Em transmissão ao vivo pelas redes sociais, o governador Eduardo Leite (PSDB) anunciou que o Gabinete de Crise do governo do Rio Grande do Sul decidiu emitir Alerta, o segundo nível de atenção do sistema de monitoramento 3As, para 12 das 21 regiões covid do Estado. O governador destacou que grande parte do Estado vivencia os maiores índices de contágio desde o início da pandemia.
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Os Alertas foram emitidos para as regiões de Santa Maria, Uruguaiana, Capão da Canoa, Novo Hamburgo, Canoas, Porto Alegre, Santa Rosa, Erechim, Passo Fundo, Pelotas, Caxias do Sul e Lajeado. Após a emissão de Alerta, as regiões devem se reunir e apresentar ao Estado planos de ação sobre como lidar com a situação.
O governador destacou que o volume de incidência de casos confirmados no RS é o maior na série histórica do covid-19 e que os índices de contágio ainda devem avançar nas próximas semanas. Segundo os dados apresentados pelo governo, as regiões de Capão da Canoa, Santa Rosa, Passo Fundo, Caxias do Sul, Erechim, Palmeira das Missões, Santa Maria, Porto Alegre e Pelotas atingiram nesta semana a maior incidência de casos confirmados por covid-19 desde o início da pandemia. Em todo o Estado, o número de casos confirmados aumentou 70% em relação à semana anterior.
“Estamos diante de uma situação em que temos uma disseminação muito grande do vírus, por isso o reforço dos cuidados é muito importante”, disse Leite, acrescentando que as regiões que receberam Alerta não apresentam apenas aumento no número de casos, mas também de ocupação de leitos clínicos e de UTI.
Apesar de citar que os planos de ação das regiões podem incluir restrições a eventos e aglomerações, o governador afirmou que não pretende decretar novas restrições a atividades econômicas, apenas reforçou a necessidade das pessoas adotarem os protocolos sanitários, como usar máscara, manter distanciamento e evitar aglomerações.
“Não queremos chegar ao ponto de medidas mais drásticas como precisamos em outros momentos”, disse. “É um apelo que faça todos, não ajam como se a pandemia tivesse terminado (…). Nós estamos todos cansados e queremos o fim da pandemia, mas ainda é uma situação de necessidade de cuidados para todos”.
O governador destacou que o governo do Estado trabalha para evitar a redução de leitos planejada pelo Ministério da Saúde para o mês de fevereiro, quando 1.157 leitos de UTI criados para o enfrentamento da covid-19 devem deixar de ser financiados. Segundo Leite, até o momento, o ministério indicou que poderá manter apenas 315 destes leitos voltados permanentemente para a covid-19, mas com menos recursos do que os disponibilizados por leito no momento. “A gente está trabalhando para manter esses leitos abertos no RS”, disse.
No início da transmissão, Bruno Paim, chefe da Divisão de Dados e Indicadores do DEE/SPGG, fez a apresentação da situação da covid-19 no mundo, destacando que diversos países passam por aumento de casos em razão do avanço da variante ômicron, o que também se reflete no Brasil e no Rio Grande do Sul.
Paim apontou que o número de internados em leitos clínicos com covid-19 ou suspeita da doença mais que triplicou desde o início do ano, chegando a 987 pacientes confirmados ou suspeitos de covid. Também destacou que a média diária de aumento de interações atingiu a marca 80 novas internações em leitos clínicos por dia.
Paim apontou que a evolução também ocorre em leitos pediátricos, chegando ao máximo de ocupação desde o início da pandemia, com 79 crianças com covid ou sob suspeita de contaminação internadas nestes leitos na terça-feira (18). O recorde de crianças internadas em leitos de UTI voltados para a covid atingiu o recorde histórico na segunda-feira (17), com 33. Nesta terça, estava em 31.
Confira os dados apresentados pelo governo do Estado nesta quarta.
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