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21 de junho de 2011
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18:55

Carga tributária para classe alta é “leve” no Brasil, aponta estudo

Por
Sul 21
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Da Redação

Estudo realizado em 20 países, entre eles o Brasil, indica que a carga tributária para as classes altas pode ser considerada “leve” se comparada a outros segmentos da sociedade. Para a rede UHY, que elaborou a pesquisa, os dados mostram o caráter “esdrúxulo” do sistema tributário brasileiro.

O estudo indicou que um profissional no Brasil que recebe até US$ 25 mil por ano – cerca de R$ 3.300 por mês – leva, após o pagamento de Imposto de Renda e Previdência, 84% do seu salário para casa. Já os profissionais que recebem US$ 200 mil por ano – cerca de R$ 26.600 por mês – recebem no final cerca de 74% de seu pagamento. Essa diferença de cerca de 10 pontos percentuais é uma das menores entre os países pesquisados.

Para Paulo Moreira, da rede UHY, os dados da pesquisa revelam o caráter “esdrúxulo” da carga tributária brasileira. “Esses tributos circulam embutidos nas mercadorias e serviços consumidos pelos contribuintes e aplicam-se de forma igual a ricos e pobres”, explica. Ele acrescenta que esta “justiça” tributária é ilusória, porque as classes mais altas têm formas de evitar o pagamento de impostos sobre consumo fazendo compras no exterior ou recorrendo a outros artigos de consumo, diferentemente dos pobres.

O porta-voz da UHY diz que outro fator que contribui para fazer do Brasil um país pouco “equânime” no quesito tributário é o teto aplicado à contribuição previdenciária. O imposto de 11% sobre o salário é aplicado somente até o valor de R$ 3.038,99, o que quer dizer que trabalhadores que ganham acima disso têm uma fatia maior do seu salário livre de descontos que os que ganham dentro da faixa.

Dubai e Rússia, por exemplo, são os dois países com menor nível de tributação e não fazem nenhuma diferenciação entre a taxa aplicada sobre a renda dos profissionais em qualquer das duas faixas analisadas. Depois destes países, as primeiras posições entre as nações com carga tributária mais leve para as classes privilegiadas são todas ocupadas por emergentes, como Egito, Estônia, Brasil e México.

Com informações da BBC Brasil


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