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14 de junho de 2012
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11:28

Palmeiras de Felipão anula o Grêmio e vence no Olímpico

Por
Sul 21
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Foi uma daquelas típicas vitórias do experiente Luiz Felipe Scolari, o Felipão. Como sabia que tinha um time inferior, que vinha de crises e desconfianças, ele organizou um esquema defensivo, escalou três zagueiros – um deles, Henrique, cumprindo uma função semelhante à de Edmílson, que se revezava entre a zaga e a posição de volante, na Seleção de 2002 -, recuou todo o meio e deixou toda a responsabilidade para o Grêmio.

Anulou as principais jogadas do adversário, fechou todos os espaços e, no segundo tempo, ao apostar nos contra-ataques, viu seu time fazer dois gols em três minutos e sair de Porto Alegre com um 2 a 0 que deixa seu time com a classificação encaminhada para a decisão da Copa do Brasil. O jogo da volta está marcado para o dia 21, na Arena Barueri, em São Paulo.

Um Palmeiras tipicamente Felipão.

O Grêmio teve todo o campo à disposição, manteve a bola sob controle, mas não soube o que fazer com o domínio.

A planilha não deixa dúvidas: no primeiro tempo, o Grêmio dominador teve apenas quatro conclusões e apenas uma com perigo, quando Fernando bateu falta, aos 42 minutos, e o goleiro Bruno fez grande defesa.

No segundo, foi ainda pior. A única oportunidade do time de Luxemburgo ocorreu aos 32 minutos, quando Pará cruzou do fundo e André Lima, livre na área, cabeceou desviado. Foi só. Duas chances em 90 minutos, mais seis de acréscimos. Muito pouco para um time que esperava sair do Olímpico com uma grande vantagem.

Foi a primeira derrota do Grêmio na Copa do Brasil – e na hora errada.

A situação já começou ruim. Diante de um Palmeiras fortemente defensivo, o Grêmio só conseguiu concluir aos 25 minutos, quando Miralles cabeceou por cima. O próprio Miralles tentou de novo aos 40, Fernando teve o lance de falta aos 42 e Léo Gago chutou por cima, muito longe, aos 44.

Os mais de 45 mil torcedores que lotaram o Olímpico – 43.508 pagantes – esperavam que o time viesse do intervalo com soluções. Mas os primeiros minutos mostraram que a situação começava a ficar perigosa.

O Grêmio não conseguia sufocar, mas o Palmeiras, ao contrário do que fez na fase inicial, passou a tocar mais a bola, a buscar a troca de passes, reduzindo o número de chutões.

A primeira conclusão só aconteceu aos 23 minutos – e foi do Palmeiras. Barcos quase marcou aos 23, tentou de novo aos 25, passou a aparecer muito mais. Luxemburgo trocou sua dupla de ataque (Kléber e Miralles por André Lima e Moreno), mais tarde Marco Antônio por Rondinelly, mas nada deu certo.

Em meio a esta dura disputa por espaço, Rondinelly achou um corredor aos 32. Ele lançou Pará que, do fundo, cruzou por baixo. André Lima, de frente para a goleira, cabeceou, mas desviado. Luxemburgo foi ao desespero em sua área técnica porque sabia que em um jogo como aquele uma chance assim seria preciosa.

Moreno ainda tentou de voleio, aos 35, Léo Gago arriscou mais uma vez aos 37 (por cima). Aos 40, Felipão chamou Mazinho – e fez a troca que acabaria decidindo tudo.

Dois minutos depois da troca, o Palmeiras atacou pela direita, depois de falha de Rondinelly. Cicinho viu Mazinho entrar pelo meio da defesa e deu o passe rasteiro. O jogador dominou e virou na saída de Victor. Palmeiras 1 a 0.

O que já era complicado, ficou ainda pior aos 45: no cruzamento, Barcos (direita, na foto, com Marcos Assunção e Werley) subiu e cabeceou para o chão. Dois a zero.

A derrota deixa o Grêmio na obrigação de tentar um milagre dia 21 em Barueri. Para seguir na Copa do Brasil, vai precisar de uma vitória por três gols de diferença sobre o Palmeiras. Dois a zero leva para os pênaltis.

Muito complicado para um time que não conseguiu se impor diante de sua torcida.

Do blog mariomarcos.wordpress.com


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