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31 de agosto de 2011
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16:24

Para deputado, usinas no rio Uruguai não afetarão Salto do Yucumã

Por
Sul 21
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"Havendo a garantia da sustentabilidade ambiental, temos que incentivar o projeto", defende Jerônimo Goergen | Foto: Agência AL

Vivian Virissimo

Não há risco de que o Salto do Yucumã, maior queda d’água longitudinal do mundo, desapareça em função da construção das usinas de Garabi e Panambi, no Rio Uruguai. A afirmação é do deputado federal Jerônimo Goergen (PP-RS), baseado em informações fornecidas pelo secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, em audiência realizada em março, em Brasília.

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“O secretário-executivo, que atuava como ministro interino na época, recebeu os prefeitos da região das Missões e Celeiro e deu a garantia de que não existe nenhum risco de supressão do Salto do Yucumã. Depois dessa audiência ficamos tranquilos de que o maior patrimônio ambiental do Rio Grande do Sul será preservado”, afirma o deputado.

Para Goergen, a construção das usinas hidrelétrica é uma demanda tanto do Estado quanto do país. “Serão gerados empregos na construção da obra, agregará retornos fiscais, além de dar um outro contexto de infraestrutura como um todo para a região. Havendo a garantia da sustentabilidade ambiental, temos que incentivar o projeto”, defende.

Embora os estudos técnicos ainda não tenham sido iniciados para descartar defnitivamente a possibilidade de desaparecimento do Salto do Yucumã, Goergen afirma que o modelo de Garabi e Panambi leva em consideração a preservação do Salto. “Há uma determinação do governo que isso não aconteça. O modelo da usina de Garabi e Panambi leva em conta a sustentabilidade ambiental para assegurar que o projeto não apresente riscos ao Salto do Yucumã”, diz o deputado.

Ambientalistas alertam que as duas novas usinas projetadas no rio Uruguai podem comprometer o Salto do Yucumã | Foto: Elisêngela Paim/Divulgação

Rebatendo os argumentos de que o Usina de Foz do Iguaçu já afetou a visibilidade do Salto, Goergen ressalta que as alterações percebidas também podem ser atribuídas as constantes cheias do Rio Uruguai, não apenas pelo barramento. Na audiência, o secretário-executivo Márcio Zimermann adiantou que a atuação das hidrelétricas deve afetar o índice de volume d´água em 2%, sendo que naturalmente o rio Uruguai já afeta cerca de 4% a 5%.

Zimerman também garantiu que após a conclusão dos estudos serão promovidas reuniões com as prefeituras de municípios envolvidos para o esclarecimento de quais serão as áreas inundadas, para que haja indenização e realocação de possíveis moradores atingidos. Na audiência em Brasília, estiveram presentes os prefeitos municipais de Tenente Portela, Clairton Carboni, de Derrubadas, Almir Bagega, de Santo Ângelo, Eduardo Loureiro.


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