Da Redação
A polêmica em torno da vinda de Cesare Battisti para Caxias do Sul (RS) não impediu que o ex-ativista italiano autografasse livros na cidade. Ameaças e ofensas postadas nas redes sociais fizeram com que a livraria Do Arco da Velha cancelasse o evento interno. Um grupo de caxienses então se mobilizou para promover um encontro para receber o italiano, que ocorreu neste sábado (28) em uma residência da cidade.
Battisti afirmou que as ameaças são apenas uma demonstração de intolerância, e que em nenhum momento pensou em deixar de vir a cidade gaúcha. Ele ressaltou, no entanto, que não esperava que após o cancelamento, uma nova sessão de autógrafos fosse organizada tão rapidamente. Autor de 18 livros, destes 16 em francês, Battisti destacou que esses eventos são a única chance que tem para tentar reverter a imagem ‘de monstro’ criada pela grande mídia.
Sobre a polêmica, em Caxias do Sul, ele não descarta a possibilidade de ter ocorrido intervenção do Consulado Italiano para que fosse criada um clima de tensão na cidade. O ex-ativista afirmou que as ameaças são apenas blefes, e partem geralmente dos mesmos locais, tanto que passou pela praça Dante Alighieri e foi bem recebido pelos caxienses, que o reconheceram e tiraram fotos.
Sobre a Itália, Battisti afirma que os italianos desconhecem a história e o nome dele, e que sequer sabem o que significa Brigada Vermelha. “Possuem conhecimento apenas de que grupos mataram políticos, mas não sabem que há 10 mil presos políticos condenados, e outros 50 mil presos”, disse.
Durante a sessão de autógrafos, o ativista afirmou que pretende ficar no Brasil, e não descarta se instalar no Rio Grande do Sul, Estado que já visitou em três ocasiões.
Com informações da Rádio Caxias