Política
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3 de maio de 2023
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18:27

Em mensagem a ex-ajudante de Bolsonaro, militar diz saber quem mandou matar Marielle

Por
Sul 21
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Ailton Barros foi candidato a deputado estadual do Rio de Janeiro pelo PL. Foto: Reprodução/Redes Sociais
Ailton Barros foi candidato a deputado estadual do Rio de Janeiro pelo PL. Foto: Reprodução/Redes Sociais

Em mensagem de áudio enviada ao tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, o militar da reserva e ex-candidato a deputado estadual Ailton Barros (PL-RJ) afirmou saber quem mandou matar Marielle Franco. A mensagem foi descoberta em meio a outras interceptadas pela Operação Venire, da Polícia Federal (PF), que investiga a inserção de dados falsos de vacinação contra covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde. O objetivo da falsificação seria burlar a regra de vacinação obrigatória para entrada nos Estados Unidos. Ambos militares foram presos nesta quarta-feira (03) pela PF.

“Eu sei dessa história da Marielle, toda irmão, sei quem mandou. Sei a porra toda. Entendeu? Está de bucha nessa parada aí”, diz a mensagem de Ailton enviada em 30 de novembro de 2021. Marielle e seu motorista Anderson Gomes foram mortos em março de 2018.

Segundo o G1 as gravações foram transcritas pelos agentes da PF e incluídas no ofício enviado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou a operação. De acordo com apuração do UOL, a PF tenta interrogar Ailton sobre o assunto. Além disso, ainda segundo o G1, Ailton relatou a Cid que o ex-vereador do Rio de Janeiro Marcello Siciliano estava tendo problemas com o visto em razão do envolvimento de seu nome no caso Marielle.

Em um dos áudios, Ailton teria comunicado a Cid que Siciliano teria intermediado a inserção de dados falsos de vacinação nos sistemas do Ministério da Saúde, em benefício de Gabriela Santiago Cid, esposa de Cid. As ações ocorrem dentro do inquérito policial que apura a atuação das chamadas milícias digitais, em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF). Os fatos investigados configuram crimes de infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação e corrupção de menores.


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