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10 de fevereiro de 2021
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14:11

Governo Leite fecha 61 escolas estaduais e quase 2 mil turmas em 9 meses, diz CPERS

Por
Sul 21
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O governo Eduardo Leite fechou em média 6,7 escolas por mês, diz CPERS. (Foto: Luiza Castro/Sul21)

Da Redação (*)

Em um período de 9 meses, o governo Eduardo Leite fechou 61 escolas e reduziu em 1.899 turmas a oferta da rede estadual de educação. Os dados foram divulgados na manhã desta quarta-feira (10), pelo CPERS Sindicato e integram o Censo Escolar 2020. Segundo o CPERS, os números foram analisados pelo Dieese e correspondem ao intervalo entre o final de maio de 2019 e o dia 11 de março de 2020, refletindo ainda um cenário pré-pandemia.

Para fins comparativos, assinala ainda o sindicato, em quatro anos o governo de José Ivo Sartori fechou 100 escolas estaduais, ou cerca de 2 escolas por mês. Já o governo Eduardo Leite fechou em média 6,7 escolas por mês. “Como o Censo Escolar 2020 reflete o período anterior à pandemia, a base ainda não captura o violento desmonte em curso desde a suspensão das aulas presenciais”, avalia o CPERS.

Gráfico 1 – Número de Estabelecimentos na Educação Básica da Rede estadual do Rio Grande do Sul, de 2015 a 2020

Na avaliação da entidade, “o fechamento de turmas, muitas vezes associado a enturmações e multisseriações, reduz a capacidade de atendimento da rede, desagrega vínculos e desestimula estudantes, contribuindo para a evasão escolar.” “Ao fragilizar a oferta, o Estado prenuncia cortes maiores, levando ao encerramento de turnos inteiros e ao fechamento de escolas. Trata-se de um ciclo vicioso: o Estado incentiva a evasão e usa a redução de matrículas (queda de 5,5% em 2020) como justificativa para continuar o desmonte da rede”, critica o sindicato.

Gráfico 2 – Número de Turmas da Educação Básica, rede estadual do
Rio Grande do Sul, de 2015 a 2020.

Além disso, acrescenta, “menos turmas e escolas também significam salas de aula lotadas e educadores(as) ainda mais sobrecarregados.” A intenção é clara, conclui o CPERS: “cortar gastos a qualquer custo e precarizar a educação pública para abrir mercado ao ensino privado.


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