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20 de junho de 2012
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18:12

Secretário-geral da ONU esperava documento mais ambicioso da Rio+20

Por
Sul 21
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Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr

Da Redação
Atualizado às 15h30

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon, disse na quarta-feira (20) que esperava que a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20, tivesse um rascunho de documento final mais ambicioso. Ele acredita, no entanto, que ainda é possível que os chefes de Estado e de Governo que participam do evento, no Rio de Janeiro, “desempenhem seu papel de cidadãos globais e analisem as questões de maneira mais integrada e abrangente”.

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“As negociações foram muito difíceis e lentas devido às ideias conflitantes, aos anseios e interesses próprios de cada país. Mas esse não é um fim, é apenas o início de muitos processos que estão por vir. São os líderes mundiais que podem decidir, eles que têm vontade política e precisam ir além dos interesses nacionais e de grupos específicos”, afirmou, durante entrevista coletiva, no Riocentro, zona oeste do Rio de Janeiro.

Ainda segundo o secretário-geral da ONU, um dos legados mais duradouros da Rio+20 será seu potencial catalisador de mudanças globais. Ele fez um alerta aos líderes globais sobre a necessidade de agirem com urgência para mudar os rumos do planeta.

“Minha mensagem para os líderes globais é clara: o desenvolvimento sustentável chegou para ficar. Nossos recursos são escassos e o tempo está acabando. A natureza não negocia com seres humanos”, enfatizou.

Tivemos poucos avanços desde 1992, lamenta Ban Ki-moon

Ban Ki-moon lamentou os poucos avanços na área ambiental desde a Rio92, mas parabenizou a presidência do Brasil pelos resultados das negociações durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20. Segundo ele, durante a conferência, o mundo terá uma “segunda chance”.

“Estamos diante de um acordo histórico, não vamos perder essa oportunidade. O mundo está nos observando para ver se seremos capazes de fazer as mudanças”, disse.

Ban Ki-moon também ressaltou que a Rio+20 não é o fim de um processo, mas apenas o começo dele.”Está na hora de pensarmos globalmente e localmente. Estamos lutando contra o relógio”, alertou.

Ainda durante a cerimônia, Dilma Rousseff foi eleita a presidenta da conferência. Em seguida, ela fez um breve discurso de agradecimento, deu boas vindas aos participantes e abriu os trabalhos, que serão conduzidos pelo ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota.

Com informações da Agência Brasil


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