Da Redação
Enquanto o presidente do Paraguai, Fernando Lugo, corre o risco de ser deposto pela oposição conservadora que domina o Congresso, diversos movimentos sociais latino-americanos manifestaram seu apoio “ao governo e ao povo paraguaio”. Ao menos 2.500 pessoas amanheceram nesta sexta-feira (22) na Plaza de Armas e em outros diversos pontos do entorno do Congresso paraguaio para se opor ao que Lugo qualifica como “um golpe de Estado express”.
Ainda ontem, a Associação das Organizações Não-Governamentais do Paraguai manifestava seu apoio ao presidente Fernando Lugo. Por sua vez, a Mesa Coordenadora Nacional de Organizações Camponesas realizou, pela manhã, uma marcha de apoio ao presidente e de repúdio a Nicanor.
De acordo com a Alba (Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América) o que está ocorrendo no Paraguai é um “ato de desestabilização do histórico processo de transformação do país, que pôs fim aos 60 anos de ditadura do Partido Colorado”.
Dirigentes campesinos também classificam os deputados como “golpistas”, pois, no entendimento do grupo, não existem razões válidas para formar um juízo político contra o dirigente. Em entrevista à Telesur, Elvio Bénitez, um dos representantes campesinos, defendeu que “a medida encabeçada pelo Legislativo é uma estratégia de repressão contra a democracia e o povo paraguaio”.
A imprensa paraguaia tem noticiado que diversas pessoas do interior do país estão a caminho da capital para se unir às manifestações. Diplomatas da Unasul (União de Nações Sulamericanas) chegaram ao país na noite desta quinta-feira (21) para acompanhar o julgamento de impeachment. De acordo com Amanda Huerta, correspondente da emissora Telesur no país, “ficou claro que não permitirão obstáculos para desenvolvimento democrático da presidência de Lugo”.
Com informações do Opera Mundi
