Política
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13 de junho de 2022
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13:36

PSDB anuncia que Eduardo Leite será pré-candidato ao governo do RS

Por
Luís Gomes
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Pré-candidatura de Leite foi anunciada à imprensa no início da tarde desta segunda (13) | Foto: Maurício Tonetto/Divulgação
Pré-candidatura de Leite foi anunciada à imprensa no início da tarde desta segunda (13) | Foto: Maurício Tonetto/Divulgação

O PSDB anunciou no início da tarde desta segunda-feira (13) que Eduardo Leite será pré-candidato ao governo do Rio Grande do Sul. Em entrevista coletiva na sede do partido, no centro de Porto Alegre, Leite disse que começou a amadurecer a candidatura ainda em janeiro deste ano, em razão das pesquisas mostrarem riscos da continuidade do projeto que está no governo atualmente.

Em sua fala, Leite também sinalizou como irá lidar com o fato de ter prometido não disputar a reeleição. Ele disse que não estar no cargo era a única maneira de disputar um segundo mandato, pois assim, segundo ele, não estaria usando a máquina pública a seu favor. “Estar fora do cargo é a única maneira que eu aceitaria disputar a reeleição”.

Leite disse ainda que a ideia de concorrer à reeleição foi fortalecida pelos ataques que considera “de caráter populista” que o governo tem recebido nas últimas semanas de pré-candidatos de esquerda e de direita, citando nominalmente a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal. “Nós trabalhamos muito para alcançar o equilíbrio fiscal e não podemos admitir retrocessos”, disse.

Questionado sobre ser acusado de tratar o governo do Estado como um “Plano B”, Leite disse que, se isso fosse verdade, teria aceitado o convite que teve para concorrer à presidência (feito pelo PSD). Por outro lado, ponderou que tomou a decisão de renunciar o mandato para ajudar a construir uma alternativa à polarização entre Lula e Bolsonaro, o que acabou se consolidando na pré-candidatura de Simone Tebet (MDB) à presidência.

Adiante, disse que a sua candidatura também tem o objetivo de evitar a replicação da polarização no Rio Grande do Sul.

O anúncio da pré-candidatura foi feito logo no início da coletiva, pelo presidente estadual do partido, deputado federal Lucas Redecker.

Governador e ex-governador conversaram na semana passada sobre a nova candidatura de Leite | Foto: Maurício Tonetto/Divulgação

Antes de Leite, o governador Ranolfo Vieira Júnior disse que se reuniu com o ex-governador em sua casa na semana passada e que os dois definiram pela apresentação do nome de Leite ao governo. Ranolfo disse que gostaria de ter o seu nome nas urnas, mas que não é movido por vaidades e que o mais importante é a continuidade do projeto. “Não podemos imaginar a possibilidade de retrocesso”, disse.

Questionado sobre quem será candidato a vice, Leite disse que a definição de hoje diz respeito apenas ao PSDB e que agora irão intensificar as conversas com os demais partidos da base aliada na Assembleia Legislativa sobre a vaga de vice e para a disputa ao Senado na coligação. Como governador em exercício e com a definição de não era disputar a reeleição, Ranolfo não deverá ser candidato em outubro.

No dia 28 de março, após meses insinuando migrar ao PSD para se candidatar à presidência da República, Eduardo Leite (PSDB) anunciou que permaneceria no PSDB e renunciaria ao cargo de governador do Rio Grande do Sul. Na ocasião, Leite deixou o governo para não ser candidato a nada, com o discurso de que a renúncia “lhe abria muitas possibilidades e não lhe retirava nenhuma”.

Quase um mês depois, em 22 de abril, o gaúcho foi pressionado a reconhecer João Doria, governador de São Paulo, como pré-candidato do PSDB à presidência, abrindo mão do tom vinha adotando, embora tivesse sido derrotado pelo colega nas prévias do partido. Em uma carta à imprensa, Leite disse que conversou com Doria e lhe disse que estaria disposto a concorrer à presidência se fosse o desejo dos partidos do “centro democrático”, mas ouviu do ex-governador paulista que ele não abriria mão da disputa.

Mais um mês se passou e, em 23 de maio foi a vez de Doria desistir da disputa. “Hoje, neste 23 de maio, serenamente, entendo que não sou a escolha da cúpula do PSDB. Aceito esta realidade de cabeça erguida”, disse na ocasião. As cúpulas de MDB, PSDB e Cidadania anunciaram que chegaram a um consenso de que a senadora Simone Tebet (MDB) deveria ser a candidata de uma frente unificada.


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