Meio Ambiente
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26 de janeiro de 2023
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20:14

Marina diz que situação dos yanomami não é caso isolado e cita ‘atitudes genocidas’ de Bolsonaro

Por
Duda Romagna
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Foto: Luiza Castro/Sul21
Foto: Luiza Castro/Sul21

Nesta quinta-feira (26), a ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, esteve em Porto Alegre para participar do Fórum Social Mundial 2023. Em um breve encontro com a imprensa antes da participação na mesa temática “Fortalecer a terra, alimentar o Brasil”, na Assembleia Legislativa do RS, Marina falou sobre a importância do Fórum para a retomada das discussões sobre o meio ambiente, a saúde, a segurança dos povos indígenas e a fome.

“É um momento de reconstrução das políticas públicas, de fortalecimento das instituições e de afirmação da nossa democracia, no contexto de uma grave crise econômica, social, política e de valores, em que o governo de frente ampla do presidente Lula está firmemente trabalhando para dar respostas. A retomada das políticas na área social, ambiental, em defesa dos direitos humanos, em políticas econômicas que nos ajudem a sair da grave situação de desemprego, de fome e de desespero que está passando uma parte significativa da sociedade brasileira é uma resposta”, relatou a ministra.

Sobre a situação do povo indígena Yanomami, que vive uma crise humanitária, Marina reforça que não é um caso isolado e é fruto de irresponsabilidade do governo antecessor. “Foi a atitude genocida de Bolsonaro que deixou essas comunidades completamente abandonadas, sem políticas públicas de saúde, de proteção à integridade de sua cultura e até mesmo a sua integridade física. O garimpo destruindo suas terras, seus estoques naturais de alimento”, disse.

A ministra completou relatando que ações emergenciais, operações estruturadas pelos Ministérios do Meio Ambiente, da Justiça e da Defesa, com ajuda da comunidade científica, são de suma importância para o avanço na segurança desses povos. Após assumir o Ministério pela terceira vez em sua carreira, Marina disse que os desafios são diferentes, mas que agora alguns são muito maiores. “Se existe um problema incomparavelmente maior, é o aumento do desmatamento, o aumento da criminalidade, o desmonte das políticas, a subtração dos orçamentos que ficaram completamente depenadas.”

O Fórum Social Mundial iniciou na segunda-feira (23) e segue até o sábado (28). Com o tema “Democracia, direitos dos povos e do planeta – Outro mundo é possível”, o evento tem mais de 150 atividades realizadas por centenas de movimentos e organizações sociais do Brasil e exterior.


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