Da Redação
De acordo com pesquisa encomendada pelo Sul21 junto ao instituto Studio Pesquisas e Consultoria, o atual prefeito José Fortunati (PDT) tem larga vantagem sobre seus principais adversários na disputa pela prefeitura de Porto Alegre. Na pesquisa estimulada, Fortunati alcança 47% das intenções de voto, contra 19% para Manuela D’Ávila, 12% do candidato Adão Villaverde (PT) e 1% de Wambert Di Lorenzo (PSDB) – diferença que garante uma liderança bem além da margem de erro da pesquisa, que é de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos, e abre a possibilidade de a eleição ser decidida em primeiro turno.
Os demais candidatos — Érico Corrêa (PSTU), Roberto Robaina (PSOL) e Jocelin Azambuja (PSL) — alcançaram, individualmente, menos de 1% cada. Votos brancos e nulos somam 4%, enquanto 16% dos entrevistados não souberam dizer em quem votarão nas eleições de 7 de outubro.
A pesquisa foi efetuada entre os dias 20 e 22 de setembro, com um total de 800 entrevistas em 61 bairros de Porto Alegre, e está registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o protocolo RS-00200/2012.
Na pesquisa espontânea, onde não são apresentados ao eleitor os nomes e partidos dos candidatos, Fortunati permanece na liderança, com 38% dos entrevistados afirmando que votarão no atual prefeito. Outros 16% citaram Manuela, enquanto 8% dos eleitores lembraram de Adão Villaverde. Wambert Di Lorenzo, Érico Corrêa e Roberto Robaina alcançaram menos de 1% das citações. Jocelin Azambuja não foi mencionado nesta modalidade de pesquisa. O percentual de indecisos é alto: 32% dos consultados não souberam ou preferiram não dizer em quem pretendem votar. Votos brancos e nulos somam 4%.
Fortunati vai melhor no segundo turno; Manuela lidera rejeição
Se a eleição for decidida em segundo turno, Fortunati teria vantagem tanto sobre Manuela D’Ávila quanto Adão Villaverde. Enfrentando a candidata comunista, o atual prefeito alcançaria, segundo a pesquisa Sul21/Studio, 54% das intenções de voto contra 25% de Manuela. Brancos e nulos alcançam 6% e os indecisos são 15%. Enfrentando Adão Villaverde, José Fortunati alcança índice mais amplo: tem 63% das menções, contra 17% do candidato petista. Percentuais de brancos e nulos (6%) e indecisos (15%) repetem-se nessa projeção.
A pesquisa encomendada pelo Sul21 junto ao instituto de pesquisas Studio também perguntou aos eleitores o que fariam na possibilidade de Manuela D’Ávila e Adão Villaverde chegarem ao segundo turno. Neste caso, a vitória seria da comunista neste momento, com 42% dos votos contra 26% de Villaverde. Outros 20% afirmaram não saber ou não querer responder em quem votariam neste caso, enquanto 12% optariam por votar em branco ou anular o voto.
Além da boa posição nos cenários de espontânea e estimulada, José Fortunati conta com baixo índice de rejeição: apenas 5% dos entrevistados disseram que não votariam no trabalhista em hipótese alguma. Quem está à frente dos demais na rejeição é Manuela D’Ávila (PCdoB), com 11% dos eleitores; Villaverde (PT) tem rejeição de 10%, Wambert (PSDB) de 4%, Roberto Robaina (PSOL) de 3% e Érico Corrêa (PSTU), 2%. Outros 4% rejeitam todos os candidatos, enquanto 71% disseram não ter antipatia especial por candidato algum.
Fortunati atinge maior índice entre eleitores com mais de 35 anos
Há uma clara distinção entre Manuela e Fortunati no que tange à faixa etária do eleitorado. José Fortunati alcança o maior índice de intenção de voto entre eleitores a partir de 35 anos – com índice mais significativo na faixa de 35 a 44 anos, onde alcança 50% na consulta espontânea e 57% na estimulada.
Manuela D’Ávila, por sua vez, tem maior abrangência entre eleitores jovens. Manuela alcança seu maior índice na faixa que vai de 16 a 24 anos, com 37% das menções na espontânea e 42% na estimulada – única faixa etária, em ambas as modalidades de pesquisa, onde a comunista tem mais intenção de voto do que o atual prefeito de Porto Alegre.
Fortunati alcança índices significativos também entre os eleitores de escolaridade mais alta. Na espontânea, 48% dos eleitores com superior completo declarou que votará no atual prefeito em 7 de outubro. Na estimulada, o percentual cresce para 55%. Por sua vez, tanto Manuela quanto Villaverde alcançam seus maiores percentuais entre a faixa do eleitores universitários, com ensino superior incompleto – ainda que Fortunati supere ambos neste grau de escolaridade, contando com a preferência de 38% dos eleitores.
Adão Villaverde atinge seu percentual mais significativo quando o assunto é renda familiar. Entre os eleitores que ganham, em média, até 1 salário mínimo, o petista conta com 26% da preferência na estimulada e 14% na espontânea, percentuais superiores aos de Manuela e abaixo apenas de Fortunati. O atual prefeito alcança o maior índice na faixa de maior poder aquisitivo, a partir de 3 a 5 salários mínimos. A candidata Manuela D’Ávila, por sua vez, conta com maior apoio entre os eleitores que vivem com renda de 1 a 3 salários mínimos, ainda que não se destaque positivamente de Fortunati em nenhum dos cenários.
FICHA TÉCNICA
Contratante: Sul21 Mídia Eletrônica S/A
Empresa contratada: Studio Pesquisas e Consultoria Ltda.
Período de realização da pesquisa: de 20/09/2012 a 22/09/2012
Número de entrevistas: 800 entrevistas
Metodologia de pesquisa: pesquisa quantitativa, que consiste na realização de entrevistas pessoais, com a aplicação de questionário estruturado junto a uma amostra representativa do eleitorado em estudo
Margem máxima de erro: 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos
Número de registro: Tribunal Regional Eleitoral RS-00200/2012
