiras já deixaram a república islâmica. A maioria delas está ligada ao setor petroleiro, responsável por 85% do ingresso de recursos ao país. O Irã já teria inclusive dificuldades em manter os níveis de extração de petróleo e no abastecimento de gasolina.

Empresas como Siemens, Daimler e Caterpillar teriam encerrado suas atividades em Teerã por medo um possível fechamento do mercado dos Estados Unidos, o que também fizeram alguns dos grandes bancos europeus. Shell, da Holanda, e Total, da França deixaram de vender gasolina ao país asiático. A British Petroleum – aquela do vazamento de óleo no golfo do México – suspendeu o abastecimento aos aviões iranianos, e a espanhola Repsol se retirou de um projeto de extração de gás.

Uma nova lei de sanções feita pelos Estados Unidos penaliza qualquer indivíduo ou organização que prover o Irã com bens, serviços ou tecnologia, a partir de 1 milhão de dólares. Trinta anos de bloqueio tecnológico norte-americano também tem colocado a indústria do petróleo em má situação no país muçulmano.

As restrições comerciais e pressões políticas também têm dificultado os iranianos a vender seu petróleo, que custa muito caro devido a esses percalços. Compradores importantes como Japão, Índia e até a China (tradicional aliada de Teerã) têm procurado outros mercados, principalmente o da Arábia Saudita. Isso tem obrigado o governo iraniano a oferecer descontos entre três e sete dólares por barril de petróleo.

Com informações do El Pais (Espanha)


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