Eleições 2022
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3 de outubro de 2022
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15:38

Sete vereadores de Porto Alegre irão para AL e Câmara; veja quem assume os mandatos

Por
Luís Gomes
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Novos vereadores da Câmara de Porto Alegre. Da esquerda para a direita: Marcelo Bernardi, Tiago Albrecht, Marcelo Sgarbossa, Abigail Pereira, Reginete Bispo, Professor Alex e Giovani Culau | Fotos: Reprodução/CMPA, IELB/Reprodução e Sul21.
Novos vereadores da Câmara de Porto Alegre. Da esquerda para a direita: Marcelo Bernardi, Tiago Albrecht, Marcelo Sgarbossa, Abigail Pereira, Reginete Bispo, Professor Alex e Giovani Culau | Fotos: Reprodução/CMPA, IELB/Reprodução e Sul21.

Nas eleições gerais deste domingo (2), sete vereadores de Porto Alegre conseguiram conquistar cadeiras de deputado e serão substituídos pelos seus respectivos suplentes na Câmara a partir de janeiro. Foram eleitos Daiana Santos (PCdoB), deputada federal, e seis candidatos a deputados estaduais: Matheus Gomes (PSOL), Bruna Rodrigues (PCdoB), Laura Sito (PT), Leonel Radde (PT), Felipe Camozzato (Novo) e Kaká D’Ávila (PSDB).

Quem assume a vaga de um vereador eleito é o primeiro suplente do partido nas eleições de 2020. Portanto, devem assumir as vagas do PCdoB os suplentes Giovani Culau e Coletivo e Abigail Pereira. A vaga do PSOL deverá ser de Professor Alex, Marcelo Bernardi ficará com a vaga do PSDB e Tiago José Albrecht com a cadeira do Novo. No PT, a primeira cadeira irá para Reginete Bispo e a segunda deverá ir para Marcelo Sgarbossa, que deixou o PT e hoje está no PV, mas ainda integrando a federação nacional juntamente com o PCdoB.

Em conversa rápida com a reportagem nesta manhã, Sgarbossa afirmou que “nem consegue imaginar uma disputa sobre isso”.

Dos sete futuros novos vereadores, dois retornam à Câmara — Professor Alex e Sgarbossa — e cinco serão estreantes. Abigail já concorreu ao Senado e ao cargo de vice-governadora. Reginete é atual suplente do senador Paulo Paim (PT) e concorreu à deputada federal. Giovani Culau foi uma liderança do movimento estudantil e do DCE da UFRGS. Tiago Albrecht era comunicador da Rede Pampa. Marcelo Bernardi é conselheiro tutelar de vários mandatos.

Um dos principais destaques da votação de vereadores da Capital é que quatro dos cinco membros da chamada bancada negra conquistaram um novo cargo. Karen Santos (PSOL) foi a única não eleita, mas foi a maior votação entre os que não entraram e fez mais votos do que 28 deputados estaduais eleitos.

Todos eles, incluindo Karen, fizeram votações expressivas na Capital. Daiana Santos foi a segunda deputada federal mais votada de Porto Alegre, com 45.887 votos, quase a metade de todos os votos que fez no Estado (88.107).

Considerando apenas a Capital, Daiana ficou atrás somente de Fernanda Melchionna (PSOL), que já foi vereadora e fez 91.749 votos. Outras ex-vereadoras de Porto Alegre com votações expressivas foram Any Ortiz (Cidadania), com 40.549 votos, e Maria do Rosário (PT), com 38.034 votos.

Já na disputa para deputado estadual, Matheus Gomes foi o campeão de votos em Porto Alegre, com 51.981, mais da metade de seus 82.401 votos.

Bruna Rodrigues, 26.805 votos, Camozzato, 20.554, Laura Sito, 18.662, e Leonel Radde, 18.153 votos, também tiveram votações expressivas em Porto Alegre. Da mesma forma, Karen Santos fez 25.098 votos na Capital, de um total de 40.553, mas acabou não eleita porque o PSOL não atingiu o quociente eleitoral para garantir a terceira cadeira na Assembleia Legislativa.

Os outros destaques de votação para deputado estadual na Capital foram Luciana Genro (PSOL), com 42.412 votos, e o comunicador Gustavo Victorino (Republicanos), o mais votado no Estado, com 38.919 votos somente em Porto Alegre.

O número de vereadores da Capital eleitos é superior ao de 2018, quando cinco tinham trocado a Câmara Municipal por outras cadeiras. Na ocasião, Fernanda Melchionna foi eleita deputada federal e outros quatro foram eleitos para a Assembleia Legislativa: Elisandro Sabino (PTB), Dr. Thiago (União), Sofia Cavedon (PT) e Rodrigo Maroni (então no Podemos, hoje no PSDB). Destes, apenas Maroni não se reelegeu em 2022.

Apesar de o presidente Jair Bolsonaro (PL) vencer a disputa no Rio Grande do Sul com 48,89% dos votos válidos, Lula (PT) ficou na frente na Capital. O petista teve 412.533 votos (49,83%) em Porto Alegre, contra 323.857 (39,11%) de Bolsonaro.

Já na disputa para governador, Onyx Lorenzoni (PL), que venceu com ampla margem no Estado, não iria para o segundo turno se apenas os votos da Capital fossem considerados. Ele fez 229.274 (28,66%), contra 262.770 (32,85%) de Eduaro Leite (PSDB) e 258.063 (32,26%) de Edegar Pretto (PT).


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