Da Redação
Atualizado às 20h41
A Presidência da República anunciou nesta quinta-feira (10) os sete nomes que vão compor a Comissão da Verdade. Escolhidos pela presidenta Dilma Rousseff, os integrantes vão apurar violações aos direitos humanos cometidas no Brasil entre 1946 e 1988, com foco especial no período de ditadura militar. Os escolhidos terão dois anos para produzir um relatório sobre os crimes investigados, ouvir depoimentos em todo o país, requisitando e analisando documentos que ajudem a esclarecer as violações de direitos. A comissão tem o objetivo de esclarecer fatos e não terá caráter punitivo.
Os sete integrantes foram escolhidos levando em conta critérios como conduta ética e atuação em defesa dos direitos humanos. O convite a cada um foi feito pessoalmente por Dilma, que recebeu os sete em audiências no Palácio do Planalto nesta quinta-feira (10). Ainda não há informações sobre quem presidirá o colegiado.
A Comissão da Verdade será instalada oficialmente no dia 16 de maio, em uma cerimônia em que estarão presentes os ex-presidentes José Sarney, Fernando Collor, Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva. A comissão, criada a partir de lei sancionada em novembro do ano passado, vai aproveitar as informações produzidas há 16 anos pela Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos e há dez anos pela Comissão de Anistia.
Os nomes indicados por Dilma Rousseff são:
– Gilson Dipp (ministro do Superior Tribunal de Justiça e do Tribunal Superior Eleitoral)
– José Carlos Dias (ex-ministro da Justiça de 1999 a 2000)
– Rosa Maria Cardoso da Cunha (advogada que defendeu Dilma e seu ex-marido, Carlos Araújo, na época da ditadura militar)
– Cláudio Fonteles (ex-subprocurador-geral da República)
– Paulo Sérgio Pinheiro (diplomata e atual presidente da Comissão Internacional Independente de Investigação da ONU para a Síria)
– Maria Rita Kehl (psicanalista e professora)
– José Paulo Cavalcanti Filho (jurista, escritor e consultor da Unesco e do Banco Mundial)
