Da Redação
Na Argentina, a maconha foi descriminalizada para porte pessoal pela Suprema Corte de Justiça em agosto de 2009. Maiores de idade podem carregar consigo quantidades pequenas, que não “coloquem outras pessoas em risco”. No Brasil, o porte de maconha continua sendo crime, apesar de não existir punição no caso de pouca quantidade.
Neste fim de semana, ocorreu a 5° Copa Canábica de Buenos Aires. Bem parecida com uma feira ecológica como as que ocorrem em várias cidades do Brasil, a Copa Canábica é um evento promovido pela revista Haze e é direcionada ao publico produtor da Canábis sativa. A Copa reúne diversos produtores independentes, aqueles que plantam apenas para seu consumo próprio e não para o comércio da planta, a Copa é realizada no bairro de Palermo. A Copa iniciou às 10h do domingo (24) e se estendeu pelo restante do dia.
A Copa contou com cerca de 60 competidores que levaram as suas melhores flores em busca de uma vitória nas várias categorias em que são classificadas as plantas. Os itens avaliados são potência, aroma, apresentação e sabor. “O jurado atribui uma nota a cada um deles, que somadas resultam na qualificação”, afirmou Eduardo Camaron, brasileiro e colunista da revista que organiza o evento.
A Copa conta também com uma competição especifica para os “Boladores” ou “Fechadores de Baseado”. Aquele que fechar o melhor baseado ganha, além de um troféu, uma série de brindes da revista. Entre camisetas e chaveiros, brindes mais tradicionais, estão os mousses e muffins feitos à base de maconha. A competição contou com a presença de aproximadamente 300 pessoas que prestigiaram e participaram do evento.
O porte de maconha e seu consumo caseiro está permitido na Argentina desde 2009, quando a Corte Suprema declarou inconstitucional o artigo 14.2 da Lei 23.737, a lei antidrogas. Baseado no direito à privacidade de todo cidadão argentino, a brecha se abriu no tocante ao fumo praticado em casa, ou na rua, contanto que não fira ao bem-estar social. E é esse direito à privacidade que possibilita que os cultivadores tenham pequenas plantas dentro das suas casas, ainda que o cultivo independente ainda não esteja totalmente liberado no país.
Com informações do Legalizepr.
