Milton Ribeiro
Em nota em sua conta do Facebook, a Secretaria da Segurança Pública – SSP/RS emitiu nota justificando a atuação da Brigada Militar na manifestação Defesa Pública da Alegria. Apesar de afirmar ao final a disposição de “verificar eventuais erros”, a nota é uma justificativa, procurando explicar os motivos da corporação, que estaria defendendo o “direito de ter opinião e a convivência entre posições antagônicas”.
A Brigada Militar não estava no Largo Glênio Peres, no dia 4 de outubro, para proteger um boneco de plástico, como muito se comentou. Estava defendendo o direito de cada um ter sua opinião e a necessária convivência entre posições antagônicas.
Mais do que um boneco, aquele Tatu-Bola é o símbolo de um processo que está acontecendo não somente em Porto Alegre, como em várias capitais do país. Qualquer pessoa pode ser contra o que o ele representa, mas não tem o direito de danificá-lo.
A realização de atos públicos é assegurada pelo Estado no Rio Grande do Sul. Tanto que a Brigada Militar acompanha manifestações e passeatas que acontecem seguidamente no Estado para garantir esse direito.
No caso dos protestos por “uma cidade mais alegre”, ocorridos no dia 4, é difícil que a maioria dos manifestantes estivesse interessada em provocar danos a estrutura públicas ou particulares. Mas houve a tentativa de invasão do Paço Municipal, que levou a Guarda Municipal a pedir apoio à BM. Na sequência, ocorreu a ameaça ao Tatu-Bola da Copa 2014, um ataque a opinião de todos que defendem o que ele significa.
Os procedimentos dos PMs foram analisados pelo Comando de Policiamento da Capital e eventuais erros já estão sendo verificados e terão conseqüências.