No primeiro dia de aulas presenciais na UFRGS, representantes do ANDES/UFRGS, da ASSUFRGS Sindicato e do DCE da universidade organizaram uma coletiva de imprensa para discutir os recentes cortes orçamentários do governo federal e a postura da atual gestão da reitoria, que se negou a falar publicamente sobre o assunto. O evento, que aconteceu às 12h, em frente à Faculdade de Educação (FACED), contou também com a presença de Adriana Cunha, presidenta da Associação Unidos Terceirizados.
Magali Menezes, da seção sindical do ANDES/UFRGS, ressaltou a importância do retorno integral das atividades universitárias presencialmente, mas que a comunidade acadêmica encontrou uma universidade sem condições de receber todos os estudantes. Ainda, de acordo com Magali, “todos os reitores, das universidades públicas do Rio Grande do Sul fizeram coletivas explicando às suas comunidades as implicações desse corte que afeta a vida das universidades, mas a nossa administração central se cala em relação a isso, não ouvimos absolutamente nada do que vai significar, hoje, esse corte nos recurso das UFRGS”.
Com a falta de diálogo da reitoria com a comunidade acadêmica, Adriana Cunha relata que funcionários só são informados das movimentações da universidade através de reportagens e “burburinhos”. “É falta de materiais para trabalhar, não tem EPI e não tem produto para trabalhar, e aí depois vêm os cortes. Os primeiros a serem cortados são os que menos ganham, e os que mais trabalham.” Quanto à possibilidade de greve, Gabriel Focking, coordenador-geral da ASSUFRGS, afirmou que não há uma perspectiva de deflagração imediata de greve, mas que há uma construção nacional de debate sobre a necessidade de algum tipo de mobilização.
