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Da Redação
Assessores do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), passaram a monitorar as manifestações organizadas nas redes sociais para evitar que Alckmin seja alvo de protestos em agendas públicas. Nos últimos seis dias, ele não compareceu a dois eventos. Ambos foram marcados por atos contra o governo, detectados previamente pelas cúpulas da Casa Civil e da Comunicação do Palácio dos Bandeirantes.
Questionada pela reportagem da Folha de S. Paulo, a assessoria negou a nova estratégia do governador. “A hipótese [de que Alckmin está evitando protestos] é um desrespeito à história do governador e uma tentativa de travestir grupelhos truculentos de movimentos democráticos”.
O primeiro furo na agenda oficial foi na última quarta-feira (25), quando o governador deixou de participar de missa na catedral da Sé pelo aniversário de São Paulo. A decisão foi tomada na noite que antecedeu o evento com base no monitoramento das redes sociais. A missa ficou marcada pelas imagens do prefeito Gilberto Kassab sendo atingido por ovos atirados por pessoas que protestavam contra o despejo em Pinheirinho, em São José dos Campos. Ciente da manifestação, Alckmin foi representado pelo vice, Guilherme Afif Domingos.
A mesma postura foi adotada no último sábado, quando o governador faltou à inauguração da nova sede do Museu de Arte Contemporânea (MAC). Também houve protesto na saída do evento, mas dessa vez, além de ovos, os manifestantes levaram sacos com chuchus para arremessar contra as autoridades. Os vegetais eram referência a apelido dado ao governador pelo colunista José Simão, que o chamou de “picolé de chuchu”.
Em nota, a assessoria de imprensa do governo negou que Alckmin tenha faltado à inauguração do MAC. Disse que o governador não havia confirmado presença tanto que cumpriu outra agenda, na região da Nova Luz. O texto diz ainda que Alckmin não foi à missa do aniversário de São Paulo “por uma questão familiar”.
Com informações da Folha de S. Paulo