Primavera no mundo árabe?
Árabes derrubam muro do medo. E democracia chega sem ajuda do Ocidente
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“Quem dividiu essas pessoas foram os ocidentais, dividindo o povo árabe em uma série de colônias. Para os EUA, por exemplo, pode ser a pior das ditaduras, desde que esteja a favor de seus interesses políticos e econômicos. Em alguns lugares derrubou reis, colocou outros no poder, sempre levando em conta as próprias conveniências. Para o povo árabe, essa situação tornou-se insuportável. Na verdade, o povo árabe é um só”
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“Muita gente gosta de comparar com 1968, não acho que seja assim, mas, às vezes, tenho a sensação de estar em 68. Aquele ano foi a quebra de paradigmas, depois de uma década careta (de 50), a coisa vai evoluindo e em 68 neguinho chuta o pau da barraca. Agora, as décadas de 1990 e 2000 foram uma merda e você começa a ter uma insatisfação. A pessoa uma hora cansa e parte para dentro”
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Ataques na Noruega
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“Ele não está só. Manifesta uma forma de pensar que se opõe à democracia. Um dos pilares dos regimes democráticos é a convivência com as diferenças, e esse ataque é exatamente o oposto: uma manifestação motivada por intolerância e que defende a intolerância”
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Brasil acolhe Cesare Battisti
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“Trata-se de uma decisão soberana e autônoma do Brasil. Não seria razoável alimentar uma situação tensa entre dois países, ainda mais baseada em uma condenação, no mínimo, nebulosa como essa. Acredito que está sendo feito muito barulho por nada, em cima de algo controvertido. A postura da Itália tem sido muito indelicada, até mesmo arrogante”
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“A única coisa de que eu tenho medo é de daqui a uns dias a gente simplesmente vá para casa e depois se encontre uma vez por ano para beber cerveja relembrando nostalgicamente: ‘que momento gostoso nós tivemos ali’. Prometam a si mesmos que este não será o caso. Sabemos que muitas vezes as pessoas têm desejo por alguma coisa mas não a querem de fato. Não tenham medo de querer de verdade aquilo que vocês desejam”
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Palestina luta por reconhecimento da ONU
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“A votação em Paris é um lembrete da popularidade que o pedido da Palestina por ser membro pleno da ONU tem na maior parte do mundo. Os EUA usarão seu poder de veto, mas eles realmente, realmente prefeririam não fazê-lo”
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“O euro não vai acabar. Talvez alguns países saíam da Zona do Euro, vamos ter uma zona menor, apenas com os países centrais. Não penso que a Itália possa sair do euro, isto seria completamente ridículo. O problema não é o euro, mas sair de uma Europa neoliberal”
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No Chile, estudantes pedem mudanças
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“O modelo de educação vem da época do Pinochet, faz parte do intento de privatizar a economia. Na minha opinião, o pior não é o modelo educacional, o pior é o sistema educacional. Todas as pessoas estão falando do modelo estrutural, do negócio de educação, só que estamos falando da maneira que educamos nossos filhos. O sistema educacional é demasiado hierárquico, não permite que as pessoas aprendam, pensem, analisem”
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“Se não estivéssemos fazendo uma revolta, vocês não estariam aqui me ouvindo, não é? Dois meses atrás, nós marchamos até a Scotland Yard, mais de duas mil pessoas, todas vestidas de preto, tudo calmo e pacífico e quer saber? Nem uma palavra na imprensa. Na noite passada, bastou um pouco de revolta e saques, e agora olhem ao seu redor”
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“Nesse templo pude perceber o clamor religioso se expressar — mas muito mais do que isso, tive a oportunidade de ver, por inúmeras vezes, as pessoas vivenciarem a mesquita e a religião. Percebi que as pessoas não iam ao santuário apenas para rezar: elas sentavam-se nos imensos salões e liam, estudavam e até acompanhavam as crianças engatinharem pelos tapetes. A mesquita não oprime o fiel, não restringe seus acessos. Por isso, está sempre lotada”
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“O pior que pode acontecer com as pessoas é ser pequeninhas. Não sejamos pequeninhos, sejamos grandes! Na vitória sempre é necessário ser ainda mais grande, mais generoso, mais compreensivo e mais agradecido”
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“Ainda que tardiamente, o Peru fortalece a tendência progressista que temos verificado na América do Sul. A tendência é de que governos mais à direita, como a Colômbia e o Chile, ofereçam apoio para a oposição peruana. Acho que essa combinação (de política interna e externa) peruana é bastante explosiva”
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