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17 de maio de 2022
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14:32

Assembleia dos municipários de Porto Alegre aprova pedido de reposição salarial de 14,79%

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Sul 21
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Assembleia foi realizada na noite de segunda-feira na quadra da Imperadores do Samba | Foto: Divulgação/Simpa
Assembleia foi realizada na noite de segunda-feira na quadra da Imperadores do Samba | Foto: Divulgação/Simpa

Em assembleia geral realizada na noite de segunda-feira (16), na quadra da Imperadores do Samba, o Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) aprovou a proposta de levar o pedido de reposição salarial, a partir de maio de 2022, de 14,79% e de 25% no vale-alimentação para a mesa de negociação com o prefeito Sebastião Melo (MDB).

Na última reunião entre as partes, realizada no dia 10 de maio, a Prefeitura se comprometeu com a reposição salarial de 10,06%, dos quais 4% já começaram a ser pagos na folha do servidores de abril, e a próxima parcela de 3% seria paga em julho. No encontro, a Prefeitura também acatou a proposta de 25% no reajuste do vale-alimentação.

Os 14,79% equivalem à inflação acumulada desde que Melo assumiu a Prefeitura, em janeiro de 2021, até o mês de abril deste ano. Para além dos 4% já pagos em abril, a assembleia da categoria aprovou dois cenários para o pagamento do percentual pedido em parcelas:

1) 5,83% em maio/22 e 4,29% em novembro/22
2) 5,06% em maio/22 e 5,06% em novembro/22

Diretora do Simpa, Cindi Sandri explica que Melo não aceita negociar a reposição das perdas inflacionárias referentes ao período do governo de Nelson Marchezan Júnior (PSDB), entre 2017 e 2020, quando a categoria ficou com os salários congelados. Ela destaca que os trabalhadores decidiram, no momento, negociar então apenas a reposição do período da atual gestão, mas entendem que a reposição deve incluir a inflação acumulada ao longo de todo o ano passado e nos primeiros quatro meses deste ano.

“O Melo trabalhou até agora com o referencial do ano, diferente de nós que a referência é a data-base prevista em lei. O ano, para o Melo, vai de janeiro a dezembro e começa em janeiro de 2021, porque ele não reconhece as perdas do período do Marchezan. Nós estamos dizendo que, se ele quer pagar 10,06% do ano de 2021, então que ele avance até abril deste ano, porque aí fecha a conta da data-base de 2021/2022 e ele paga a parte da data-base de 2020/2021 que ficou no governo dele”, diz.

Além do reajuste salarial e do vale, a categoria também quer negociar com a Prefeitura a reposição das progressões previstas na carreira municipária que não foram pagas. Para o biênio 2012/2014, a proposta é que os valores comecem a ser pagos a partir de julho em 70 parcelas. Já o pagamento do biênio de 2014/2016, a negociação sobre os valores atrasados iniciaria em novembro deste ano.

A categoria também cobra da Prefeitura o reconhecimento das perdas salariais passadas e o compromisso de que haverá a reposição da inflação, medida pelo IPCA, nas datas-bases de 2023 e 2024.


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