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29 de julho de 2011
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12:12

Dilma vê ‘ameaça global’ por ‘insensatez’ de EUA e Europa na crise

Por
Sul 21
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Dilma vê ‘ameaça global’ por ‘insensatez’ de EUA e Europa na crise
Dilma vê ‘ameaça global’ por ‘insensatez’ de EUA e Europa na crise
Presidenta Dilma Rousseff recebe cumprimento do Prefeito de Urubama (Machu Picchu) ao chegar no Hotel Swissôtel | Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

Da Redação

Em Lima para a posse do presidente peruano Ollanta Humala, a presidenta Dilma Rousseff afirmou nesta quinta-feira (28) que a “insensatez” e a “incapacidade política” da Europa e dos Estados Unidos de encontrarem uma solução para a crise financeira geram uma “ameaça global”. Para Dilma, os presidentes da América Latina devem encontrar uma alternativa conjunta para enfrentar a crise.

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“Esse quadro onde a insensatez é a regra, e a marcha da insensatez parece ser o caminho, só reforça a necessidade de nossa união”, afirmou Dilma durante um encontro com nove colegas dos 12 integrantes da União de Nações Sul-Americanas (Unasul). O grupo volta a se reunir nos dias 11 e 12 de agosto, desta vez em Buenos Aires.

“Temos de nos defender do imenso, do fantástico, do extraordinário mar de liquidez que se dirige às nossas economias buscando a rentabilidade que não tem nas suas”, disse Dilma. “Não podemos incorrer no erro de comprometer tudo que conquistamos pelos efeitos da conjuntura internacional desequilibrada”, completou.

Os 12 membros da Unasul estão discutindo uma estratégia comum para enfrentar os impactos da crise. O tema será debatido pelos presidentes dos bancos centrais e os ministros da Fazenda no encontro de Buenos Aires.

“Sem ter para quem vender, os países industrializados em crise buscarão novos mercados para seus produtos. Mas os países da Unasul, destacou Dilma, deveriam se proteger dessa ‘avalanche’ e criar mecanismos para fortalecer o comércio regional”, defendeu Dilma nesta quinta.

Teto da dívida dos EUA

Nos Estados Unidos, o projeto do Partido Republicando para elevar o teto da dívida e cortar gastos orçamentários emperrou na Câmara dos Representantes na noite desta quinta-feira.

O presidente da Casa e patrocinador do projeto, John Boehner, tentou, com outros líderes republicanos, convencer os legisladores mais conservadores a apoiar a proposta, para tentar votá-la ainda nesta quinta. A discussão foi adiada para esta sexta mas, mesmo que seja aprovado, pode ser barrado no Senado, onde os democratas são maioria.

O governo dos Estados Unidos quer aumentar o teto do endividamento público, de US$ 14,3 trilhões, até a próxima quarta-feira. Depois disso, os EUA não conseguirão cumprir com parte de seus compromissos financeiros, arriscando uma moratória que poderia ter impactos na economia mundial.

Com informações da Agência Brasil, da BBC Brasil e da Folha de S. Paulo


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