A história do Mercado Público de Porto Alegre

Um dos principais cartões postais de POA e patrimônio arquitetônico e cultural da Capital, o Mercado Público existe desde 1869 e foi criado para abrigar o comércio de abastecimento da cidade

Após nove anos, as lojas desse pavimento devem começar a reabrir em breve

Seu segundo andar estava fechado desde o incêndio de 2013, que destruiu 20% da estrutura do Mercado

O edifício em estilo neo-clássico, localizado no Centro Histórico, foi inaugurado como Mercado Público de Porto Alegre em 3 outubro de 1869

Porém, passou a funcionar só no início de fevereiro de 1870

Antigamente, além de armazéns, tavernas, bares, açougues, fruteiras e restaurantes, o Mercado também abrigava estabelecimentos como barbearias, hotéis, companhia de seguros e outros tipos de serviços

O 2º andar do edifício surgiu somente em 1912. Na época, os novos espaços foram destinados à prestação de serviços, escritórios comerciais e industriais e também de serviços de repartições públicas

Hoje, o Mercado possui mais de uma centena de estabelecimentos que oferecem os mais variados tipos de produtos, como peixes, frutas, carnes, erva-mate, artigos religiosos, itens decorativos, etc

O Mercado também marca a história de POA por sua forte ligação com religiões de matriz africana. Na área central, está assentado o Bará, entidade que abre caminhos e representa o trabalho e a fartura

Aproximadamente, 760 pessoas fazem o Mercado Público funcionar a partir das 7h30, de segunda-feira a sábado

O Mercado Público já foi palco de diferentes catástrofes, como incêndios em 1912, 1976, 1979 e 2013 e a grande enchente que atingiu a cidade de Porto Alegre em 1941

Além disso, durante muitos anos, o Mercado também sofreu com constantes tentativas de demolição, que foram encerradas em 1979, quando ele foi tombado como Patrimônio Histórico e Cultural da Capital

Em  2019, o Mercado Público passou a ser considerado também Patrimônio Histórico e Cultural do Rio Grande do Sul

Apesar de não sofrer mais com ameaças de demolição, ele não tem seu futuro garantindo. Nas últimas gestões municipais, tentativas de privatização preocuparam defensores do caráter público do espaço

FOTOS: LUIZA CASTRO, GUILHERME SANTOS E BERNARDO RIBEIRO

WEBSTORIES: ANNIE CASTRO

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