Da Redação
Em nota conjunta, clubes que representam militares fora da ativa das três Forças Armadas criticaram a presidenta Dilma Rousseff por ela não ter demonstrado “desacordo” em relação a declarações de ministras e do Partido dos Trabalhadores sobre o período da ditadura militar (1964-1985).
“Ao completar o primeiro ano do mandato, paulatinamente vê-se a presidente afastando-se das premissas por ela mesma estipuladas no início de seu governo, quando Dilma disse que não haveria discriminação, privilégios e compadrio em sua gestão”, escreveram os militares.
A nota, divulgada primeiramente pelo jornal O Estado de S. Paulo, cita três declarações. A da ministra dos Direitos Humanos Maria do Rosário ao Correio Braziliense, segundo a qual a Comissão da Verdade poderia levar a responsabilizações criminais de agentes públicos mesmo com a Lei da Anistia. Outro alvo dos clubes foi a ministra das Mulheres, Eleonora Menicucci, que, na visão dos militares, “teceu críticas exacerbadas aos governos militares e, se autoelogiando, ressaltou o fato de ter lutado pela democracia”.
“Ora, todos sabemos que o grupo ao qual pertenceu a srª Eleonora conduziu suas ações no sentido de implantar, pela força, uma ditadura [comunista], nunca tendo pretendido a democracia”, diz a nota sobre a antiga companheira de prisão de Dilma durante os anos de chumbo.
Por fim, o texto se volta contra resolução divulgada no aniversário do PT, que diz que o partido “estará empenhado junto com a sociedade no resgate de nossa memória da luta pela democracia (sic) durante o período da ditadura militar”. Os clubes dizem que a “a assertiva é uma falácia”, pois na época da criação da sigla a abertura política já havia ocorrido.
Com informações da Folha de S. Paulo