Da Redação
Ao menos 20 pessoas morreram e 41 ficaram feridas em um atentado suicida contra um mercado lotado em Bajaur, no noroeste do Paquistão. De acordo com a polícia local, o responsável pelo ataque foi um militante talibã que teria entre 14 e 16 anos. Este é o mais violento atentado no país desde que um outro terrorista matou 22 pessoas numa mesquita em Khybar, no último dia 2 de março.
O ato desta sexta-feira (4) foi reivindicado pelo Movimento dos Talibãs do Paquistão (TTP), principal grupo rebelde do país. De acordo com o grupo, os alvos eram o chefe local da polícia tribal e um de seus homens, encarregados pelo governo de combater as atividades talibãs na região. No últimos cinco anos, o TTP assumiu a autoria de mais de 530 atentados – a maioria deles suicida -, que deixaram cerca de 5 mil mortos em todo o Paquistão. Autoridades locais dizem que a área, que faz fronteira com o Afeganistão, é repleta de militantes ligados à rede terrorista Al-Qaeda.
“Vinte pessoas – entre elas, cinco policiais – morreram”, declarou Islam Zeb, chefe da administração de Bajaur. De acordo com um outro funcionário do governo, o suicida veio caminhando em direção a um posto de controle da polícia e detonou as bombas, que estavam presas a sua roupa. A explosão também destruiu várias lojas e um restaurante.
Documentos de Osama Bin-Laden
Nesta quinta-feira, os Estados Unidos divulgaram documentos atribuídos a Osama Bin Laden, em que o antigo líder da Al-Qaeda reclamava ao chefe do TTP, Hakimullah Mehsud, de certas práticas do grupo no Paquistão, principalmente, dos atentados suicidas. Bin Laden estaria insatisfeito com o número excessivo de vítimas civis. Na última quarta-feira, completou-se um ano que o número um da Al-Qaeda foi capturado e morto por tropas estadunidenses. Tanto a Al-Qaeda quanto o TTP prometeram vingança pela morte do líder e, justamente por isso, as forças de segurança do Paquistão estão em estado de alerta desde quarta-feira.
Com informações da RFI
