Os metroviários, em assembleia geral realizada na última sexta-feira (27) rejeitaram por unanimidade a contraproposta feita pela empresa Trensurb aos acordos coletivos de trabalho e de escalas. A oferta econômica da reposição salarial estava condicionada à retirada de cinco cláusulas dos acordos. Entre estas estavam as que tiram a estabilidade de metroviários com cargos de representação de base, como dirigentes e representantes sindicais e membros do conselho fiscal.
A assembleia rejeitou, por unanimidade, a proposta da empresa, destacando que a categoria já está há alguns anos negociando e tendo de abrir mão de alguma cláusula por pequenos índices de reposição. A negativa da categoria foi protocolada e agora aguarda a resposta da Trensurb.
“A Trensurb atacou frontalmente conquistas de décadas dos metroviários. Não há a menor possibilidade de esta proposta ser aceita, já que a própria empresa mandou ela como um tudo ou nada pra categoria”, disse Luis Henrique Chagas, presidente do Sindimetrô-RS. “Desde maio, estamos negociando com a empresa e tínhamos acordado todas as cláusulas sociais. Agora querem retirar cinco cláusulas para repor a inflação em maio do ano que vem. É inaceitável”, acrescentou.
Em nova assembleia realizada nesta terça-feira (31), os metroviários decidiram fazer uma greve de 24h no dia 9 de setembro e entrar em greve por tempo indeterminado a partir do dia 12 de setembro. Uma nova assembleia ocorrerá no dia 8 de setembro, às 12h30min, no pátio da empresa. A assembleia desta terça formou também o Comando de Greve que se junta à direção do Sindimetrô e à Comissão de Negociação para a organização do movimento. A categoria também a aprovou uma mobilização com carro de som no dia da abertura oficial da Expointer (4) e a participação no ato do dia 7 de setembro (Grito dos Excluídos), às 13h30min, no Parque da Redenção, em Porto Alegre.
