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11 de setembro de 2010
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21:01

No 11 de setembro, Obama lembra: “Não foi uma religião que nos atacou”

Por
Sul 21
sul21@sul21.com.br

ReproduçãoNubia Silveira

O mundo lembrou, hoje (11), os ataques terroristas às Torres Gêmeas do World Trade Center (WTC), em Nova York, no dia 11 de setembro de 2001. Naquele dia dois aviões comerciais foram jogados contra as torres e um contra o Pentágono. O quarto avião, sequestrado pelos terroristas da Al Qaeda, liderada por Osama Bin Laden, caiu na Pensilvânia. Recordando os debates que antecederam a data, este ano, sobre a construção de uma mesquita, próxima ao Marco Zero, onde ficavam as torres, e a promessa de um pastor de queimar o Alcorão, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, apelou à unidade do país, em discurso, durante ato realizado no Pentágano: “Como nação, como indivíduos, devemos refletir sobre como rendemos uma melhor homenagem às vítimas dos ataques à nação”. Em seu discurso, afirmou que “a melhor homenagem que podemos fazer (às vítimas), nossa melhor arma, o que mais temem nossos adversários, é continuar sendo o que somos, renovar nosso propósito comum, continuar defendendo a personalidade de nossa nação”.

Os Estados Unidos – disse Obama – “nunca entrarão em guerra com o islã. Na foi uma religião que nos atacou aquele dia, há nove anos, foi a Al-Qaeda”. O presidente norte-americano afirmou ainda: “Nós condenamos a intolerância e o extremismo no mundo todo, e defendemos os direitos fundamentais de todos os homens e mulheres, inclusive o direito a praticar livremente sua religião”. Ele alertou que, apesar de haver pessoas que usam os ataques de 11 setembro, “para estender o ódio e criar divisões”, o país não sacrificará as liberdades que abraçou.

O vice-presidente norte-americano, Joe Biden, participou de uma cerimônia em nova York, no Marco Zero, com o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg. No local, como é tradicionalmente feito, foi lida a lista com os nomes das 2.752 pessoas mortas nos ataques às torres. A primeira-dama, Michelle Obama, e sua antecessora, Laura Bush estiveram em Shanksville, na Pensilvânia, onde caiu o quarto avião, derrubado pelos próprios passageiros, impedindo o seu uso pelos terroristas. Ao homenagear as 44 pessoas mortas no acidente, Michelle Obama ressaltou: “Quando chegou o momento agiram em uníssono e mudaram o curso da história. Não sabiam o que iriam salvar, e mesmo assim decidiram dar sua vida por isso”. No local, será construído um monumento em homenagem às vítimas, que deverá estar concluído em 2011.

Intolerância

Em frente à Casa Branca, um grupo de poucas pessoas arrancou as páginas de um exemplar do Alcorão, neste sábado (11). Segundo eles, com o ato queriam denunciar a “mentira do islamismo”. Uma das pessoas – Randall Terry – afirmou que “uma das razões pelas quais fazemos isso é para que acabe a mentira segundo a qual o Islã é uma religião pacífica”. Outro membro do grupo, Andrew Beacham, leu algumas passagens do livro sagrado dos muçulmanos, interpretadas pelo grupo como chamadas ao ódio contra judeus e cristãos.
A polícia não interferiu. Manteve-se à distância e anotou os nomes dos integrantes do grupo, que chamou a atenção apenas de alguns jornalistas e turistas.

Balanço

Os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 resultaram na morte de 2.965 pessoas, sendo que a maioria (2.752) estava no WTC. Até hoje são encontrados restos mortais no local onde ficavam as torres. As autoridades ainda não conseguiram identificar 40% dos corpos. A identificação de 800 deles foi feito por meio de exames de DNA.

Com informações de O Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo, G1 e Terra


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