Da Redação
Uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (27) revela que a popularidade do presidente chileno Sebastián Piñera chegou a 22%, o menor nível desde 1990, quando a ditadura de Augusto Pinochet chegou ao fim. Entre os estudantes, a reprovação é ainda pior, com somente 9% dos entrevistandos apoiando o presidente. Desde maio, os chilenos promovem grandes protestos contra o modelo educacional do país.
Segundo os números da pesquisa, 67% dos chilenos confiam “pouco” no atual presidente do país. Além disso, 71% dos entrevistados consideram a gestão de Piñera como um “governo de empresários”. Em setembro de 2010, esse número era de 42%, enquanto a aprovação do presidente estava em 56%. O levantamento consultou 1,2 mil chilenos entre os dias 18 e 28 de agosto.
Os protestos não trouxeram consequências apenas à popularidade do presidente. A principal preocupação das pessoas neste momento é a educação, segundo 73% dos entrevistados. O índice era de 24% pouco antes das reivindicações tomarem às ruas chilenas. As outras áreas que preocupam os chilenos são violência e saúde.
Dos entrevistados, 89% apoiam as demandas estudantis. Apenas 22% das pessoas ouvidas acreditam que o governo está buscando uma solução para as questões.
Os números indicam ainda que a ex-presidente Michelle Bachelet é a figura com mais futuro político, na opinião de 35% dos entrevistados. Ela é seguida por Laurence Golborne, com 24%. Para 32% dos chilenos consultados, Bachelet será a próxima presidente do país.
Outro dado relevante na pesquisa se trata da percepção dos chilenos sobre a ditadura de Pinochet que se alterou nos últimos meses. Atualmente 63% dos entrevistados acreditam que os anos sobre os comandos do ditador foram ruins. Em dezembro de 2009, tal percepção atingia somente 35% dos entrevistados.
Com informações do Opera Mundi